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De Freddie Mercury a The Weeknd: a polêmica envolvendo IA na música

  • Créditos/Foto:DepositPhotos
  • 31/Maio/2023
  • Da Redação, com assessoria

Segundo relatório do Financial Times, recentemente o Spotify, serviço de streaming de áudio, removeu 7% das músicas criadas com o site Boomy de sua plataforma depois que a Universal Music Group (UMG), gigante do mercado de música global, sinalizou a empresa de IA generativa por supostamente usar bots para aumentar seus números de streaming.

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Anteriormente, a UMG já havia solicitado que os principais streamings do segmento, como Spotify e Apple Music, restringissem o acesso das IAs às discografias de seus clientes, para que não houvesse plágio, depois que viralizou uma música intitulada “Heart on My Sleeve”, criada inteiramente por inteligência artificial e utilizando as vozes dos cantores Drake e The Weeknd.

Essa polêmica envolvendo IA na música está longe de chegar ao fim, uma vez que traz à tona uma importante discussão em torno de questões como direitos autorais e autenticidade. “Você consegue treinar uma tecnologia com todas as músicas de um cantor e gerar um próximo álbum, que mal se consegue diferenciar se foi realmente gravado pelo artista ou por uma ferramenta de inteligência artificial. Fico pensando em tudo que veremos dentro da indústria da música”, avalia Sérgio Lopes, CTO da Alura.

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Artistas póstumos como o rei do pop, Michael Jackson, e o vocalista da banda britânica de rock Queen, Freddie Mercury, não escaparam dos virais covers, gerados por inteligência artificial, que estão circulando pela internet. A voz de MJ foi usada para interpretar “I Feel It Coming” de The Weeknd e já acumula mais de 190 mil visualizações no YouTube. Enquanto Mercury, teve sua voz usada em um cover de “Yesterday” da lendária banda, também britânica, The Beatles.

Sites como Mubert AI, Amper Music, MusicLM & Boomy, estão possibilitando novas oportunidades para a criatividade e a democratização da produção musical. “Estamos vendo um novo mundo de possibilidades se desdobrando diante de nossos olhos. Usar IA na música não é mais uma ideia absurda, mas uma realidade que já está sendo explorada por artistas e produtores”, pontua Paulo Silveira, CEO e cofundador da Alura.

Mas, enquanto a tecnologia avança, ainda há coisas que não é capaz de imitar. Um exemplo disso é a técnica do lendário produtor musical J. Dilla, que subvertia o sequenciador eletrônico para criar beats “defeituosos”. Ao programar a máquina para errar os andamentos de forma irregular, Dilla criava uma sonoridade única, diferente da precisão das baterias eletrônicas. Será que a inteligência artificial pode conseguir reproduzir essa técnica tão humana?

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