Os óculos de realidade virtual são apontados como a alternativa mais viável na busca por uma experiência mais imersiva nos jogos. A ideia, porém, não é tão nova assim. A Nintendo fez uma tentativa nos anos 1990, com o Virtual Boy. O fracasso foi tão grande que a empresa tenta esquecê-lo até hoje, já que era uma traquitana gigantesca com um visor que deixava tudo vermelho.
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Com o avanço da tecnologia, o vexame do Virtual Boy foi, aos poucos, superado. Nos últimos anos, diversas empresas passaram a investir em realidade virtual. A Samsung é uma delas, e oferece no Brasil o HMD Odyssey, seu dispositivo para o uso desta tecnologia. Ele é compatível com o Windows Mixed Reality, podendo ser utilizado em computadores que utilizam o sistema da Microsoft.
Para conhecer melhor o acessório, o 33Giga testou o aparelho durante alguns dias. E, de maneira geral, a experiência oferecida pelo dispositivo agradou quem o utilizou.
Óculos de realidade virtual: aparência e instalação
O Samsung HMD Odyssey não chega a ser um Virtual Boy, mas também não é nada pequeno. Ao colocá-lo na cabeça, a primeira impressão é que ele é um acessório meio desengonçado. A sensação estranha passa conforme o corpo se acostuma com o dispositivo e nem mesmo o peso atrapalha o uso.
Ao ligá-lo no notebook, o sistema reconheceu imediatamente os óculos, além de fazer um check-list para saber se o hardware da máquina era compatível. Porém, as primeiras tentativas de uso não deram certo. Tudo porque havia uma atualização pendente do Windows 10 e que impedia o funcionamento do acessório.
Raio-X
Nome: Samsung HMD Odyssey
Plataforma: Windows Mixed Reality
Tela: Dual 3,5 polegadas AMOLED
Interface: HDMI2.0 + USB 3.0 Interface Bounded Cable (4M de extensão)
Lente: Single Fresnel
Campo de visão: 110º
Distância Interpupilar: 60 – 72mm
Dimensões (LxCxA em cm): 20,2 x 13,1 x 11,1
Peso: aproximadamente 625 gramas
Preço: R$ 3.499
O que empolga: boas imagens, controle anatômico, áudio de qualidade
O que desanima: preço alto, cabo atrapalha em alguns momentos, tamanho desengonçado
Site:
Atualização feita, enfim era a hora de conhecer o potencial dos óculos da Samsung. O primeiro jogo escolhido foi o Burger Flip, que coloca o jogador para viver um chapeiro. As imagens nítidas e o áudio de boa qualidade se destacaram mais que o joguinho, por ser bem simples e sem nenhum grande objetivo.
Após a frustração com o game de hambúrguer, era hora de tentar um de parque de diversões. O RideOp – VR Thrill Ride Experience tenta simular alguns brinquedos. E imita tão bem que causou vertigem em dois repórteres, mesmo sem ter os melhores gráficos e muito menos uma trilha sonora.
Hora do terror
Para evitar maiores enjoos na equipe, o terceiro jogo escolhido foi o prólogo gratuíto de Nevrosa. Este foi o título que melhor demonstrou o potencial do Samsung HMD Odyssey, já que os ambientes bem detalhados foram reproduzidos de maneira bem fiel no acessório. O som, que deixou o clima ainda mais tenso, e os puzzles da sala macabra, provocaram gritos e medo em quem se aventurou no jogo.
Vale a compra?
O dispositivo da marca sul-coreana comprovou que essa tecnologia pode ser uma boa alternativa na busca por jogos mais imersivos. Ele consegue reproduzir bem as imagens, embora às vezes seja um pouco complicado achar o foco certo. Assinado pela AKG, o headfone embutido também se destaca e tem uma boa qualidade de som. Os controles das mãos são anatômicos e têm boa pegada.
Apesar de ser extremamente competente, o cabo do aparelho incomoda bastante. Não é raro se enrolar nele e precisar da ajuda de alguém para não cair enquanto joga. Por mais que a experiência com o Nevrosa tenha sido muito boa, o ideal é jogá-lo em um ambiente espaçoso, principalmente para evitar esbarrões nas paredes e nos colegas.
Porém, talvez o maior empecilho para o acessório seja seu preço. Tabelado em R$ 3.500, ele é bem salgado. Além disso, exige um computador potente – como o Odyssey, da Samsung, que foi cedido junto com os óculos e foi o responsável por rodar o dispositivo. Dessa forma, quem não tem um hardware capaz de aguentar os requisitos mínimos do acessório, precisará investir em uma máquina robusta.
O veredito é que sim, é um bom acessório e que permite uma experiência completamente nova ao jogador. Se a imersão nos games, ou vídeos, é uma prioridade, então deve-se considerar a compra do Samsung HMD Odyssey.
*Colaboraram com o teste Bianca Bellucci, Marcella Blass e Maria Beatriz Vaccari
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Na galeria, confira os outros testes realizados pela equipe do 33Giga:
Zenfone Max Pro (M1). O teste completo você vê em http://bit.ly/2KIZnb5.