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A IA é pop, mas não é novidade

*Por Maria Cristina Diez // Ainda estamos na metade de 2023, mas já é possível cravar que a expressão da moda este ano, a mais usada entre os usuários da internet, é inteligência artificial.

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Não é para menos. O ChatGPT chegou devastando todos os limites que se imaginavam na web, e apresentou recursos inovadores para quem navega pela rede. Hoje há inteligência artificial que cria textos, imagens, vídeos, sites e até aplicativos, bastando aos usuários apenas aplicar corretamente o prompt de comando.

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A inteligência artificial agora é pop, virou ferramenta de trabalho e alguns influencers garantem que até uma excelente fonte de renda.

É verdade que também vem colocando em xeque o futuro de algumas profissões e provocando reflexões profundas sobre os seus limites. Juntando tudo no mesmo balaio, isso serve para contextualizar os debates em torno do tema, mas o que definitivamente não serve é para dizer que a IA é uma novidade.

A despeito de ter seu uso expandido para plataformas que funcionam meramente como sites, facilitando o acesso a um número enorme de usuários, já faz tempo que dispomos de recursos de machine learning no nosso dia a dia. Aliás, é bem provável que você lide com a IA já há alguns bons anos, de uma maneira que ainda não tenha se dado conta. E posso provar.

Há diversas ferramentas de IA que usamos sobretudo na nossa segurança digital e em serviços importantes dentro das empresas. Um deles é o background check, que, em tradução livre, significa “checagem de antecedentes”.

Imagine que uma pessoa se candidata a uma vaga de emprego numa companhia. Na tentativa de garantir o trabalho, ela supervaloriza o currículo, coloca formações falsas e assegura que tem experiência em lugares renomados.

O background check é uma solução que busca informações de bases governamentais, a partir das quais é possível compará-las com as informações que se tem em mãos, praticamente eliminando esse e outros tipos de fraudes no ambiente corporativo.

A prova de vida, por sua vez, requer uma tecnologia que já vem sendo usada por diversas empresas, inclusive instituições financeiras e órgãos públicos. Através de uma leitura facial, a máquina reconhece, através de movimentos bastante minuciosos do rosto, a autenticidade do usuário que está realizando o acesso ao sistema, assegurando que é ele próprio que está fazendo um cadastro ou uma transação.

Isso permite identificar tentativas de fraudes, resolver problemas e dar acesso a serviços mesmo que a distância, sem a necessidade do usuário se deslocar até uma unidade física.

Já o face match está presente em aplicativos de celular e em estabelecimentos físicos, como academias, instituições de ensino e outros lugares com acesso controlado, e naturalmente também serve para cadastrar usuários em ambientes que necessitam de uma forte proteção contra fraudes.

O sistema realiza o reconhecimento facial do indivíduo, mapeando milhares de pontos característicos do rosto, e comparando com a biometria presente em um documento. Assim, é possível identificar se as duas imagens são, de fato, da mesma pessoa.

Por fim, não há como falar também do OCR cognitivo da Most, que entrega mais que puramente a identificação de textos e documentos. O diferencial é sua capacidade de processar, qualificar, tipificar e extrair informações com assertividade superior a 98%.

Isso permite à tecnologia receber e analisar qualquer tipo de imagem, reduzindo os custos com processos cadastrais que antes precisariam passar por uma análise humana que demandaria dias para conferir uma resposta não necessariamente precisa.

Estes são apenas alguns dos recursos que hoje estão à disposição. Eles não entram no modismo que contribui para expandir a rede de ferramentas utilizadas pelos usuários, mas estão já há algum tempo garantindo a segurança dos nossos dados. Entregar informações sensíveis na web é uma atividade quase impossível diante da possibilidade de realizar compras, acessar nossa conta bancária ou mesmo nossas redes sociais.

É preciso uma alta tecnologia de proteção por trás, uma inteligência artificial que minimize os riscos e potencialize a usabilidade da ferramenta. Bem antes do ChatGPT, já tínhamos tudo isso no bolso.

*Maria Cristina Diez é engenheira de softwares e diretora comercial e de marketing da Most Specialist Technologie