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Rede social conecta homens ricos a mulheres jovens que procuram apoio financeiro

  • Créditos/Foto:Meu Patrocínio
  • 12/Junho/2017
  • Marcella Blass

Mulheres para lá de bem resolvidas, homens maduros e bem-sucedidos, ambos com um objetivo em comum: manter um relacionamento no qual saibam exatamente o que vão ganhar e oferecer ao parceiro. Elas querem ser mimadas com viagens, joias, roupas e até mesadas, enquanto eles não medem esforços e nem dinheiro para receber atenção e carinho de jovens bonitas e inteligentes.

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Essa equação, na qual dinheiro não é tabu, é explorada pelo site Meu Patrocínio, a primeira rede social a trazer o conceito Sugar para o Brasil. O objetivo da plataforma é unir jovens ambiciosas a homens mais velhos e ricos em relacionamentos com acordos pré-estabelecidos, nos quais ambos os lados sejam sempre beneficiados.

Pote de açúcar
Lançado em novembro de 2015, o Meu Patrocínio foi criado por Jennifer Lobo, uma moça cheia de sorrisos e filha de imigrantes brasileiros nos Estados Unidos. O site é fruto da visão empreendedora da jovem de 29 anos que, durante uma experiência profissional em Nova York, viu o conceito Sugar se popularizar pelos Estados Unidos, Europa e Canadá.

Quando veio para o Brasil e decidiu ficar por aqui, isso há cerca de três anos, a empresária percebeu a popularidade dos aplicativos de namoro no País – mas nada que envolvesse o conceito tão comum lá fora. Pouco tempo depois, incentivada profissional e financeiramente por amigos e familiares, a empresária decidiu arriscar e colocou a plataforma no ar. Hoje, com mais de 30 mil usuários ativos, o Meu Patrocínio é referência em relacionamento Sugar no Brasil.

Apesar da popularidade e aceitação dos usuários, o site ainda coloca olhares feios no rosto de muita gente. “Estamos crescendo de forma muito positiva, mas ainda é preciso educar as pessoas sobre o conceito. A ideia é mostrar que o site é lugar para procurar e encontrar gente, assim como várias outras redes sociais”, diz Jennifer.

Ok, então quem são os Sugars?
Indiferente às críticas estão mulheres de todo o Brasil que já abraçaram o conceito Sugar. Apesar da primeira impressão, Jennifer garante que a proposta vai muito além do fator grana. Segundo ela, as Sugar Babies cadastradas no site são mulheres com faixa etária média de 25 anos, geralmente universitárias, sem emprego fixo e que têm o desejo de crescer profissionalmente. A empresária as define como jovens ambiciosas que procuram um verdadeiro mentor para dar dicas intelectuais, de carreira e estilo de vida, só que com muito mimo e luxo para acompanhar.

Com cadastro no site desde o início do ano, Petra Souza (25), se define como uma mulher decidida e independente. Ela conta que não gosta que as pessoas digam como ela deve fazer as coisas, usar seu tempo e dinheiro. “Sei do que gosto e quero poder viver tudo isso sem ser julgada. Ser Sugar é mais do que saber o que quer, é poder ser o que quiser”, comenta.

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Do outro lado da balança estão os Sugar Daddys. Eles são homens mais maduros, que trabalham e viajam com certa frequência. De acordo com o Meu Patrocínio, eles têm uma renda mensal média de R$ 47.000, sendo que cerca de R$ 3.000 desse valor são gastos para oferecer um novo estilo de vida para sua Sugar Baby.

“Com idades próximas a 43 anos, a vida corrida que eles levam não dá tempo de ir a um bar, por exemplo, para conhecer pessoas”, conta Jennifer. Por isso, os Daddys procuram a rede social e confiam que ela será um facilitador para encontrar mulheres que anseiam ter um estilo de vida como o deles.

Preconceito
Petra tem um Daddy que sai com mais frequência, mas eles ainda não mantém um relacionamento Sugar. “Já tive outro Daddy um tempo atrás, desse eu ganhava mesada e tudo, mas percebemos que não tínhamos as mesmas intenções e nos afastamos”, explica.

Quando o Meu Patrocínio foi lançado, a internet foi tomada por uma enxurrada de comentários e primeiras impressões negativas a respeito do site, principalmente porque as pessoas não conhecem o conceito Sugar. Petra conta que nem perde tempo com quem tem preconceito, faz julgamentos ou até liga a proposta do site com prostituição. “Sugar Baby e prostituta não são a mesma coisa. Quem for atrás de entender antes de falar vai perceber isso”. A jovem diz estar acostumada com o fato de as pessoas a olharem com outros olhos, por isso se cadastrou no site, no qual ela acredita que vai encontrar pessoas que a vejam como igual.