E-commerce
Seu e-commerce precisa, sim, de um site responsivo ou mobile
- Créditos/Foto:VisualHunt.com
- 31/Março/2017
- Da Redação, com assessoria
Por Renato Pelissaro, diretor de marketing do PayPal da América Latina
Sempre que sou convidado a palestrar sobre os desafios do marketing e da boa venda online deparo com questões sobre sites responsivos ou mobiles. E o que mais me impressiona é que ainda encontro muita gente que tem dúvidas sobre a necessidade de investir nesse item ao criar seu e-commerce – ou na hora de levar sua loja física para o mundo virtual.
Quer minha resposta sincera? Se sua empresa ainda não tem um site responsivo ou puramente mobile, você está perdendo vendas e, o que é pior, muitos potenciais clientes.
Para começar, é preciso que você saiba de algo muito importante: o Google atualizou seu algoritmo de busca no ano passado, com o objetivo de verificar os sites acessíveis por meio de dispositivos móveis. Isso porque, no final de 2016, o Consumer Barometer descobriu que 62% das buscas no Google são feitas em tablets ou smartphones. E os sites que não têm versão mobile ou responsiva foram “rebaixados” nos resultados das pesquisas – isso quer dizer que não aparecem mais nas primeiras páginas das buscas, um prejuízo e tanto.
Um site responsivo é aquele que foi criado a partir do site “original” da empresa, com ajustes de programação que fazem com que ele se adapte, automaticamente, à tela de qualquer dispositivo que o usuário esteja usando – um PC de mesa, notebook, tablet ou smartphone.
Para você ter uma ideia mais exata do que estou falando, em um site que não tem essa tecnologia, quanto menor o tamanho da tela do celular, mais o usuário precisará dar zoom para conseguir ver o conteúdo – o que significa ter de “dançar” pela tela, correndo sempre o risco de tocar onde não quer. Ou seja, trata-se de uma experiência de navegação tenebrosa, que não costuma fazer muitos amigos.
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Segundo recente pesquisa do Google, esse tipo de problema pode ter um custo alto: a necessidade de dar zoom na telinha do smartphone, por exemplo, é motivo suficiente para que mais de 60% dos usuários abandonem um site. Se for um e-commerce, adeus, venda.
Ainda sobre esse tema, outro estudo que deve fazer parte de seus Favoritos foi levado a cabo pela Ipsos, a pedido do PayPal, no final do ano passado. De acordo com ele, 17% do total gasto em compras online em 2016 se deram via smartphone (em 2015, o índice era de 13%). Outros 4% ocorreram via tablet.
Nativo da telinha
Já o site mobile é aquele feito sob medida para equipamentos móveis (sejam eles smartphones ou tablets) – e simplesmente não podem ser acessados em desktops ou notebooks. A versão mobile de um site é, portanto, uma segunda página, às vezes 100% diferente do site original.
A parte boa de um site mobile puro é a liberdade total para criar a partir do zero, sem amarras. Isso significa uma arquitetura planejada para os smartphones e que funciona mesmo com as menores telinhas disponíveis no mercado; uma chance de ouro para construir uma ferramenta de e-commerce altamente eficaz. Aqui, vale mais uma dica: invista em um sistema de busca interno poderoso (que traga resultados sempre relevantes) e que seja fácil de ser visualizado (com fontes grandes, links intuitivos) e operado por qualquer internauta.
Monte também um banco de dados para sugerir opções de busca relacionadas a seus clientes. Afinal, nada pior do que uma pesquisa que retorna frases como “não encontramos nenhum item que corresponda ao termo que você digitou”.
Outro ponto importante, tendo em vista que a Geração Millennial começa a dominar o mundo, é que o smartphone já é o meio de acesso à web mais popular no Brasil: segundo pesquisa feita pelo IDC no ano passado, 48% dos usuários de internet móvel no País são das classes A e B; 46% pertencem à classe C; 68% têm entre 16 e 34 anos; e 11%, entre 35 e 44 anos. É um imenso público consumidor em potencial – que busca bons serviços, atendimento de qualidade e, mais importante até, não gosta de perder tempo.
Por isso, em seu site mobile ou responsivo, invista em menus curtos e destaque seus “calls-to-action”. Se for necessário preencher datas (de entrega de produtos, por exemplo), dê preferência a calendários visuais, que dispensam digitação. Além disso, tente reduzir os erros de preenchimento com etiquetas e validação em tempo real. Na hora do check-out, outra dica essencial: facilite a vida de seu cliente. Nada de formulários desnecessariamente extensos. Se ele já se sente “cansado” e propenso à fuga em um desktop, imagine na frente da telinha de um smartphone.
Ah, sim. O Google anunciou, no finalzinho de 2016, que está investindo em um mecanismo de busca exclusivo para ambiente mobile. E, como sabemos todos, esse pessoal não costuma brincar em serviço. Trata-se, com certeza, de um caminho sem volta.