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Projeção 2019: veja as principais tendências para o mercado mobile
Celulares e demais dispositivos móveis são símbolos das novas tecnologias. Eles passaram a ter um número muito maior de funcionalidades desde quando o primeiro modelo foi inventado – isso, no longínquo ano de 1973, há mais de 45 anos.
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A versatilidade de funções desses dispositivos fizeram com que seu número crescesse exponencialmente no Brasil. No final de outubro de 2010, foi a primeira vez que o número de celulares superou o de habitantes no Brasil. À época, havia 194,4 milhões de aparelhos, de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Em agosto de 2018, também de acordo com a Anatel, havia 234,7 milhões de celulares em solo brasileiro. Um aumento de 20,7% em relação à estatística vista anteriormente e número 12,6% maior que o de habitantes no Brasil, que está em 208,5 milhões de pessoas.
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Com esse crescimento, é de se esperar o surgimento constante de uma série de tendências para os dispositivos móveis. Nesta reportagem, o 33Giga aponta as principais delas para 2019.
Aumento na contratação de seguros
Antigamente, quando se falava em seguro, era comum vir à mente veículos, residências, estabelecimentos comerciais e bancos. Porém, hoje em dia, é muito comum a contratação de seguros para dispositivos móveis, principalmente os celulares.
De acordo com a Federação de Seguros Gerais (FenSeg), o volume de prêmios (valor pago para a contratação do seguro) para smartphones teve um aumento de 70% entre os anos de 2016 e 2017 e está estimado em R$ 900 milhões.
Em julho de 2018, havia quase 2,5 milhões de aparelhos segurados no país, o que representa 1,07% de todos os disponíveis em solo nacional. Mas trata-se de um número que está em constante crescimento. Inclusive, as expectativas eram de que dobrasse até o final de 2018.
A FenSeg afirma que o preço do seguro de um celular varia de 15% a 25% do valor do aparelho por ano. Especialistas no assunto afirmam que a contratação é importante, principalmente no primeiro ano de uso, quando o valor de mercado do aparelho é maior.
Também é essencial estar atento às coberturas oferecidas pelo seguro contratado, de modo a saber o que ele pode fazer caso você seja vítima de um roubo ou furto qualificado.
Mais linhas móveis, menos linhas fixas
Essa é uma tendência que já vem se desenhando há um bom tempo. Ela deve se intensificar ainda mais em 2019: a substituição das linhas de telefonia fixa pelas móveis.
A telefonia fixa era a mais forte e presente no século XX. O crescimento no número de linhas se manteve até o ano de 2006, quando havia aproximadamente 1,26 bilhão de linhas fixas em todo o mundo, tendência que mudou desde então.
Em 2017, estima-se que o número de linhas fixas tenha caído para 972 milhões – queda de 22,86%. A expectativa é de que esse declínio ainda se mantenha.
Por outro lado, o número de linhas de telefonia móvel está em grande expansão. No ano de 1995, havia pouco mais de 90 milhões de linhas em todo o mundo, número que subiu para 738 milhões em 2000, 2,20 bilhões em 2005, 5,29 bilhões em 2010 e 7,18 bilhões em 2015.
Em 2017, havia 7,68 bilhões de linhas de telefonia móvel em todo o mundo, número praticamente igual ao de habitantes na Terra, que estava em 7,6 bilhões de pessoas naquele ano, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
Hoje em dia, para cada linha de telefonia fixa há quase 8 linhas de telefonia móvel no mundo. Isso pode ser explicado tanto pela comodidade de poder se comunicar em qualquer lugar quanto pela tecnologia dos smartphones, capazes de fazer cada vez mais tarefas.
Novas tecnologias na experiência mobile
Os dispositivos móveis estão sendo mais utilizados do que nunca para acessar a internet. De acordo com um estudo da Stone Temple, o tráfego total de sites dos Estados Unidos se dividia entre 57% mobile e 43% desktop no ano de 2016, números que mudaram para 63% e 37% em 2017, respectivamente.
Com a melhor experiência proporcionada pelos dispositivos móveis ao acessar a internet – e as consequentes melhorias aplicadas nos sites para satisfazer esse público –, espera-se que o ano de 2018 feche com pelo menos dois terços do total de visitas feitas por meio de celulares e tablets no país norte-americano. Isso também pode se observar em todo o mundo.
Logo, tecnologias que já existem devem estar ainda mais presentes no mercado mobile em 2018. Algumas delas são as seguintes:
– Inteligência artificial (IA ou AI), que permite aos computadores e sistemas desenvolverem um raciocínio e responderem às necessidades dos usuários com mais eficácia;
– Chatbots, com os quais é possível ter uma experiência de comunicação similar à que ocorre entre humanos, mas com um bot inteligente;
– Realidade aumentada (AR), que utiliza o ambiente em que o usuário está para dar dicas, sugestões e insights para engajamento, além de também poder ser usada em jogos;
– Instant apps, que podem ser usados diretamente das lojas de aplicativos, sem a necessidade de fazer seu download;
– Lazy loading, tecnologia que carrega partes essenciais dos sites mais rapidamente para reduzir a taxa de rejeição dos usuários;
– Wearables (gadgets “vestíveis”), como smartwatches e smartbands, que permitem um uso da tecnologia para maior qualidade de vida e praticidade;
– Internet das coisas (IoT), para a conexão de muito mais do que dispositivos à rede, como carros, eletrodomésticos e indústrias;
– Serviços baseados em geolocalização, de modo que os usuários encontrem soluções que estejam fisicamente próximas a eles e, assim, tenham uma melhor experiência.
Mobile: um mercado em franca ascensão
Tudo o que está relacionado aos dispositivos móveis está em crescimento. Essas são verdadeiras necessidades da sociedade atual, que deseja tudo rápido, prático e ao seu alcance em poucos toques na tela.
Portanto, é de se esperar que o mercado mobile esteja em praticamente todos os lugares daqui para frente, em proporções ainda maiores do que temos hoje. Seja em sua casa, na escola das crianças ou na auditoria de contas de uma empresa, seu espaço está garantido no futuro.
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