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Infraestrutura crítica pode ser alvo de ciberataques no Brasil

Garantir a segurança da infraestrutura crítica é uma prioridade absoluta em um cenário cibernético em constante mudança. Em um mundo onde um único ataque bem-sucedido pode resultar em consequências catastróficas, torna-se uma área altamente atrativa e lucrativa para os cibercriminosos.

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Assim, a proteção eficaz desses ativos é fundamental para mitigar os riscos e manter a estabilidade e funcionamento adequado dos sistemas essenciais para a sociedade.

Os riscos associados aos ataques cibernéticos são agravados quando os serviços fundamentais são comprometidos, como destacado em um estudo recente da Unit 42, unidade de pesquisa da Palo Alto Networks.

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Em 2023, o Brasil sofreu 61 ciberataques, afetando uma variedade de setores, desde tecnologia de ponta até agricultura. Além disso, áreas críticas como saúde, transporte e governo foram alvo, dada sua posse de dados sensíveis e vulnerabilidades na segurança da informação.

Ataques também atingiram setores como serviços financeiros, construção e indústria manufatureira, indicando a amplitude do impacto potencial na economia e na sociedade.

O cenário mais grave em um ataque cibernético à infraestrutura crítica é a suspensão dos serviços essenciais, tais como assistência médica, energia e abastecimento de água, causando um impacto devastador na sociedade e na economia devido à amplitude que abrange esses setores vitais.

Para combater essa ameaça, é necessário adotar uma abordagem inovadora. Isso inclui a implementação de medidas proativas para proteger os sistemas, avaliar os riscos de cibersegurança continuamente e preparar as equipes, visando assim fortalecer a resiliência dos sistemas críticos diante de potenciais ataques cibernéticos.

De acordo com Marcos Oliveira, Country Manager da Palo Alto Networks no Brasil, o país ainda precisa avançar no que diz respeito à cibersegurança e, principalmente, adotar processos eficientes para resposta a incidentes.

“Ter a capacidade de reduzir o impacto dos ataques é mais importante do que focar 100% na prevenção, já que o fator que determina o sucesso de uma organização é a forma como respondem às ameaças e as ações tomadas após o incidente”, afirma o executivo.

Essa afirmação de Oliveira se alinha com os dados do relatório de Ameaças à Nuvem também da Unit 42, que revelam que equipes de TI demoram em média 145 horas (aproximadamente seis dias) para resolver alertas, sendo que 76% das organizações não aplicam autenticação de multifatores (MFA) para usuários de console de gerenciamento, 90% não conseguem lidar com ameaças cibernéticas em uma hora e 75% têm dificuldades em escolher ferramentas de segurança.

Esses números ressaltam a importância de uma abordagem proativa na gestão de segurança cibernética, onde a resposta eficiente a incidentes assume um papel crucial ao lado das estratégias preventivas.

“Quanto menos tempo e acesso o invasor tiver, mais oportunidades a organização terá para reagir e contê-lo. Por isso, implementar processos de defesa ininterruptos e automatizados é a estratégia-chave para lidar com essas ameaças”, ressalta Oliveira.

Reação e contenção de ataques

Priorizar a detecção precoce e a resposta eficiente para minimizar danos e tempo de inatividade é uma das principais ações de segurança da infraestrutura crítica.

Ao diminuir a velocidade do invasor e fazer com que ele dispare os alarmes, a organização terá mais oportunidades para reagir e conter ameaças, além de manter um centro de operações de segurança 24 horas que funcione 7 dias por semana, ou um serviço de detecção e resposta gerenciada (Managed Detection and Response – MDR).

Além disso, aumentar a visibilidade dos sistemas para identificar e responder rapidamente a atividades suspeitas e fazer backups com visibilidade detalhada também são estratégias recomendadas. Adotar medidas mais robustas para reduzir a superfície de ataque e bloquear ferramentas utilizadas por atacantes também é uma ação fundamental.

“É importante ter um recurso de caça a ameaças – interno ou terceirizado – para identificar as atividades do invasor que não acionaram as detecções de alerta, para direcionar os defensores internos para as tarefas específicas de proteção da organização”, assegura o Country Manager da Palo Alto Networks no Brasil.