Dicas
Quando vale a pena comprar um celular usado?
- Créditos/Foto:Divulgação
- 29/Janeiro/2020
- Da Redação, com assessoria
De acordo com uma pesquisa realizada pelo IDC Brasil, em 2018, quase 700 mil celulares usados foram vendidos no País. Neste mesmo ano, a venda de aparelhos novos caiu 6%. Segundo Fernando Menezes, sócio e técnico da Smartech, assistência técnica que compra e vende cerca de 500 smartphones usados por mês, acredita que esse movimento será cada vez mais comum.
“Celulares de última geração estão com preços cada vez mais exorbitantes, fora da realidade da maioria dos brasileiros. Comprar um modelo usado é uma forma da pessoa ter um aparelho moderno, sem a necessidade de fazer um alto investimento”, comenta. Um smartphone usado, por exemplo, pode custar até 30% menos que um novo. Mas é necessário tomar cuidado antes de levá-lo para casa. Aqui, Fernando lista os principais pontos para não haver erro na hora da compra.
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Certifique-se de que o celular está em bom estado
O preço pode ser bem atraente, mas, antes de finalizar a compra do aparelho, é preciso ter certeza que o celular está bom para uso. Segundo Fernando, a tela é um dos pontos mais importantes a ser observado. “Pequenos riscos não são um problema, mas se o touch screen não estiver funcionando perfeitamente, fuja. É cilada. Vai sair caro fazer o conserto”, alerta.
Para não ter erro, o profissional indica fazer a compra em assistências técnicas ou lojas autorizadas. “Quando você compra de pessoas físicas, em caso de problemas, não se tem muito o que fazer. Já em uma empresa especializada neste tipo de comércio, a segurança é maior. Além de haver toda uma vistoria, há garantia”, conta.
Outro ponto importante é ficar atento ao tempo de uso do dispositivo. “Celulares muito antigos podem apresentar problemas com wi-fi e outras funcionalidades. Não indico a compra de um celular com mais de 6 anos de uso”, afirma.
Descubra a história do aparelho
Celulares que já foram levados para assistências técnicas muitas vezes, que apresentam problemas com a bateria ou que estejam muito amassados podem gerar dor de cabeça. “Se a compra não for feita em uma assistência técnica, sempre aconselho fazer um ‘teste drive’. O ideal é passar pelo menos 2 dias com o aparelho para observar se haverá algum indício de problema”, comenta Fernando.
Vida útil da bateria
Normalmente, as baterias possuem um ciclo de vida que com o tempo vai diminuindo. Por isso, saber o tempo de uso é fundamental. “Quanto mais antigo for, mais rápido a bateria apresentará problemas”, destaca Fernando. Mas o especialista afirma que, nem sempre, o problema está na peça. “Precisa analisar o celular como um todo. Muitas vezes os aplicativos de músicas, vídeos e GPS, mesmo fora de uso, sugam muita carga”, completa.
Segundo o sócio da Smartech, o problema no descarregamento da bateria também pode estar no sistema operacional. “Muitas vezes o SO atualiza e sobrecarrega o aparelho. Isso acontece porque algumas funções que veem na atualização não estavam programadas quando o celular foi lançado”, diz. Se esse for o caso, é preciso analisar se o aparelho, sem atualizações, atende a necessidade de uso.
Uma dica é pedir para testar o aparelho por um dia e observar como está a queda de bateria. “Aconselho desativar todos os aplicativos que consomem muita carga – dá para saber essas informações em configurações – e analisar ao longo do dia. O nível da bateria não pode diminuir mais do que 2% de uma vez. Se isso acontecer, é bem provável que esteja desgastada”, aconselha.
Pesquise preços
“Muitas vezes as pessoas supervalorizam o aparelho que têm e tentam vender por um preço que não condiz com o mercado”, afirma Fernando. Por isso, o profissional indica: “pesquise, sempre”.
O primeiro passo é saber quanto vale o modelo original do celular em questão. Depois, é preciso levantar os valores em diferentes assistências técnicas. “E desconfie de valores muito abaixo do mercado. Normalmente, estes smartphones estão com algum tipo de problema”, finaliza.
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