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Venda de celulares registra alta que não acontecia desde 2016

  • Créditos/Foto:Photo by Hermes Rivera on Unsplash
  • 16/Outubro/2019
  • Da Redação, com assessoria

Os meses de abril, maio e junho de 2019 foram atípicos para o mercado brasileiro de celulares. É o que revela o IDC Brazil Mobile Phone Tracker Q2/2019, estudo da IDC Brasil.

No período, foram vendidos 852 mil de feature phones, os celulares mais simples do mercado, apresentando crescimento de 34% em relação ao segundo trimestre de 2018. Um aumento não ocorria desde o terceiro trimestre de 2016, quando o cenário econômico fez o consumidor buscar aparelhos mais baratos e registrou alta de 48%. O mercado de smartphones também teve crescimento de 6,2%, com 12,1 milhões de unidades comercializadas, superando as previsões que indicavam queda de 6%.

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De acordo com Renato Meireles, analista de Mobile Phones & Devices da IDC Brasil, as vendas de features phones foram impulsionadas pela entrada de um novo sistema operacional para a categoria, o KaiOS. Ele deixou os celulares mais inteligentes e passou a atender ao consumidor que prefere modelos simples e fáceis de usar, mas que não abre mão de usar os aplicativos que já fazem parte da rotina do brasileiro.

Com as inovações, o preço do celular aumentou 4% e passou a custar, em média, R$ 132. A receita também cresceu e no segundo trimestre de 2019 foi de R$ 112, 7 milhões – 39,3% maior que no mesmo período do ano passado.

Já o aumento no segmento de smartphones aconteceu pela renovação do portfólio de algumas fabricantes. “O consumidor encontrou aparelhos com recursos novos, especificações bem diferenciadas e atributos muito esperados nos últimos meses”, aponta Renato. A entrada de novas marcas no País também marcou o período. O preço médio dos aparelhos ficou em torno de R$ 1.252, o que resultou em um faturamento de R$ 15,1 bilhões, 15,6% a mais do que o segundo trimestre de 2018.

Para o terceiro trimestre de 2019, a previsão da IDC Brasil para o mercado de feature phones é de alta de 31,4%. Os smartphones, entretanto, deverão ter queda de 1%, devido ao alto estoque nos canais. Segundo Renato, as fabricantes deverão ofertar modelos com preços mais baixos e o varejo deve fazer promoções para estimular o consumo e baixar os estoques.

Vale ressaltar que, com os resultados do estudo Mobile Phone Tracker Q2/2019, a IDC Brasil reviu suas expectativas para 2019. Agora, a previsão para o mercado de feature phones passou de um crescimento de apenas 0,4% para 26,1%, com 3,2 milhões de celulares vendidos. Já o mercado de smartphones deve fechar o ano com vendas de 45 milhões de aparelhos, queda de 1,3%, pouco melhor do que o saldo negativo de 2,4% inicialmente projetado.

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Como o assunto é celular, veja alguns dos modelos mais esquisitos lançados:

