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Museu de eletrônicos reúne relíquias desconhecidas pela Geração Z

  • Créditos/Foto:Divulgação / Coopermiti
  • 03/Abril/2024
  • Da Redação, com assessoria

Parece pegadinha, mas os computadores já se tornaram antiguidade para a Geração Z. Dados da pesquisa TIC Domicílios de 2023 mostram que, embora imersos em um mundo conectado, os nascidos entre 1995 e 2010 dominam os dispositivos móveis, mas não os computadores e os softwares profissionais utilizados nas empresas. O fato é que a tendência ilustra uma questão simples: toda novidade um dia se torna obsoleta.

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A cooperativa de lixo eletrônico Coopermiti mantêm um museu de antiguidades tecnológicas, para ensinar às novas gerações e reviver com as gerações passadas, um pouco da história do consumo de bens eletroeletrônicos, cultura digital, e, principalmente, sobre a importância do descarte consciente destes aparelhos que, um dia, já foram sonho de consumo para muitas famílias.

Diariamente, a cooperativa recebe aparelhos descartados e, muitas vezes, encontram tesouros que ajudam a remontar a história da tecnologia – tanto que viraram peça de museu. Atari 2600, Telejogo, Máquina de Datilografia e Telefone Telesp são velhos conhecidos de quem viveu os anos 1980, mas para as crianças e adolescentes são novidades. Todo o acervo fica localizado no galpão da Coopermiti, em São Paulo (SP). A empresa leva a exposição itinerante para escolas, eventos e empresas, para alertar sobre as práticas de descarte consciente.

“Muitas pessoas se assustam em como a tecnologia se transforma rapidamente, mas queremos destacar que essa velocidade significa mais lixo eletrônico. A cada lançamento, os modelos antigos são descartados, mas o real problema é que isso raramente é feito de maneira regular e sustentável. O e-lixo é nocivo à natureza e não deve ser jogado no lixo comum, tem local certo para o descarte”, afirma Alex Pereira, presidente da Coopermiti.

Tecnologias do passado

Para Alex, o mais surpreendente é perceber que as crianças e os adolescentes quando têm acesso às peças do museu não fazem ideia do que são alguns aparelhos, mas assim que descobrem para que servem, acham a tecnologia supermoderna. “Elas entendem o funcionamento de um programa digital de música, mas é difícil explicar como a agulha da vitrola faz tocar a música de um disco de vinil”, conta.

A garotada entende que toda tecnologia vira passado em determinado momento, e, por isso, é importante conscientizar a família que componentes eletrônicos expostos em aterros sanitários ou mesmo em pontos de descarte irregular podem liberar substâncias tóxicas no solo e impedir o reaproveitamento de materiais pela indústria, o que diminuiria o impacto ambiental e a extração de elementos, como ferro, alumínio e ouro, utilizados nos sistemas eletrônicos.

Museu Itinerante

Para conhecer as relíquias guardadas no museu, a Coopermiti oferece o Museu Itinerante que passeia por creches, escolas, feiras e eventos, promovendo a conscientização sobre a importância de descartar corretamente eletrônicos que não podem se misturar ao lixo comum. “O legal é que os visitantes acabam se tornando agentes de transformação em casa e na vizinhança, aliados de um futuro sustentável”, aponta o presidente da cooperativa.

O serviço oferecido pela Coopermiti ainda utiliza a arte para sensibilizar sobre a importância dos temas da sustentabilidade e reciclagem. Por meio de uma oficina com materiais que antes iriam parar no lixo, a cooperativa ensina que, com um pouco de atenção e cuidado, os objetos podem ser reaproveitados.

A Coopermiti também disponibiliza fotos das peças no Museu em seu site: https://coopermiti.com.br/museu-menu.

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