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Saúde com Ciência: site combate desinformação e defende vacinas

O Governo Federal lançou o programa Saúde com Ciência, iniciativa inédita em defesa da vacinação e voltada ao enfrentamento da desinformação. A proposta faz parte da estratégia para recuperar as altas coberturas vacinais do Brasil diante de um cenário de retrocesso, principalmente nos últimos dois anos, quando foram registrados os piores índices.

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A propagação de fake news é um dos fatores que impacta na adesão da população às campanhas de imunização.

A estratégia interministerial é coordenada pelo Ministério da Saúde e pela Secretária de Comunicação Social da Presidência da República, com a parceria dos ministérios da Justiça e Segurança Pública, da Ciência e Tecnologia e Inovação, e com a Controladoria-Geral da União (CGU) e Advocacia-Geral da União (AGU), garantindo atuação em diferentes frentes.

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Com o objetivo de fortalecer as políticas de saúde e a valorização do conhecimento científico, o Saúde com Ciência é composto por cinco pilares, que envolvem cooperação, comunicação estratégica, capacitação, análises e responsabilização.

O programa prevê ainda ações para identificar e compreender o fenômeno da desinformação, promover informações íntegras e responder aos efeitos negativos das redes de desinformação em saúde de maneira preventiva.

Assim, a partir do acompanhamento e análise de fontes de dados relevantes de disseminação de informações falsas no ambiente digital, a meta é desenvolver ações para reduzir e mitigar o efeito negativo desses conteúdos que prejudicam a confiança da população na segurança das vacinas e que impactaram significativamente nas ações promovidas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) nos últimos anos.

Alertas e análises sobre desinformações identificadas serão publicados no portal do Saúde com Ciência, redes sociais do Governo Federal e em plataformas de mensagens, como WhatsApp.

Pelo www.gov.br/saudecomciencia, a população brasileira terá disponível informações confiáveis sobre vacinação e as fake news que circulam na internet. Esses conteúdos podem ser facilmente compartilhados pela audiência, criando uma rede de informações confiáveis.

Será possível também, por meio de um formulário, enviar informações duvidosas para que a equipe do Ministério da Saúde possa responder em seus canais. O site traz ainda um passo a passo sobre como cada um pode denunciar, nos canais oficiais das plataformas digitais, os conteúdos enganosos, contribuindo para reduzir a sua disseminação na internet.

Confira a apresentação de slides na íntegra

É falso! Veja as principais fake news sobre vacinas em circulação nas redes sociais

Durante o processo de elaboração do Saúde com Ciência, o Ministério da Saúde levantou as principais narrativas que circulam nas redes sociais e outras plataformas digitais.

No mapeamento diário feito pela pasta com base em termos relacionados à vacinação, entre julho e setembro deste ano, foram identificados mais de 6,8 mil conteúdos com desinformação sobre vacinas em canais públicos, o que representa um impacto de mais de 23,3 milhões de pessoas.

As 6 principais fake news, ou seja, mais recorrentes e de maior alcance, mapeadas são:

FAKE NEWS NARRATIVA
Vacinas contra Covid-19 são experimentos e não têm comprovação científica Utilizam supostos estudos estrangeiros para reforçar o falso discurso de que as vacinas de Covid-19 são ineficazes e não foram testadas de forma suficiente, alegando que não têm comprovação científica. Existe uma forte narrativa de que a população foi manipulada com dados e informações falsos sobre a pandemia e a Covid-19 em si, como o rápido contágio e forte disseminação, por exemplo, apenas para servir de cobaia para vacina experimental.
Vacinas causam doenças, como câncer, Aids ou diabetes Afirmam que algumas vacinas, principalmente a contra covid-19, podem desencadear diversos tipos de doenças nos pacientes após a dose. Algumas das mais citadas são câncer, aids, diabetes e pneumonia. Ainda dizem que é comum gerar sequelas gravíssimas e permanentes no corpo.
 

Vacina de Covid-19 causa modificações na corrente sanguínea ou no DNA

Alegam que a vacina poderia causar danos ao paciente após ter contato com a corrente sanguínea. Mais especificamente, o imunizante seria capaz de fazer alterações no sangue, como contaminá-lo (e depois os órgãos) e até mudar o DNA da pessoa. Ainda, alguns defendem que a vacina depositaria fortes toxinas na corrente sanguínea.
 

Após aplicação das vacinas, a população passa a ter um chip no corpo

Teorias falsas de que governos de alguns países estavam utilizando vacinas como desculpa para implantar algum tipo de chip no corpo humano foram umas das primeiras a surgir e seguem em alta até hoje. Este seria um meio, segundo os publicadores, de controlar a mente dos cidadãos e localizar a pessoa em qualquer lugar. Alguns chamam de “chip do diabo”.
 

Número de mortes por Covid-19 foi falsificado para assustar a população e aplicar vacina experimental

 

Afirmam que algumas informações sobre a pandemia de Covid-19 foram alteradas/falsificadas, sobretudo o número de mortes intensificados, para causar medo na população e levá-los a se vacinar. Os publicadores falam que médicos foram alguns dos principais responsáveis por divulgar número falso de mortos e chegaram até a dizer que os mortos por outras doenças morreram de Covid-19 apenas para aumentar o número de óbitos. Alguns chamam de “fraudemia”

 

Teorias da conspiração sobre Bill Gates e uma suposta dominação mundial por meio do uso de vacinas

 

 

Publicadores afirmam que foi Bill Gates o responsável pela pandemia de Covid-19. Eles dizem ter recuperado supostas postagens de Gates afirmando que ele estava por trás da criação da doença para beneficiar uma futura vacina e até despovoar o mundo. Regiões mais pobres da África e Filipinas são os supostos alvos mais citados pelo público. A fake news mais recente ligada a ele é de que, junto à OMS, Gates estaria pressionando o envio de adesivos de vacina mRNA diretamente para a casa de pessoas pobres, visando  maior adesão.

*com informações do Ministério da Saúde e do Governo Federal