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E-commerces mais acessados em 2023: veja ranking

Semrush, plataforma de marketing digital especializada em visibilidade online, divulgou o ranking dos 20 e-commerces mais acessados no Brasil em 2023. Segundo o levantamento, o Mercado Livre permanece no topo da lista, com uma média de 286 milhões de visitas mensais, seguido pela Amazon, com cerca de 260 milhões.

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No entanto, o segundo lugar desperta a atenção dos especialistas: o marketplace norte-americano teve 253 milhões de acessos em setembro deste ano, um crescimento de 30.7% em comparação com o mesmo período de 2022, que registrou um tráfego de 193 milhões. Com isso, a empresa encosta na tradicional liderança argentina, como mostra o ranking abaixo:

 

Domínio Média Mensal de 2023 (entre jan e set) Comparação Anual

(set/2023 e set/22)

Setembro 2022 Setembro 2023
1 Mercado Livre 286.463.263 3,5% 266.190.664 275.639.957
2 Amazon 260.717.208 30,7% 193.860.725 253.325.101
3 OLX 134.249.497 16,0% 119.038.140 138.029.852
4 Ali Express 125.744.134 5,6% 105.951.677 111.908.420
5 Magazine Luiza 107.305.299 18,0% 84.351.631 99.576.414
6 Shopee 85.111.895 -13,7% 94.658.447 81.701.826
7 Americanas 47.177.455 -46,4% 81.445.267 43.657.986
8 Casas Bahia 43.086.149 -14,7% 39.666.029 33.846.274
9 Kabum 37.448.269 -0,9% 39.459.647 39.091.043
10 Samsung 33.109.130 14,4% 32.181.806 36.828.834
11 Netshoes 28.659.623 -8,9% 28.116.581 25.610.006
12 Shein 26.433.318 6,3% 17.338.138 18.426.063
13 Apple 23.759.070 26,7% 19.902.078 25.215.227
14 IFood 22.016.579 19,3% 19.572.459 23.350.361
15 Carrefour 14.807.063 13,5% 14.143.715 16.059.050
16 Centauro 13.847.269 -22,7% 16.636.213 12.865.971
17 O Boticário 14.001.404 18,1% 10.102.937 11.936.280
18 Ponto Frio 11.059.297 -12,0% 10.503.584 9.238.194
19 Ebay 9.938.313 4,0% 8.964.944 9.326.482
20 Submarino 5.843.663 -71,0% 14.974.826 4.349.547

 

Segundo Erich Casagrande, Líder de Marketing da Semrush Brasil, esse avanço da Amazon é fruto do grande investimento da empresa no país.

“Além da expansão e otimização da sua logística, o marketplace tem apostado em estratégias que fidelizam tanto vendedores quanto consumidores. Para vendedores, o market place é um bom canal de exposição de produtos e possíveis vendas, enquanto para o consumidor a associação com outros produtos como o Prime, gera fidelização e benefícios diretos como frete grátis”.

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Além da Prime, o especialista explica que a Amazon desenvolve produtos de marcas próprias de diversos setores, que contribuem para a fidelização do usuário.

“Há itens que se tornaram tão conhecidos a ponto de serem referências em suas próprias funcionalidades. Às vezes, a pessoa chama um e-reader qualquer de Kindle por assimilar a marca ao produto. O mesmo acontece com a Alexa e as demais assistentes virtuais. Isso faz com que o consumidor vá ao site da Amazon para adquirir essas marcas únicas”, aponta.

Enquanto isso, o Mercado Livre é novato na prática. Iniciou o desenvolvimento de itens próprios apenas em 2021. Recentemente, o marketplace argentino também passou a utilizar a assinatura digital como uma estratégia de negócio.

“Apesar da empresa não possuir um serviço de streaming próprio, como a Amazon, ela investiu na parceria com a Disney+, Star+ e HBO Max, além de oferecer outros benefícios, como descontos e frete grátis. Interessante como a competitividade promove melhoras nos serviços”, explica.

Casagrande também ressalta a experiência do usuário com a marca como um dos principais fatores que influenciam o retorno do cliente à loja online.

“Tanto a Amazon como o Mercado Livre investem na otimização dos sites. Isso inclui a estética, a velocidade durante a navegação das páginas, a criação de conteúdos e a descrição detalhada de produtos, além de informações sobre pagamentos e entrega”, explica.

Queda nacional e estabilização das marcas asiáticas

Informação já esperada por muitos, após a declaração de falência da Americanas, em janeiro deste ano, o marketplace brasileiro registrou uma queda de 46.4% em setembro de 2023, em comparação ao mesmo período de 2022. Como reflexo, a empresa irmã, Submarino, viu seu tráfego cair ainda mais: 71% no último ano.

Enquanto isso, as gigantes asiáticas se mantiveram estáveis no ranking. Com singelas mudanças, marcas como AliExpress, Shopee e Shein mostram a contínua popularidade no país.

“O ranking mostra como o e-commerce brasileiro está cada vez mais globalizado. Com a grande presença de empresas da América do Norte, Europa e Ásia no país, os marketplaces nacionais e regionais terão que investir em estratégias para competir com a concorrência“, finaliza Casagrande.