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Sustentabilidade: por que SSDs são ecologicamente mais viáveis do que HDs

*Flavio Pettengill // Vivemos em uma era na qual as questões ambientais estão no centro das atenções e todos os dias somos confrontados com uma decisão: seguir os mesmos caminhos de consumo ou adotar escolhas mais conscientes e sustentáveis?

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Quando se pensa em sustentabilidade, é fácil associar o conceito apenas a práticas de reciclagem ou ao uso de energias renováveis, mas a verdade é que nossas escolhas tecnológicas também desempenham um papel fundamental. Um exemplo disso é a adoção dos SSDs (unidades de estado sólido) em substituição aos tradicionais HDDs (discos rígidos).

Pode parecer um detalhe técnico, mas as implicações para o meio ambiente são profundas. Computadores, smartphones e servidores consomem grandes quantidades de energia, e sua fabricação e descarte geram um volume significativo de resíduos.

Os HDDs, por exemplo, funcionam por meio de partes móveis que giram para acessar os dados. Isso significa que, para manter um disco rígido funcionando, é necessário um fornecimento contínuo de energia para alimentar motores, ímãs e braços mecânicos que realizam a leitura e gravação de dados.

Por outro lado, os SSDs não possuem partes móveis. Utilizam memória flash, o que significa que o acesso aos dados é feito eletronicamente, sem a necessidade de componentes mecânicos. Isso faz com que o consumo de energia seja significativamente menor em comparação aos HDDs, podendo consumir entre 50% a 80% menos energia em uso ativo e ainda menos em modo ocioso.

Outro ponto fundamental para discutir quando falamos sobre sustentabilidade e SSDs é a durabilidade.

Embora os discos rígidos possam falhar devido ao desgaste das peças móveis, os SSDs, por não possuírem esses componentes, são menos propensos a falhas mecânicas. Além disso, muitos SSDs têm alta resistência ao desgaste em termos de ciclos de leitura e gravação, o que significa que podem durar por muito mais tempo sem perda significativa de desempenho.

Essa longevidade se traduz em menos descarte de dispositivos e, portanto, menos resíduos eletrônicos para serem geridos.

Considerando que o descarte inadequado de eletrônicos contribui para a poluição do solo e da água devido à presença de metais pesados e outros materiais tóxicos, prolongar a vida útil dos dispositivos tecnológicos é uma forma importante de reduzir esse impacto ambiental.

Se olharmos para o panorama maior, nossas escolhas tecnológicas desempenham um papel central na promoção de práticas sustentáveis. Cada vez mais, vemos uma mudança na forma como as pessoas compram e utilizam tecnologia. Não se trata apenas de buscar o dispositivo mais rápido ou mais barato, mas de considerar o impacto a longo prazo dessas escolhas.

Mas não são apenas os consumidores que devem carregar essa responsabilidade.

As empresas têm um papel fundamental em promover e facilitar o uso de tecnologias mais sustentáveis. Muitos fabricantes de SSDs estão investindo em tecnologias mais verdes e desenvolvendo soluções para melhorar ainda mais a eficiência energética e a durabilidade desses dispositivos.

No fim das contas, cada escolha que fazemos conta. Se você está em dúvida entre um SSD e um HDD para o seu próximo computador, considere os impactos a longo prazo. Optar por tecnologias mais sustentáveis, como os SSDs, é uma maneira tangível de contribuir para a proteção do meio ambiente.

Nosso planeta enfrenta desafios significativos, mas o futuro ainda está em nossas mãos. Ao fazer escolhas tecnológicas inteligentes, podemos reduzir nossa pegada de carbono, diminuir o volume de resíduos eletrônicos e garantir que a inovação continue a ser um motor de progresso, sem sacrificar a saúde do nosso planeta!

*Flavio Pettengill é diretor de Vendas da Netcore, empresa que fabrica memórias RAM e SSDs para o mercado brasileiro