Antes limitados às redes sociais e aos aplicativos de conversas, os memes quebraram barreiras e ganharam espaço no mundo financeiro. As chamadas memecoins são criptomoedas inspiradas em assuntos virais na internet. Nascidas como piada, muitas delas realmente chamam a atenção do mercado e valorizam exponencialmente.

Quer ficar por dentro do mundo da tecnologia e ainda baixar gratuitamente nosso e-book Manual de Segurança na Internet? Clique aqui e assine a newsletter do 33Giga

O ponto central aqui é que, embora tenham nascido de uma brincadeira, tratam-se de moedas reais. Elas não têm a mesma proposta de longo prazo que o bitcoin e suas alternativas – que buscam criar um verdadeiro ecossistema financeiro –, mas podem valorizar (e desvalorizar) tanto quanto.

O relatório da CEX.IO mostra que, em 1º de dezembro de 2024, o setor representava 3,16% da capitalização do mercado considerando todas as moedas virtuais ativas. O curioso é que se gigantes como Bitcoin e Ethereum forem excluídas dessa conta, a participação das memecoins sobe de 4,2% para 11,21%. A porcentagem é equivalente a mais de US$ 140 bilhões, de acordo com a CoinGecko.

Conheça as memecoins

A precursora e mais memorável é a Dogecoin. A moeda leva o rosto de um cachorro da raça Shiba Inu, viral na internet há cerca de 10 anos. Criada em dezembro de 2013, rapidamente construiu uma comunidade grande e vibrante, chegando a atingir a capitalização de US$ 60 milhões em janeiro de 2014.

Outro pet que inspirou a criação de uma memecoin foi o cachorro descontraído (usando gola rolê, calças jeans e tênis) que invadiu a web até meados de novembro de 2024. Chamada de Chillguy, a moeda chegou a ter US$ 3.8 bilhões de valor de mercado. Outro exemplo (fofo) de sucesso é a Dogwifhat. Representada simplesmente por um cão usando uma touquinha de crochê, já bateu US$ 25 bilhões em capitalização.

Os animais selvagens também são reis quando o assunto é criptomoedas. Um bebê de hipopótamo-pigmeu que vive em um zoológico na Tailândia chamou a atenção do mundo este ano. Não é à toa que a Moo Deng, moeda criada em sua homenagem, alcançou valor de mercado de US$ 1 bilhão.

Em paralelo, a Peanut the Squirrel, protagonizada por um esquilo vestindo chapéu de cowboy, levou o título de memecoin com o crescimento mais alto registrado. Em questão de dias, a moeda saltou de $0,01 para $2,27. Diante de um gráfico tão positivo, o roedor também conquistou uma comunidade bastante engajada.