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IA é subaproveitada por brasileiros na hora de estudar inglês, diz pesquisa
- Créditos/Foto:DepositPhotos
- 29/Agosto/2024
- Paquito Journey
Segundo a pesquisa Opinion Box, realizada pela Pearson com 7 mil pessoas no Brasil, Argentina, México, Colômbia e Chile, a popularização de ferramentas de Inteligência Artificial (IA) não desencoraja o aprendizado de inglês, porém, suas funcionalidades ainda são subaproveitadas por falta de conhecimento.
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Mesmo diante de algumas facilidades na comunicação proporcionadas por apps, plataformas e plugins que utilizam essa tecnologia emergente, como traduções e produção de textos, mais da metade dos entrevistados (54%) em todos os países declararam que seguem sentindo motivação para estudar o idioma para além das ferramentas.
No caso dos brasileiros, apenas 4% disseram se sentir desanimados diante da IA – enquanto o mesmo indicador nos demais países latinos é de 2% no caso do México e Colômbia; 3% no Chile e 5% na Argentina.
A pesquisa Opinion Box também aponta que o Brasil é o que mais enfrenta dificuldades com a aplicação da IA em seus estudos, mesmo sendo um país heavy user de internet, conforme detalham outros estudos (*).
Segundo a Opinion Box, 64% dos brasileiros já ouviram falar sobre ferramentas de IA para apoiá-los em sua jornada de aprendizagem de inglês, mas ainda não há um nível elevado de conhecimento (apenas 10% sabem como usufruir dos recursos).
Entre quem já ouviu falar das funcionalidades da IA, o ChatGPT é o mais utilizado em todos os países, com 33% de uso diário no Brasil; 40% na Colômbia; 38% na Argentina; 37% no Chile; e 36% no México. A maioria adota o ChatGPT para procurar uma palavra específica ou buscar um sinônimo.
Diego Sette, Diretor de Tecnologia da Pearson, reafirma que as novas tecnologias não devem desestimular o aprendizado de inglês e de outros idiomas.
“Atualmente, aplicativos, games e materiais on-line, que são facilitadores no estudo em termos de flexibilidade, retornos rápidos e jornadas personalizadas, junto às novas tecnologias, fornecem a melhor experiência possível para seus usuários”, diz.
“Buscar conhecer e se familiarizar com as novas funcionalidades que estão surgindo é um excelente caminho para que possamos utilizá-las para acelerar e tornar mais customizado o nosso aprendizado”, completa.
Sette também aponta que, também para educadores, a IA pode não apenas elevar a produtividade, como potencializar o trabalho dos professores, evitando que gastem muito tempo com tarefas consideradas mais operacionais.
“A tecnologia é uma aliada na criação de planos de aulas digitais, permitindo que cada docente possa se dedicar mais às necessidades dos alunos de forma personalizada e cada vez mais humanizada”, completa.
Metodologia da Opinion Box
- Foram entrevistadas 7 mil pessoas, sendo 2 mil delas no Brasil, 52% homens e 48% mulheres; no México, 1.500, 51% homens e 49% mulheres; na Argentina foram entrevistadas 1.500 pessoas, 49% homens e 51% mulheres; no Chile, um total de 1.000 pessoas, metade das quais são 50% homens e mulheres; a mesma quantia que na Colômbia. A idade dos entrevistados variou de 18 a 49 anos.
- Em todos os países, a maioria dos entrevistados vive nas capitais: Brasil (42%); México (60%); Argentina (55%); Chile (42%); e Colômbia (69%). Alguns vivem em áreas rurais, 33% dos brasileiros; 11% dos mexicanos; 10% argentinos; 22% chilenos; e 10% colombianos. E o restante está em regiões metropolitanas, como os brasileiros (25%); Mexicanos (29%); Argentinos (35%); Chilenos (36%); Colombianos (21%).
- Os entrevistados se declararam brancos, pardos, afrodescendentes, asiáticos/amarelos, indígenas e outros. No Brasil, a maioria dos entrevistados são brancos (46%), pardos (40%), afrodescendentes (10%), asiáticos (3%) e indígenas (1%). E a maioria possui ensino superior completo (27%) e está empregada no setor privado 39%, na classe B (49%).
(*)Pesquisa de 2024 do Relatório Global Digital mostra que Brasil é o 2° país em que usuários passam mais tempo on-line. Já outro estudo de 2023 do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) aponta que 84% dos lares brasileiros têm acesso à internet.