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Opinião: streaming de games pode substituir os consoles?

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  • 24/Outubro/2023
  • Da Redação, com assessoria

*Por Thiago Cesar Silva // Há pouco mais de 20 anos, um tipo de comércio era abundante no mundo todo: as locadoras de filmes. Alugar DVDs aos finais de semana para devolvê-los apenas na segunda-feira era praticamente uma tradição. Esse mesmo ritual se repetiu também com os games, que por muito tempo ficaram limitados a mídias físicas como cartuchos, CDs, DVDs e Blu-Rays. Utilizar a locação de conteúdos de entretenimento era uma maneira mais econômica de consumi-los, sem precisar pagar o preço cheio por aquele produto. Com a chegada do streaming, as locadoras foram desaparecendo, aos poucos, do cotidiano das pessoas, que se renderam à praticidade e ao conforto da era digital.

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Desde a chegada dos serviços de streaming de jogos no Brasil em 2021, o mercado de games pode estar rumando para este mesmo movimento. A transmissão online de jogos eletrônicos com qualidade e controles responsivos facilita o contato de todo tipo de jogador com os games, até os menos experientes ou familiarizados com esse universo. A tecnologia, intuitiva e de fácil acesso, permite aos usuários jogarem online, sem necessidade de download e preocupação com armazenamento, tudo direto da nuvem. Além disso, as parcerias das plataformas de streaming com os maiores players da indústria, como Xbox e Nvidia (já disponíveis no País), colocam os melhores títulos do mercado à disposição, incluindo clássicos e grandes lançamentos.

Outra grande vantagem do streaming de games é a disponibilidade. Por ser algo 100% online, o usuário pode acessá-lo de qualquer dispositivo eletrônico como smartphones, notebooks e Smart TVs, utilizando apenas um joystick por Bluetooth. Não é necessário ficar preso ao catálogo do serviço que assinar, já que existem plataformas que permitem a compra do jogo para evitar preocupações como uma atualização de catálogo que pode retirar justamente o título que você estava curtindo. Sem contar a diminuição no valor investido para jogar,uma vez que, uma Smart TV, por exemplo, é o suficiente para aproveitar seus jogos favoritos. O mercado ainda possui televisores que combinam outros devices para melhorar a experiência do jogador, como o espelhamento do minimapa em um tablet ou monitor externo para deixar o campo de visão mais limpo, mira embutida para uma gameplay em jogos de tiro mais precisas e até mesmo um menu especial para acompanhar taxa de quadros e outras informações de desempenho que os consoles normalmente não exibem.

O sucesso desses serviços é outro ponto de atenção, pois já são 31,7 milhões de usuários pagantes no mundo que, juntos, gastaram cerca de US$ 2,4 bilhões. Até 2025, a expectativa é que as métricas cresçam para 86,9 milhões de usuários pagantes, com a soma de US$ 8,2 bilhões, segundo estimativa do instituto Newzoo em 2022. Quando comparamos a expectativa de crescimento entre consoles e streaming a diferença também é expressiva, conforme dados do Insider Intelligence em pesquisa realizada com profissionais do setor. O resultado demonstra que o streaming é o formato com maior tendência de crescimento até 2025 (cerca de 40%), enquanto os consoles têm uma projeção de apenas 10%.

Economia, praticidade e acessibilidade são os três principais elementos do streaming de games que, quando combinados, podem ser os principais responsáveis pelo encerramento de mais uma tradição que está completando meio século de existência.

*Thiago Cesar Silva é Diretor de Marketing para a divisão de Consumer Electronics na Samsung Brasil

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