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Onda de calor aumenta em 83% vendas de ar-condicionado: saiba escolher o seu

A onda de calor em 2024 está provocando um aumento expressivo nas vendas de ar-condicionado no Brasil. Segundo dados da Eletros, a produção desses aparelhos registrou um crescimento de 83% neste ano, com uma previsão de fabricação de 6 milhões de unidades até dezembro.

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A grande procura é atribuída ao calor intenso que tem atingido o país, com temperaturas acima da média em várias regiões e que tem batido recordes nos últimos anos.

Mas mesmo com a alta na produção, muitos consumidores encontram dificuldades para comprar alguns modelos, isso devido à escassez nas lojas e também pelo aumento dos preços, que subiram 14,6% nos últimos 12 meses.

Por isso, ao encontrar opções de ar-condicionado, é preciso saber escolher o aparelho ideal para suprir uma necessidade iminente, atendendo tanto seu conforto, quanto bolso. Confira!

Como comprar ar-condicionado?

Por mais que pareça tarefa simples, comprar um ar-condicionado envolve fatores que devem, mas nem sempre são considerados para garantir a eficiência do aparelho e evitar surpresas na conta de luz. Os principais pontos estão logo abaixo.

1. Potência (BTUs)

A medida em BTUs (British Thermal Units) é a orientação técnica para medir a potência desse tipo de aparelho, é ela que determina a capacidade de refrigerar um ambiente. Para escolher o aparelho adequado, então, é preciso calcular a quantidade de BTUs com base no tamanho do espaço que deseja cobrir, o número de pessoas que irá ocupá-lo e até a incidência solar:

  • Tamanho do Ambiente: Multiplique a área do cômodo (largura x comprimento) por 600 BTUs para espaços com pouca ou nenhuma incidência solar. Se a região for quente ou tiver muita exposição solar, utilize 800 BTUs por metro quadrado.

  • Número de Pessoas: Adicione 600 BTUs para cada pessoa extra a partir da segunda. Por exemplo, para um quarto de 12 m² com exposição solar e cinco pessoas, o cálculo seria: (12 x 800) + 600 + 600 + 600 + 600 = 12.000 BTUs. Escolher a potência correta evita que o aparelho trabalhe além do necessário, economizando energia.

2. Tecnologia Inverter vs. convencional

Depois, é importante entender as tecnologias que têm hoje disponíveis no mercado e como cada uma delas afeta o consumo de energia.

A convencional liga e desliga o compressor para manter a temperatura, o que causa os chamados picos de consumo energético. Já a Inverter mantém o compressor em funcionamento constante, mas ajusta a rotação conforme a necessidade, sendo o que evita os picos de energia e pode trazer uma economia de até 60% em comparação com modelos convencionais.

3. Tipo de ar-condicionado

Caso não saiba, existem diferentes tipos de ar-condicionado, e a escolha entre eles depende das necessidades e possibilidades de instalação.

Split

É o mais popular atualmente por oferecer eficiência e baixo ruído, seu compressor é instalado fora do ambiente, e é exatamente o que garante um funcionamento silencioso.

Janela

Aquele modelo, hoje, considerado mais antigo e geralmente mais barulhento, mas que pode ser uma boa opção para espaços que já têm a estrutura adequada para sua instalação e capaz de atender o propósito da mesma forma.

Portátil

Ideal para quem não pode fazer obras ou precisa de uma solução móvel que, apesar de ser um pouco mais barulhenta, compensa pela flexibilidade de uso ao poder levá-lo facilmente para diferentes cômodos e espaços da casa.

Escolher entre esses três tipos depende, principalmente, do ambiente e das condições de instalação que tem disponíveis.

4. Consumo de energia

Claro que não poderíamos deixar de falar do consumo de energia, fator considerado o principal para muitas pessoas ao analisar a compra de um ar-condicionado.

Por isso, antes de comprar, confira a classificação no Selo Procel, que indica a eficiência energética do aparelho. Modelos com classificação A são mais eficientes e consomem menos energia. Para calcular o consumo mensal do ar-condicionado, é só utilizar a fórmula:

  • Média de horas diárias que o aparelho fica ligado x média de dias por mês x potência (em watts) x tarifa de energia / 1000. Por exemplo, um ar-condicionado de 12.000 BTUs com potência de 1100 watts, ligado 8 horas por dia durante 30 dias, com uma tarifa de R$ 0,65 por kWh, teria um consumo médio de 171,6 kWh por mês.

Portanto, a onda de calor tem tido forte impacto na vida dos brasileiros e, consequentemente, no número de vendas de ar-condicionado. Mas é preciso analisar esses fatores como potência, tecnologia e outros antes de adquirir uma temperatura confortável em sua casa que dure o ano todo.