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WhatsApp começará a aceitar pagamentos por cartão de crédito; entenda

O Banco Central (BC) liberou, no início de março, uma nova função no WhatsApp. Agora, o aplicativo de conversas mais utilizado no Brasil passará a aceitar pagamentos em cartões de crédito, débito e pré-pago.

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O recurso ainda não está disponível para os usuários. Isso porque o protocolo diz que é necessário, primeiro, fazer um pronunciamento para todos os parceiros do serviço com, no mínimo 30 dias, de antecedência –  prazo estipulado pelo BC que julga necessário para respeitar os “princípios regulatórios relacionados aos aspectos concorrenciais de não discriminação”.

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Até o momento, a única função disponível aos brasileiros é o de transferências entre pessoas físicas. Do ponto de vinda das vendas digitais, que já utilizavam o aplicativo para atendimentos personalizados, o especialista em anúncios digitais Gustavo Coelho, comenta que este novo método de pagamento será benéfico e trará várias vantagens para o comerciante e o cliente.

“Trabalho com empresas de serviços e a metade de seus faturamentos são através das transferências via WhatsApp. Com essa nova forma de pagamento, a venda será finalizada de uma forma ainda mais rápida”, diz Coelho. “Isso garante que o cliente não deixe de comprar quando surgir aquela emoção ou impulso de compra, já que ele não precisará ir para outra plataforma para fazer o pagamento. Além disso, muitas vezes, elas não aprovam o pagamento, o que causa desistência, além de gerarem insegurança no cliente.”

Coelho ainda explica que a nova função é segura, mais funcional e prática.

“Não terá quebra da jornada da compra. O cliente já estará no WhatsApp adquirindo informações sobre o produto que deseja, então bastará só realizar o pagamento. O cartão de crédito do cliente já estará cadastrado, assim como é feito no iFood, por exemplo, de modo seguro”, aponta. “A plataforma já tem uma tecnologia que criptografa de ponta a ponta tudo que é enviado nas conversas, então acredito que com os pagamentos funcionarão da mesma forma.”

A liberação feita pelo Banco Central foi comemorada pelo presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, que controla o aplicativo de conversas WhatsApp.

“As pessoas poderão pagar pequenas empresas diretamente pela plataforma de conversas. Ansioso para lançar isso em breve”, escreveu em seu perfil no Instagram.

O especialista brasileiro de anúncios digitais comenta ainda a comemoração de Mark.

“O WhatsApp vai abocanhar tudo, por isso o Mark Zuckerberg comemorou, porquê ele vai ter uma comissão em cima das vendas e isso vai gerar uma grande receita pra ele. O mercado brasileiro é gigantesco, outros países não usam tanto o app como no Brasil”, alega.

Coelho ainda indica que esse método de pagamento será revolucionário, pois o comerciante não precisará ter diversas maquininhas e pagar mensalidades por cada uma.

“Se uma pessoa está em uma cafeteria, por exemplo, e tem o WhatsApp do estabelecimento salvo em sua lista de contatos, será só acessar o aplicativo e realizar o pagamento, ainda mais fácil que o PIX, pois não precisará abrir a conta para fazer o pagamento”, explica o consultor de anúncios digitais.

Além de ser seguro, as duas maiores empresas de cartões de crédito do mundo, RedeCard e Visa, são parceiras do WhatsApp e estão legalizadas pelo BC. Elas só precisarão se ajustar às normas de tecnologia, segurança de dados e informações.

É o que espera Ana Oliveira, sócia da Papermall, papelaria híbrida localizada no Shopping da Gávea, na Zona Sul no Rio de Janeiro. Com a necessidade de atrair mais clientes para o seu negócio local, tanto para a sua loja física, quanto para o on-line, Ana começou a investir no atendimento personalizado por WhatsApp, com pagamento por PIX e transferência bancária, e hoje esse é um dos maiores diferenciais da empresa.

“Papelarias e livrarias que não abraçarem estratégias de marketing e adotarem novas formas de atendimentos, tem mais chances de fechar. E eu aprendi isso na prática. O atendimento personalizado por WhatsApp, com pagamento por transferência bancária e entrega via delivery para regiões próximas salvou o meu negócio”, explica a empreendedora.

“Essa possibilidade de finalizar a compra ainda no atendimento, sem a necessidade de um segundo ou terceiro processo ou ferramenta, só ajuda ainda mais a finalizar, de forma rápida, a jornada de compra do cliente, e garantir que a venda seja concluída antes dele desistir”, finaliza Ana.