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Vício no celular: como isso afeta sua saúde mental
- Créditos/Foto:Imagem de Mediamodifier por Pixabay
- 22/Novembro/2021
- Da Redação
O vício no celular já faz parte da rotina do brasileiro. Isso se agravou ainda mais na pandemia, visto que o smartphone foi considerado o melhor amigo de muitos, em um cenário de isolamento no qual a tela pôde levar as pessoas para fora de quatro paredes.
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A população brasileira está entre as que mais passam tempo no smartphone – cerca de 4,2 horas por dia, de acordo com uma pesquisa da Kantar. Isso, claro, pode resultar em vício no celular.
“Por conta do alto uso dos smartphones, quando a pessoa fica afastada do celular pode haver aumentos dos níveis de estresse e mau humor, o que dificulta o processo de abstinência”, explica Felipe Laccelva, psicólogo e CEO da Fepo Psicólogos. “Um grande aliado para auxiliar no controle do uso são as atividades físicas, pois ao realizar as pessoas liberam serotonina e endorfina, que estão ligadas às sensações de alegria e bem-estar.”
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É importante que as pessoas executem atividades físicas que gostem, para que seja sustentável ao longo dos dias, já que, na maioria das vezes, a prática não é considerada prazerosa, resultando na desistência e dificultando no combate ao vício.
Abaixo, o psicólogo destaca duas dicas para aqueles que desejam trabalhar o psicológico e superar o vício no celular, com a ajuda de atividades físicas:
- Antes de iniciar, é importante refletir como essa dependência está afetando a vida do usuário e quais são os momentos com mais uso.
- A partir disso, é possível criar um planejamento de quanto pretende reduzir o uso do celular e utilizar esse tempo para realizar outras atividades.
- Além do uso desse planejamento e a nova rotina, estar junto de amigos e familiares que impulsionam essa prática pode ajudar.
Como justificar esse “vazio” com o não uso das redes sociais?
A rotina de pessoas marcada por dedicar grande parte do tempo utilizando o celular está relacionada à utilização das redes sociais. Muitos podem ter o sentimento de ansiedade, visto que o conglomerado Facebook, WhatsApp e Instagram não são apenas canais de comunicação, isso vai além, pois gera uma conexão única com os amigos e familiares.
“Quando o celular fica de lado, há um aumento dos níveis de ansiedade pela impossibilidade de rolar o dedo pela tela. Visto que os sistemas online são estruturados para que as pessoas passem o maior tempo possível dentro deles, e o efeito disso dentro do nosso organismo é a liberação de pequenas doses de endorfina, que resultam na sensação de conforto, fazendo com que nos tornemos dependentes conforme o tempo passa”, explica Laccelva.
Ao impossibilitar o usuário de acessar as redes sociais, ele passa pela síndrome de abstinência, com sensações de mal-estar e inquietação, por exemplo. Em alguns casos, as redes sociais podem causar prejuízos reais como ansiedade, redução da autoestima, e o distanciamento de amigos e familiares. De acordo com Laccelva, os sinais de que o consumo excessivo das redes sociais está afetando a saúde mental, são:
- Impulsividade;
- Transtornos de humor;
- Comportamento hostil;
- Hiperatividade;
- Distanciamento de pessoas próximas.
A gestão do tempo gasto dentro das redes sociais pode ser uma medida importante para evitar estresses e crises de ansiedade, geradas pelo uso excessivo das redes. Essa é uma informação importante para averiguar se é o caso de vício no celular.
Atualmente, é possível delimitar um tempo de uso diário para acessar as redes sociais, como no Instagram. Além de outros apps que monitoram o tempo de uso, que ajudam a ter um comparativo se está aumentando ou diminuindo o tempo de uso das redes.
A partir disso, é possível ter um parâmetro se há exagero ou não na usabilidade.
“É importante dizer que a questão não é deixar de usar as redes sociais, elas também têm pontos positivos, como: nos aproximar de pessoas que gostamos e encurtar distâncias, principalmente neste momento que a sociedade atravessa, de pandemia, porém, é fundamental usar com moderação”, finaliza o psicólogo.