Celulares fora do padrão: Motorola StarTAC Rainbow (1997) – StarTAC foi um modelo flip que fez muito sucesso no final da década de 1990. Porém, o que não ganhou fama foi sua versão Rainbow. Colorido, o celular parecia mais ter sido feito para o público infantil. Até porque lembrava algum brinquedo, como o gravador “Meu Primeiro Gradiente”. | Crédito: Divulgação
Samsung SPH-N270 Matrix (2003) – Essa edição inspirada em Matrix chegou a ser usada no segundo filme da saga, mas não agradou aos usuários. Isso porque o celular robusto e estranho parece mais ter saído de Rambo do que de uma obra de ficção científica. | Crédito: Divulgação
Siemens Xelibri 6 (2003) – Com a ideia de fazer um celular voltado para o público feminino, a marca teve a brilhante ideia de usar o formato de um estojo de maquiagem. Além de não agradar às clientes, as teclas foram tão mal pensadas que era difícil usá-las de fato. | Crédito: Divulgação
Nokia N-Gage (2003) – Este modelo foi concebido para rivalizar contra o GameBoy – isso mesmo. É que ele misturava celular com jogos mobile. O lançamento da Nokia não agradou ao público, que achava o formato desconfortável para realizar ligações. | Crédito: Divulgação
Nokia 7600 (2003) – Focado na personalização, este modelo tinha várias capas intercambiáveis. Entretanto, as teclas que contornavam a tela dificultavam o uso do aparelho. O design que lembrava um Tamagotchi também contribui para o fracasso nas vendas. | Crédito: Divulgação
Nokia 7280 (2004) – Outro celular focado no público feminino que não deu certo. A ideia deste modelo era lembrar o design fino e sexy de um gloss labial. O fato de não ter teclado numérico ou tela sensível contribuíram com o fracasso. | Crédito: Divulgação
Nokia N90 (2005) – Podia ser um produto da TekPix, mas é um celular da Nokia. Era possível desdobrar e rodar a tela do telefone para que ficasse no formato de câmera, facilitando o manuseio para captar vídeos pequenos. Foi um dos primeiros aparelhos a aceitar cartão de memória externo. | Crédito: Divulgação
Sony Mylo (2006) – O maior diferencial deste modelo era que ele vinha com Opera, Gtalk, Yahoo Messenger e Skype já instalados de fábrica. A sua tela de 2,4 polegadas, porém, não contribuíam para seu bom desempenho. Também tinha 1 GB de memória interna e conexão Wi-Fi. | Crédito: Divulgação
Samsung Juke (2007) – Lançado como SCH-u470, conhecido como Juke, e apelidado pelos usuários como “Samsung canivete”. Embora seja um celular, o aparelho tinha o objetivo de desbancar o mercado de MP3 Players. No final, ele só servia mesmo para ouvir música, pois sua estrutura estreita não era uma das mais indicadas para fazer ligações ou digitar mensagens. | Crédito: Divulgação
Nokia 5700 XpressMusic (2007) – Como o próprio nome diz, esse aparelho era voltado para quem curtia ouvir música no celular. Com alto-falantes generosos, o que não agradava era seu teclado duplo. Era necessário girar a parte de baixo do celular para trocar entre botões convencionais e teclas para controlar as faixas. | Crédito: Divulgação
Toshiba G450 (2008) – Um controle remoto de TV do tamanho de um isqueiro Bic. É assim que pode ser definido este celular da Toshiba. Embora tivesse a ideia de driblar o mercado dos “tijolões”, tudo que a marca japonesa conseguiu foi afastar os clientes que sentiam dificuldade em digitar nas minúsculas e nada convencionais teclas. | Crédito: Divulgação
Motorola Aura (2008) – É hora de morfar! O celular com display circular e estrutura rotatória lembrava (e muito) o morfador usado pelos Power Rangers. O problema é que, para se transformar em um herói japonês, era necessário desembolsar uma bagatela. Na época, o Aura custava US$ 2 mil. Tudo graças a sua estrutura de aço inoxidável. | Crédito: Divulgação
Tonino Lamborghini Spyder (2010) – O luxo e a beleza de uma Lamborghini não foram traduzidos para esse celular. O cobiçado aparelho vendido por € 2.200 tem acabamento em ouro e um formato bem estranho. Ah! Vale lembrar que, embora tenha sido lançado em 2010, ele não possuía suporte à rede 3G. | Crédito: Divulgação
ZTE Fashion (2011) – Criado para conquistar o público que adora o universo da moda, este modelo errou feio em uma das partes que mais importa para esse nicho: o design. Desenvolvido pela fabricante chinesa em parceria com o canal de televisão Fashion TV, o celular tinha o símbolo nada atraente da rede distribuído por todo o layout. | Crédito: Divulgação
BlackBerry Passport (2014) – Quando fotos deste aparelho caíram na internet, muitos duvidaram da veracidade por causa do design quadradão e incomum. A justificativa da BlackBerry era que o display mais largo facilitaria a visualização de planilhas e edição de textos, tornando-o ideal para uso profissional. A praticidade do modelo, entretanto, acabou não fazendo sucesso. | Crédito: Divulgação
Runcible, da Monohm (2015) – Parceria da Mozilla com a Monohm, este celular nasceu com a proposta de ser um anti-smartphone. A ideia era não ser invasivo igual aos modelos que estavam nas prateleiras. Ele permitia navegar na internet e fazer ligações, mas não recebia notificações. Também prometia não fazer uso da obsolescência programada. O formato arredondado e a morte do Firefox OS, porém, não contribuíram com o sucesso do aparelho. | Crédito: Divulgação
YotaPhone 2 (2015) – Enquanto a Nokia coloca botões na parte de trás do celular, a fabricante russa Yota tem um smartphone com duas telas. De um lado, o celular possui tela LCD. Do outro, tela e-ink. A segunda face gasta pouca bateria e serve para atividades que não precisam de cor, como ler e-mails ou usar o WhatsApp. Ao utilizar mais esse lado, a carga do aparelho pode durar até cinco dias. Entretanto, a resistência não venceu a estranheza e o modelo acabou não fazendo sucesso. | Crédito: Divulgação
KFC Huawei 7 Plus (2017) – Para comemorar os 30 anos da franquia KFC na China, a Huawei lançou um smartphone em parceria com a marca especializada em frango frito. O dispositivo de cor vermelha tinha o rosto do fundador do KFC, Coronel Sanders, gravado na traseira. Foram fabricadas 5 mil unidades. Todos modelos vinham com aplicativos relacionados à franquia. | Crédito: Divulgação
Vertu Boucheron Cobra (2017) – Parceria entre a fabricante britânica de telefones Vertu e a joalheria Boucheron, o modelo com uma cobra emoldurando o celular é um tanto exótico. O curioso é que só foram feitas oito unidades do aparelho. E não foi por causa de sua estranheza. O motivo é que, graças aos pequenos diamantes encrustados, ele era vendido por US$ 310 mil. | Crédito: Divulgação
Alcatel A5 LED (2018) – Este smartphone traz um case com luzes de LED que podem ser personalizadas. Dá para escolher o que vai aparecer (fogo, neve, cores) ou como ele deve se comportar quando uma pessoa liga ou uma mensagem chega no WhatsApp. Se para uns o A5 parece divertido, para outros pode ser brega carregar algo que fica brilhando o tempo todo. | Crédito: Divulgação