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WhatsApp aguarda aval do Banco Central para dar início a serviço que combina comunicação com pagamentos
- Créditos/Foto:Photo on Visualhunt.com
- 30/Junho/2020
- Da Redação
Conforme a curva tecnológica avança, revoluções tomam forma em diversos mercados e indústrias da economia. Tais mudanças têm também tomado um aspecto de expansão cada vez mais rápida em comparação a tempos de outrora, com novas tecnologias desenvolvidas em países de economias mais avançadas chegando a suas contrapartes em desenvolvimento – como o próprio Brasil – em questão de poucos meses após sua introdução.
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Há também momentos em que países como o Brasil são tomados como “campos de experimento” para algumas dessas revoluções. Temos como grande vantagem para tal as dimensões continentais de nosso território, além dos cerca de 210 milhões de habitantes que demonstram a diversidade do país em termos sociais, econômicos e até mesmo culturais. Logo, não é de se surpreender que grandes empresas de tecnologia venham dedicando cada vez mais recursos ao Brasil ao longo dos anos com fins de conquistar cada vez mais espaço em nossos mercados.
Tais empresas são auxiliadas pelo fato de o brasileiro ter grande apreço por inovações tecnológicas, ainda mais quando são facilmente acessadas por conta de um preço razoável. Não fosse pela popularização dos smartphones no país, dificilmente teríamos alguns dos maiores públicos em termos de acesso às mídias sociais e a aplicativos de comunicação como o WhatsApp, que se encontra em 99% dos smartphones no Brasil.
O WhatsApp, aliás, escolheu o Brasil como palco inicial para lançar seu programa de pagamentos e transferências digitais. Se o experimento der certo, teremos aí mais um gigante do ramo de tecnologia se envolvendo no campo de finanças e se posicionando ao lado de Google, Apple, PayPal e tantos outros “Golias” que se aventuram nessa área que atrai cada vez mais adeptos.
Meios de pagamento digital começam a dominar o mundo físico
Serviços de pagamento digital têm ficado cada vez mais em voga nos últimos tempos graças às tecnologias integradas a smartphones e cartões de crédito. Hoje em dia, a compra pelo cartão no balcão de atendimento da maioria dos empreendimentos com a famigerada “maquininha” pode ser feita sem nem mesmo precisar digitar a senha, bastando encostar o cartão na mesma e confirmar a transação pelo celular.
O próprio celular, por meio da tecnologia NFC (Near Field Communication, ou comunicação por campo de proximidade, na tradução para o português), pode ser utilizado de forma similar. Com o aparelho conectado a algum serviço de pagamento, seja ele Samsung Pay, Apple Pay, Google Pay ou até mesmo um banco digital que conte com esse serviço, pode-se realizar compras da mesma forma que se faz com os cartões de crédito.
Antes disso, os meios de pagamento digital eram praticamente exclusivos a transações feitas pela internet — com “revoluções” também tomando forma dentro deste mercado. A loja de jogos de computador Steam, famosa por suas promoções de estações do ano, foi inovadora ao permitir a compra de jogos tanto por meio de uma “carteira virtual” quanto pela compra direta por cartão de crédito.
Tal prática se tornou lugar-comum na indústria, com setores como o de iGaming, com serviços listados em plataformas como Casinos.pt, e de Forex, como a plataforma Vantagefx.com, ensinando clientes sobre como utilizar meios de pagamento digital para colocar novos fundos em suas carteiras virtuais ou para fazer transferências por meio da rede de computadores a partir do desktop ou do telefone celular. A carteira virtual é presente também no mundo de bancos e investimentos.
Moedas digitais como o Bitcoin são guardadas nestas carteiras, com seus recursos criptográficos sendo utilizados também em bancos comerciais puramente online, como o Nubank. Até mesmo planos de saúde lançam mão da tecnologia por meio de cartões digitais que dispensam o uso das suas contrapartes físicas.
Os meios de pagamento digital para compras online têm também visto incrementos em termos de volume e de quantias dispendidas aqui no Brasil. No ano passado, estima-se que o público brasileiro tenha feito quase 179 milhões de compras online, gastando 75,1 bilhões de reais no processo.
Mais facilidade para o mundo dos negócios
Por ora, o serviço de pagamentos do WhatsApp está passando por análise dos reguladores econômicos brasileiros. O Banco Central quer que o serviço se adapte às regras do mercado, que exigem a autorização da instituição-mor da economia brasileira e a criação do arranjo de pagamento por meio de uma empresa de bandeiras de cartões, como Visa e Mastercard. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica, mais conhecido como CADE, verificará, por sua vez, os riscos à concorrência que o novo serviço do WhatsApp traz ao mercado brasileiro.
Entretanto, se considerarmos o histórico de atuação dessas duas instituições, além da disposição da controladora do WhatsApp, o Facebook, em cooperar com as mesmas, pode-se esperar que o serviço seja liberado num futuro bastante próximo – ainda que com algumas restrições, para evitar riscos de predação aos milhões de consumidores em potencial dessa nova facilidade.
Uma vez que o serviço esteja ativo, é bem provável que vejamos um novo “boom” de negócios feitos no mundo digital. A mistura da comunicação entre clientes e empresários com o pagamento de bens e serviços numa mesma plataforma facilitará muito a realização de compras, vendas e trocas que muitas vezes exigem canais diferentes, como sites de anúncio e as já mencionadas máquinas de cartão de crédito.
Dessa forma, a tecnologia continuará a prover confortos e facilidades que fazem melhorar as nossas vidas. Das distrações do dia a dia ao mundo dos negócios, devemos a ela muitos dos avanços que nos fazem ficar cada vez mais conectados.
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