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Dicas para identificar um currículo falso

  • Créditos/Foto:DepositPhotos
  • 22/Junho/2023
  • Da Redação, com assessoria

A contratação de profissionais tem se mostrado um desafio, ainda mais quando é preciso garantir que as informações prestadas pelo candidato são verdadeiras. Casos envolvendo currículo falso são corriqueiros. Tanto é que até ex-ministros da educação caíram na tentação de dar aquela esquentada na formação e carreira. Para se ter uma ideia, uma pesquisa realizada pela empresa Heach Recursos Humanos mostra que a adulteração de currículos aumentou com a pandemia de covid-19. Em 2020, último dado disponível, 61% dos currículos analisados apresentavam algum tipo de alteração. Em 2019, quando o mesmo estudo foi realizado, o índice era de 42%.

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O levantamento não foi replicado nos últimos anos, mas para quem vive o dia a dia de recrutamento e seleção, a sensação é de insegurança e de que as adulterações se tornaram cada vez mais comuns. Este cenário levou ao crescimento do uso de uma solução de background check que permite verificar a identidade de um indivíduo. Pesquisa realizada pela plataforma SaaS de compliance Kronoos, revela que o volume de pedidos de dossiês voltados a investigar aspectos relacionados à conformidade das declarações que constam nos currículos cresceu 150% nos últimos 12 meses.

“Se pegarmos desde 2020, as consultas mais que dobraram por conta de muitos candidatos adotarem o currículo falso, o que leva a graves consequências para as empresas. Com a busca de informações em bancos de dados públicos ou privados, a parte interessada consegue confirmar a identidade e os antecedentes. Esse procedimento é importante para aumentar a segurança em novos relacionamentos, prevenir riscos reputacionais e evitar o envolvimento da empresa em atividades ilícitas”, explica Alexandre Pegoraro, CEO da Kronoos.

De acordo com o executivo, a verificação de antecedentes é um dos métodos mais recomendados para quem quer aumentar a confiabilidade de seus registros, melhorar a qualidade de seus relacionamentos, diminuir problemas com quebras de contrato e reduzir fraudes. As características das pessoas e relacionamentos determinam o escopo das pesquisas, a frequência das consultas e os bancos de dados usados. “O background check é recomendado em diversas situações em que a obtenção de informações precisas e confiáveis sobre o histórico de uma pessoa é importante para tomar decisões informadas e mitigar riscos”, afirma.

Para Pegoraro, o crescimento do uso da ferramenta seria ainda maior se não houvesse o desconhecimento dos profissionais de RH, que ainda se sentem reticentes em adotar este tipo de checagem por medo de ferir os princípios legais na hora de contestar um currículo falso. No entanto, estar em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), sem incorrer em qualquer risco, não é tão difícil quanto parece. Basta obter o consentimento adequado e tratar as informações coletadas com confidencialidade e respeito à privacidade das pessoas envolvidas. “Esta é uma das regras previstas na LGPD. Por isso, é fundamental obter o consentimento dos indivíduos pesquisados antes de realizar qualquer verificação e garantir que as informações coletadas sejam usadas apenas para fins legítimos e autorizados”, diz Pegoraro.

Segundo o profissional, além da LGPD, é importante se atentar às decisões da Justiça do Trabalho quanto à verificação de antecedentes de candidatos e empregados. Segundo o tema nº 1 de Recursos Repetitivos do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o background check só pode exigir o histórico criminal em funções em que o empregado lida com fatores que exigem alto grau de confiança (dinheiro, privacidade, pessoas vulneráveis, dentre outros).

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