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Oumuamua: tudo o que se sabe sobre o objeto misterioso
- Créditos/Foto:Divulgação / European Southern Observatory (ESO)
- 09/Fevereiro/2024
- Bianca Bellucci
Em 2017, o primeiro objeto originado fora do Sistema Solar foi identificado. Batizado de Oumuamua (“Mensageiro de muito longe que chega primeiro”, na língua havaiana), astrônomos apontaram se tratar de um corpo celeste em forma de charuto, rochoso e avermelhado. Também girava rapidamente, tinha trajetória caótica e brilho que mudava abruptamente. Essas características, no entanto, causaram mais perguntas do que respostas. E, desde então, especialistas tentam desvendá-lo.
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Primeiras impressões
Inicialmente, o Oumuamua foi classificado como um asteroide, pois não exibia as características típicas dos cometas. Na prática, a maioria deles são bolas de neve sujas que, quando aquecidos pelo Sol, podem ejetar água e outras moléculas, produzindo um halo brilhante ao seu redor e, muitas vezes, caudas de gás e poeira.
Em determinado momento da observação, contudo, o Oumuamua apresentou aceleração e comportou-se como um cometa. Mas sem qualquer evidência de que estava ejetando gás, causou dúvidas sobre sua real classificação.
A falta de conhecimento rendeu até uma teoria da conspiração, que afirma que o objeto é uma sonda alienígena, enviada por uma civilização de outra galáxia para monitorar os terráqueos. A tese é de Avi Loeb, professor de ciências da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e pode ser conferida no livro “Extraterrestre: O Primeiro Sinal de Vida Inteligente Além da Terra”.
Possível explicação para o Oumuamua
Em 2023, um novo estudo prometeu sanar tais dúvidas – cientificamente, claro. Um grupo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, sugeriu que o objeto era um cometa, afinal. Os muitos anos no espaço interestelar o levaram a acumular hidrogênio molecular em abundância. O calor do Sistema Solar, por sua vez, aqueceu o hidrogênio, transformando-o em “combustível” e fazendo-o ter o comportamento atípico.
A teoria não foi levada em consideração à época da descoberta porque o hidrogênio exige temperaturas extremamente baixas para congelar em objetos do tamanho de Oumuamua. Além disso, os cientistas não costumam esperar tais temperaturas dentro das densas nuvens moleculares no qual esses objetos se formam.
Fim do mistério?
O novo estudo trouxe luz ao caso, mas não encerrou a discussão dentro da comunidade científica a respeito de origem e classificação do objeto. Análises mais aprofundadas ainda são requeridas para, de fato, fechar o mistério de Oumuamua.
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