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Health tech visa ajudar 100 mil pessoas a voltar a enxergar até 2026

  • Créditos/Foto:DepositPhotos
  • 30/Maio/2023
  • Da Redação, com assessoria

Hoje, a catarata é a maior fila do Sistema Único de Saúde (SUS), com mais de 70 mil pessoas aguardando pela cirurgia. E a espera pode demorar anos, levando à cegueira. Para um país com dimensões continentais como o Brasil, é inegável que o acesso à saúde é precarizado para as pessoas de menor renda. Com o intuito de reverter esse cenário surge a Central da Visão. Trata-se de uma health tech criada para ajudar a população sem plano de saúde a conseguir uma alternativa segura e mais acessível para voltar a voltar a enxergar, operando a visão no particular.

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“Ajudar um paciente com catarata a voltar a enxergar é o nosso dia a dia, mas o desafio está no ganho de escala de atendimento. Crescer para possibilitar o atendimento a mais pessoas, sem esquecer as limitações de um idoso, de menor renda, que não é nativo digital. Foi preciso compor atendimento pessoal com tecnologia para não deixar ninguém para trás”, comenta Ronaldo Abati, CTO da Central da Visão.

O primeiro passo para a escalabilidade foi a criação de uma metodologia proprietária de gestão e de um software de acompanhamento de jornada cirúrgica, batizado de FAROL. As etapas da jornada de saúde foram mapeadas, desde a atração e o primeiro contato até o pós-operatório. Todo paciente que procura uma cirurgia para voltar a enxergar na Central da Visão informa seus dados, que são encaminhados para consultores de saúde especializados na doença específica de cada pessoa.

As equipes de atendimento são separadas por subespecialidade cirúrgica – catarata, retina, refrativa, plásticas oculares, glaucoma, dentre outras. Há um atendimento diferenciado na jornada para cada subespecialidade da oftalmologia, pois a necessidade de um paciente jovem que vai operar a visão para reduzir a dependência dos óculos é muito diferente da urgência de um idoso que está ficando cego, aposentado ou precisando voltar ao trabalho.

Na prática

O uso da tecnologia permite economia de tempo para um paciente que está, há meses, esperando na fila do SUS. O modelo da Central da Visão, em parceria com as clínicas, é figital, alternando do digital para o contato humano diversas vezes pela jornada.

O paciente é atendido primeiramente em ambiente 100% digital, orientado e apoiado pelos consultores de saúde a tomar a decisão de operar. O software FAROL, em segundos, identifica horários disponíveis de cirurgiões oftalmologistas na cidade e da especialidade que precisa. O usuário automaticamente é munido de informações e de um orçamento personalizado, que detalha a consulta e os exames a serem realizados para voltar a enxergar.

“A todo momento, no contato via digital, se ele precisar tirar uma dúvida, por voz ou por vídeo, o próprio FAROL transfere o atendimento para o time de consultores de saúde, que estão preparados para acolher e orientar”, pontua Ronaldo. Em poucos minutos, a consulta é agendada e a clínica tem acesso ao agendamento em tempo real. Um diferencial de eficiência é que o paciente é avaliado em consulta já pelo cirurgião, profissional que confirmará seu diagnóstico e, em caso positivo, agendará a cirurgia para os próximos dias.

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Tecnologia embarcada

Tamanha especialização permite que a Central da Visão aprimore os conhecimentos de cada doença oftalmológica e, via inteligência artificial e Machine Learning, a empresa vá incorporando no FAROL o conhecimento adquirido e melhorando a eficiência do atendimento para cada caso – mesmo aqueles em que os pacientes têm mais dificuldade para ler ou escrever.

A eficiência e a agilidade da health tech vêm da gestão omnichannel com integração de dados, voz e mensagens de diversos aplicativos com o FAROL, a exemplo de Facebook, Instagram, sistema de telefonia, SMS, e-mails e WhatsApp. Outro fator de inclusão da Central da Visão é o acompanhamento do paciente, mesmo antes da tomada de decisão, com réguas de comunicação por WhatsApp, meio de comunicação preferido pela menor renda.

“Paciente sem plano de saúde não usa e-mail. Nossa forma de comunicar é sempre via canal fechado e em forma de imagem para permitir que compartilhem com familiares e, juntos, poderem ampliar a foto para obter a melhor leitura das informações”, explica Ronaldo. O executivo lembra que os vídeos da Central da Visão já foram visualizados mais de 6 milhões de vezes, com mais de 150 mil horas assistidas. Por meio destes pontos de contato, os pacientes ficam seguros em seguir a jornada de saúde até o fim e ainda contribuem gerando informações de comparecimento, exames e agendamentos de cirurgias.

Projeção para o futuro

Recentemente, a health tech foi selecionada pelo programa Google for Startups Cloud Program, que incentiva com US$ 100 mil, empresas a crescerem seus negócios com tecnologias Google. Além disso, a Central da Visão tem investido forte em tecnologia para escalar seu atendimento e chegar ao ambicioso plano de ter clínicas parceiras em todas as capitais do Brasil em 2023, para gerar 100 mil cirurgias até 2026.

“Já interagimos com mais de 200 mil pacientes das mais diversas especialidades, por isso implantamos um Data Lake que nos permite analisar esses dados de forma rápida e assertiva”, diz Ronaldo. “Investir em tecnologia proprietária foi uma decisão que tomamos em 2020, já prevendo a criação de um ativo para a Central da Visão. Poderemos no futuro oferecer o FAROL e nosso framework de trabalho no modelo SAAS para clínicas ou startups”, conclui.

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