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LinkedIn deixa a China

*Por Vivaldo José Breternitz

A Microsoft afirma que, até o final deste ano, o serviço LinkedIn deixará de estar disponível na China.

O LinkedIn é a maior rede social de origem americana que ainda opera oficialmente naquele país. O governo local baniu as redes Signal e Clubhouse neste ano, seguindo o que fizera com o Facebook e o Twitter em 2009 e com o Instagram em 2014.

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A decisão foi tomada depois que o serviço foi forçado pela ditadura chinesa a bloquear perfis de jornalistas e ativistas de direitos humanos, que teriam postado conteúdo “proibido” – obviamente críticas ou informações contrárias aos interesses do governo do país.

Em 2014, quando começou a operar naquele país, o LinkedIn concordou a obedecer a certas regras impostas pelo governo, especialmente no sentido de bloquear determinados conteúdos.

Apesar dessa postura, em meados deste ano o governo chinês disse que o LinkedIn estava entre os 105 sites que estariam violando leis do país.

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Mostrando cautela e de forma diplomática, a rede social profissional disse que tomou a decisão por estar enfrentando no país um ambiente operacional significativamente mais desafiador, com maiores requisitos de conformidade.

Disse também que continuará a trabalhar com as empresas chinesas para ajudá-las a criar oportunidades, em linha com o compromisso de se esforçar para construir uma economia que ofereça maior prosperidade às pessoas de todo o mundo.

Para isso, lançará um serviço batizado InJobs, que permitirá apenas o cadastramento de currículos e vagas, sem possibilidade de comentários ou qualquer outro tipo de material.

A postura do governo chinês é um exemplo muito claro do que vem sendo chamado “controle social da mídia”, infelizmente uma bandeira de alguns grupos políticos de nosso país.

*Por Vivaldo José Breternitz, doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.