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Picapes flex ou diesel: estudo mostra qual valoriza mais

Picape a diesel é cheque visado no Brasil. Essa afirmação será proferida por dez de cada dez lojistas de veículos seminovos no Brasil.

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Com fama herdada das primeiras picapes nos anos 70 e 80, que rodavam centenas de milhares de quilômetros sem necessidade de muita manutenção, os comerciais leves movidos a diesel sempre foram a joia da coroa no mercado brasileiro.

Nada valorizava mais do que uma Ford F1000 ou uma Chevrolet D20 na condição de seminovas.

O mercado brasileiro transformou-se totalmente desde então, exceto pelo sucesso incondicional dos sucessores dessas pioneiras, que ganharam um peso ainda maior com o advento dos SUVs nos anos 90 e 2000.

Eram as Mitsubishi Pajero e as Toyota Hilux dos anos 90 e 2000 que lideravam os sonhos dos consumidores e enchiam os bolsos dos vendedores de carros.

Com um olhar atento às novas tendências do mercado brasileiro de seminovos e usados, a Mobiauto promoveu uma pesquisa inédita. A startup comparou a variação de preços de veículos flex e diesel, anos-modelo 2018 a 2021, entre julho de 2021 a julho de 2022.

Picapes e SUVs foram esmiuçados em seus comportamentos de preços. E surgiu a surpresa.

“Na média dos veículos pesquisados, que foram anunciados em número representativo em nossa plataforma, os modelos movidos a diesel ganharam 11,41% na média”, afirma Sant Clair Castro Jr., consultor automotivo e CEO da Mobiauto. “Os mesmos SUVs e picapes, quando equipados com motores flex, ganharam 12,62%. Os veículos seminovos a diesel continuam sendo um bom negócio. Mas os flex são ainda melhores.”

Nesse levantamento, a equipe de estatísticas da empresa apurou os principais SUVs e picapes que ofereciam as duas motorizações para determinar uma comparação equilibrada.

Os veículos pesquisados foram:

  • Chevrolet S10,
  • Fiat Toro,
  • Ford Ranger,
  • Jeep Renegade e Compass,
  • Land Rover Discovery,
  • Mitsubishi L200
  • e Toyota Hilux.

Somando-se as versões de todos eles, a pesquisa analisou preços de 26 veículos na média das versões dos anúncios coletados, sempre comparando preços de julho de 2021 versus o mesmo mês deste ano. E daí o percentual de variação nos valores.

Em percentual absoluto de valorização, o campeão de toda a pesquisa foi o Jeep Renegade 2019 a diesel, que já havia aparecido recentemente em outra pesquisa Mobiauto. “Como o zero km deixou de ser vendido – e o modelo a diesel continua gozando de alto prestígio entre os clientes, as cotações dos seminovos dispararam. Quem tem um Renegade seminovo a diesel, hoje, possui um produto que vale 30% a mais do que um ano atrás. Incrível”, comenta Castro Jr.

Como a pesquisa calculou a média dos combustíveis dentre os modelos pesquisados, outro ponto que chama a atenção é a presença marcante das picapes, que ainda detêm uma força ainda maior nas versões a diesel. Na média, o segmento ganhou 11,41% em um ano. Excetuando-se o Renegade, que foi o primeiro do ranking, os quatro modelos mais valorizados foram picapes.

Veja a lista

Crédito da foto: Divulgação / Mobiauto
Crédito da foto: Divulgação / Mobiauto

 

Não foi muito diferente o que ocorreu entre os modelos flex: as picapes também predominaram. Quem surpreendeu foi a Mitsubishi L200, alcançando mais de 27% de alta no período.

Crédito da foto: Divulgação / Mobiauto
Crédito da foto: Divulgação / Mobiauto

Chamou a atenção negativamente a fraca atuação do Jeep Compass, posicionando-se nas últimas linhas do ranking. Mas há uma explicação bem simples.

“Os Compass seminovos tiveram uma alta extraordinária no primeiro semestre do ano passado, quando a Jeep lançou o novo motor 1.3 Turbo e reajustou com gosto os valores dos modelos zero km. Os seminovos acompanharam. Quando chegou em julho de 2021, eles já estavam com preços inflados, daí os percentuais de alta terem sido ínfimos de 2021 para 2022. Está havendo agora uma acomodação”, explica o consultor da Mobiauto.