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Manual para Escolas Antirracistas: obra pode ser baixada gratuitamente na web

Por definição, antirracismo quer dizer movimento, opinião ou sentimento de oposição ao racismo. Na prática, isso significa combater toda e qualquer manifestação de violência, discriminação, injúria e ofensa voltada a determinado grupo racial ou étnico.

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Por isso, a Cloe, plataforma de aprendizagem desenvolvida pela Camino Education, presente em mais de 500 escolas de todo o Brasil, criou o Manual para Escolas Antirracistas. O guia pode ser baixado gratuitamente neste link.

O Manual para Escolas Antirracistas teve coordenação de Leonardo Bento, professor da Camino School, pertencente a Camino Education. A ideia central da obra é orientar os gestores e professores no combate ao racismo.

Manual para Escolas Antirracistas: histórico

O racismo no Brasil vem de uma estrutura colonialista e escravocrata que reverbera até os dias de hoje. Por isso, o conceito de racismo estrutural ou discriminação sistemática é encontrado nos costumes e na cultura organizacional que permeiam instituições, como a escola, por exemplo.

E, ainda que inconscientemente, manifestam-se por meio de desvantagens no tratamento de alguns grupos enquanto há favoritismo de outros.

Nesse sentido, Fernando Shayer, CEO da Cloe e cofundador da Camino Education, reforça a importância de disseminar práticas antirracistas nas escolas.

“A intenção da Cloe é integrar o aluno por meio de lições que o conecte às situações reais de seu dia a dia e propõem a transformação social do meio em que vive”, diz. “Nessa perspectiva, também é nosso dever unir os estudantes em prol do combate ao racismo, ao começar pelo fomento à diversidade, à inclusão social e à representatividade nos materiais didáticos e conteúdos. A adesão ao Manual para Escolas Antirracistas deve orientar gestores e professores a agirem de maneira assertiva, reeducando toda a comunidade escolar, incluindo pais e os alunos.”

“O manual não se encerra em si. Temos um trabalho de casa para fazer, de formação continuada, de trazer pessoas para dialogar constantemente”, acredita Bento. “Um trabalho árduo: sabemos que não vamos acabar com o racismo de uma hora para outra. Mas esperamos que possamos melhorar nossas práticas internas e, assim, servir de espelho para que outras escolas pensem em ações antirracistas dentro de seus ambientes.”

Ainda, segundo o professor, para a eficácia das ações antirracistas é necessário o letramento racial e a mudança de postura dos docentes para que crianças e jovens negros sejam acolhidos e devidamente valorizados.