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Novo ransomware explora vulnerabilidade do Windows
- Créditos/Foto:Photo by Panos Sakalakis on Unsplash
- 15/Julho/2019
- Da Redação, com assessoria
Os pesquisadores da empresa de segurança Kaspersky descobriram um novo ransomware chamado Sodin. Ele explora uma vulnerabilidade desconhecida (zero-day) do Windows para obter privilégios de administrador nos sistemas infectados, e ainda aproveita a arquitetura da Unidade Central de Processamento para evitar sua detecção – funcionalidade que não é muito comum em ransomware.
Geralmente, este tipo de ameaça requer alguma forma de interação com o usuário – como abrir um anexo enviado por e-mail ou clicar em um link malicioso. Mas os invasores que usaram o Sodin não precisavam de tal ajuda, geralmente eles encontravam um servidor vulnerável e enviavam um comando para baixar o arquivo malicioso chamado “radm.exe”. isso bastava para baixar o ransomware e executá-lo.
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De acordo com os pesquisadores da Kaspersky, o que dificulta ainda mais a detecção do Sodin é o uso da técnica “Heaven’s Gate”. Isso permite que um programa mal-intencionado execute código de 64 bits de um processo em execução de 32 bits, o que não é uma prática comum e mais incomum em ransomware.
A maioria dos alvos do Sodin foram encontrados na Ásia: 17,6% dos ataques foram em Taiwan, 9,8% em Hong Kong, e 8,8% na República da Coreia. No entanto, também foram identificados ataques na Europa, América do Norte e América Latina. Os criminosos responsáveis por este ransomware exigem como resgate a quantia de US$ 2.500 em Bitcoin da vítima.
“Apesar dos ataques de ransomware terem caído 30% nos últimos dois anos, temos observado uma mudança de comportamento. Os hackers têm escolhido os seus alvos tendo em conta seu potencial, dando preferência a grandes instituições e empresas que possam pagar o resgate pedido, diminuindo, assim, o volume de ataques contra usuários domésticos. Este foco em organizações tem como objetivo deixá-las sem sistema por bastante tempo, causando prejuízos consideráveis, o que, por sua vez, tem levado os hackers a utilizarem técnicas cada vez mais avançadas, como é caso do Sodin”, avalia Fabio Assolini, analista sênior da Kaspersky no Brasil.
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