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Está desempregado? Confira 4 dicas para recolocação profissional

  • Créditos/Foto:DepositPhotos
  • 05/Dezembro/2024
  • Da Redação, com assessoria

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, o número de brasileiros desempregados em 2024 é de 7,3 milhões. Pensar no caminho a seguir e na recolocação profissional é um momento decisivo para partir em busca de novas oportunidades e se preparar para os processos seletivos que virão.

“Como em toda transição, esse momento pós-desligamento é bastante propício para que o profissional faça um balanço do seu desenvolvimento profissional durante o tempo em que esteve na empresa”, pontua , Renata Fonseca, psicóloga, especialista em Pessoas e Cultura e sócia da Refuturiza. Para ela, se perguntar qual foi o crescimento profissional e os aprendizados obtidos até àquele momento, e o modo como foram alcançados, são formas positivas de autoavaliação.

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No entanto, a recolocação profissional pode ser um desafio, especialmente para aqueles que atuaram por muito tempo em uma mesma empresa. Assim, é essencial que haja um foco em se manter atualizado para atrair a atenção dos recrutadores. A especialista elenca algumas ações que podem ser tomadas na busca de um novo emprego.

1. Atualizar o currículo e o LinkedIn

O documento é a porta de entrada para os processos seletivos. Por isso, é essencial atualizá-lo, com informações relevantes e objetivas, deixando claro suas soft e hard skills.

Além disso, a rede social pode render frutos e oportunidades. Dentre muitas funcionalidades, os usuários podem pesquisar sobre as principais empresas do setor em que atua. “Muitas pessoas lembram do currículo, mas esquecem da importância do LinkedIn. Por se tratar de uma plataforma, toda atualização que você faz fica imediatamente disponível para ser acessada por colegas e empresas. Então, é uma ferramenta rápida de divulgação do seu próprio trabalho”, sinaliza Renata.

Ela ainda aponta que a rede social é uma forte ferramenta para prospecção, mas também incorpora outras funções relevantes. “O LinkedIn tem uma funcionalidade muito bacana que é a indicação. Você pode pedir aos antigos colegas e líderes que escrevam uma recomendação, ressaltando seus pontos fortes. Isso é algo que agrega credibilidade e pode ser muito importante para entrar novamente no mercado de trabalho”, explica.

2. Aprimoramento das habilidades

As habilidades compreendem um pilar fundamental durante a recolocação no mercado de trabalho, pois determinam as competências para executar uma atividade, seja em grupo, seja individual. “Cada vez mais, as empresas estão buscando profissionais que tenham em seu repertório as chamadas soft skills, que são as habilidades comportamentais. Em tempos de avanço da Inteligência Artificial, são elas que nos diferenciam das ‘máquinas’, porque são próprias do ser humano”, evidencia a especialista.

Ao passo que as habilidades se tornam gradualmente mais atrativas para os recrutadores, também é necessária uma autoavaliação constante por parte de quem está buscando a recolocação profissional. Isso permite a identificação de pontos fortes e pontos a melhorar, indica Renata. “Verifique quais cursos ou treinamentos podem ampliar seu acervo de hard e soft skills e faça um planejamento para alcançar essas metas.”

Segundo ela, inteligência emocional e comunicação não violenta são habilidades valiosas, pois influenciam as relações entre colegas e líderes. “Mas é importante que o profissional busque quais skills são mais relevantes ao seu cargo e à organização em que ele deseja trabalhar”, pontua.

3. Construir uma rede de contatos

Outro aspecto que otimiza a busca pela vaga ideal é a rede de contatos. De acordo com Renata, essa base é construída ao longo das experiências profissionais. “Desenvolver uma boa rede de contatos, o chamado network, é fundamental para que o profissional construa boas oportunidades. O mercado de trabalho é feito de relações e são elas que costumam abrir portas para uma contratação”, expõe.

Ela salienta o quanto líderes e colegas são essenciais nesse processo, pois são pessoas que podem viabilizar uma indicação. Manter uma boa relação com esses sujeitos é uma forma de manter portas abertas mesmo após o desligamento. “Isso significa encarar o desligamento de uma forma madura, conservando o respeito pelas pessoas com as quais você trabalhou”, mostra.

4. Postura e erros durante a entrevista

O momento da entrevista é decisivo e pode gerar enganos quanto à forma de se portar. A psicóloga e sócia da Refuturiza enfatiza que um deles é criticar a experiência anterior. Esse tipo de postura pode causar dúvidas aos recrutadores e diminuir as chances de contratação.

“Além disso, falar mal do emprego anterior também imprime a sensação de imaturidade por parte do profissional, que não assume sua parcela de responsabilidade nos problemas dessa relação de trabalho. Será que todo o problema recai sobre a empresa? O que será que de fato aconteceu para que a relação desandasse? São esses os questionamentos que podem surgir quando o profissional adota essa postura em uma entrevista”, alerta Renata.

Recolocação profissional: como manter motivação e bem-estar mental

Perder um emprego é um fator delicado e que pode fragilizar as pessoas, não só no aspecto material, como também mental, afetando a autoestima profissional. “O desligamento não significa que você é um profissional ruim. Significa que seu perfil profissional não é aquele que a empresa está buscando, mas certamente há uma organização que busca um colaborador com seu perfil”, observa Renata.

A especialista frisa que a inteligência emocional nessas horas é fundamental, de modo que a pessoa esteja atenta à saúde mental. “É nessas horas que se deve construir o conhecimento de que vínculos profissionais são, antes de tudo, relações. E tal como na nossa vida pessoal, existem tentativas de relacionamento que, por incompatibilidade, não vão adiante. E isso não é um problema nem de uma parte, nem de outra. Simplesmente não houve o match, a conexão necessária para que o relacionamento funcionasse”, finaliza.

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