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Entenda como o trânsito IP pode melhorar a qualidade da sua internet

Para 62% dos usuários de internet no Brasil que costumam jogar online, a qualidade da internet vai além da velocidade contratada. Se o provedor não tiver um trânsito IP que esteja conectado aos principais servidores de conteúdo, a rede poderá apresentar instabilidade e travamentos, afetando a experiência da partida.

Além disso, os provedores precisam se adequar à necessidade atual por internet de qualidade. De acordo com os resultados de 2020 da “Pesquisa de Satisfação e Qualidade Percebida” sobre a banda larga fixa no Brasil, realizada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), os serviços de internet prestados pelas operadoras têm deixado um pouco a desejar. A média de satisfação foi de 6,51 de um total de 10 pontos.

Essa percepção condiz com a posição do País no cenário mundial. No estudo “Digital Quality of Life Index 2020” do Surfshark, por exemplo, o Brasil está classificado em 58 de uma lista de 85 países. Os indicadores que compõem o pilar de qualidade da internet são a velocidade de banda e a estabilidade das redes móvel e fixa. Para melhorar esses indicadores, os provedores devem investir em duas vias: infraestrutura de transporte de dados e trânsito IP.

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Trânsito IP de qualidade

O trânsito IP permite acesso diferenciado aos principais servidores de plataformas de games, streaming e conteúdos espalhados pelo mundo, como Netflix, YouTube, Amazon AWS, Microsoft Azure, Garena, Riot Games, dentre outros. Quanto mais conectado for o serviço de trânsito IP, melhor a qualidade da conexão do usuário final com esses servidores.

“A realidade de mercado, no entanto, é que alguns provedores de internet utilizam dois ou mais serviços de trânsito IP para alcançar um destino, o que acaba prejudicando a latência da rede e a qualidade como um todo”, comenta Celio Mello, gerente de produto da Eletronet.

O executivo afirma ainda que quanto menor o número de intermediários, menor o número de saltos e melhor a latência da rede. “É importante que o serviço de IP seja completo e ofereça tanto o acesso ao conteúdo nacional quanto o internacional no mesmo pacote. Fatiar esse serviço para torná-lo mais acessível, como praticado por alguns fornecedores de trânsito IP, prejudica a conexão”, explica Celio.

Além disso, o serviço de trânsito IP deve contar com uma diversidade de provedores de trânsito distribuídos ao longo da rede para garantir uma resiliência aprimorada. Dessa forma, é possível oferecer um conteúdo com baixa latência e alta disponibilidade para o usuário, em locais distantes dos centros tradicionais, como São Paulo e Rio de Janeiro.

Outro fator crítico no trânsito IP é a disponibilidade, que está ligada à manutenção e perenidade do serviço. É essencial que ele permaneça funcionando e disponível nas mais diversas situações, garantindo que a conectividade esteja presente o tempo todo.

Segundo dados do We Are Social, o Brasil conta com 160 milhões de internautas em 2021, um aumento de 6,4% em relação ao ano anterior. Desses, 70% são usuários de redes sociais e 62% de jogos online, segundos dados da pesquisa da Kantar IBOPE Media. Esse público, em crescimento constante, é diretamente beneficiado por um melhor roteamento de tráfego e trânsito IP.

“O serviço entregue no Brasil precisa acompanhar essa demanda por qualidade de internet. Neste contexto, o trânsito IP é um fator decisivo para aprimorar a experiência online. Melhorar a conexão é essencial para o nosso desenvolvimento social e econômico”, conclui Celio.

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