Springer Nature, uma editora acadêmica situada no Reino Unido, divulgou esta semana o primeiro livro produzido por um robô. Chamado de Lithium-Ion Batteries: A Machine-Generated Summary of Current Research, é uma apostila que reúne artigos acadêmicos sobre baterias de lítio, aquelas que armazenam a energia que alimenta smartphones e notebooks. Está disponível na íntegra para download.
A obra é fruto de uma parceria entre a editora britânica e um grupo de pesquisadores da Goethe University Frankfurt, na Alemanha. Vale destacar que o livro foi organizado pelo algoritmo Beta Writer.
Na prática, são cerca 250 páginas divididas em capítulos temáticos. Cada um é introduzido por uma breve descrição. Também traz citações, hiperlinks para trabalhos citados e referências bibliográficas para quem quiser se aprofundar em determinado assunto comentado.
Na introdução do livro, Henning Schoenenberger, diretor da Springer Nature, explica que a ideia de usar o robô para editar o livro veio ao encontro de automatizar o processo cansativo de analisar pesquisas. O objetivo é que os cientistas possam usar seu tempo em conteúdos mais relevantes.
É importante ressaltar que o Lithium-Ion Batteries: A Machine-Generated Summary of Current Research chega ao mercado sem correções humanas. A editora quis deixar explícito tanto o atual estágio da tecnologia quanto as limitações dos conteúdos gerados por máquinas.
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No álbum, veja tecnologias da ficção que ganharam versões reais:
Cortana, “Halo” – A inteligência artificial da Microsoft nasceu primeiramente no jogo de tiro em primeira pessoa. Presente desde o primeiro título da franquia exclusiva para o Xbox, a personagem ganhou “vida” a partir de um clone do cérebro humano e é a fiel companheira do soldado Master Chief. Agora, o holograma virtual também está presente nos computadores da companhia. | Crédito: Reprodução/YouTube
Hoverboard, “De Volta Para o Futuro” – O skate flutuante usado por Marty McFly foi adaptado e chegou ao mercado como um equipamento com rodas e que funciona com o movimento do corpo do usuário. Apesar do design futurista, o gadget fica em contato com o chão o tempo inteiro e utiliza motores elétricos. | Crédito: geturbanwheel on Visualhunt.com / CC BY-NC
Nike Mag, “De Volta Para o Futuro 2” – Mais uma tecnologia usada por Marty McFly foi trazida ao mundo real. O tênis com cadarços que “amarram” sozinhos foi lançado em uma versão limitada e vendido em leilão. Os recursos gerados com a venda foram destinados à Michael J. Fox Foundation, fundação do ator que deu vida a McFly no filme e que investe em pesquisas pela cura do mal de Parkinson. | Crédito: Divulgação
Babel Fish, “O Guia do Mochileiro das Galáxias” – Pilot é uma espécie de fone de ouvido Bluetooth que faz traduções simultâneas, assim como o Babel Fish da franquia criada por Douglas Adams. Criado pela startup norte-americana Waverly Labs, na prática, cada pessoas deve usar um ponto. O gadget capta a voz e traduz para o idioma escolhido. Está em pré-venda. | Crédito: Divulgação
Audi e-tron Vision Gran Turismo, “Gran Turismo Sport” – Desenvolvido originalmente para corridas virtuais no PlayStation 4, o carro-conceito da montadora alemã, feito em parceria com a Fórmula E, participou de uma corrida em Roma, na Itália. Ele foi construído em apenas 11 meses e chegou ao mundo real com especificações bem parecidas às da versão virtual. | Crédito: Divulgação
Carros-robôs, “Transformers” – Uma empresa turca chamada de Letivision conta com o projeto Letrons, no qual carros são transformados em robôs. O primeiro protótipo da marca é chamado de Antimon e foi desenvolvido a partir de uma BMW M3. A traquitana fala, mexe os braços, a cabeça e até solta fumaça e fogos. Porém, ainda não consegue andar e é controlada por um controle remoto. Isso significa que não é possível dirigi-lo. | Crédito: Reprodução/Facebook
Cheiroscópio, “Futurama” – Também conhecido como Smell-O-Scope, é uma traquitana inventada pelo Professor Farnsworth capaz de detectar odores. E ele existe de verdade. Chamado de Nasal Ranger Field Olfactometer, o aparelho opera exatamente como o da ficção, mas é usado apenas para detectar o cheiro de maconha e de outras substâncias ilegais que estejam nas redondezas. | Crédito: Divulgação