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Hacking automotivo: carros conectados já podem sofrer ataques de cibercriminosos

  • Créditos/Foto:Divulgação / Chevrolet
  • 11/Março/2017
  • Da Redação, com assessoria

Imagine dirigir pela estrada e, sem aviso prévio, o seu carro “ganha vontade própria” e começa a selecionar as estações de rádio ou ajustar o sistema de refrigeração. Ou ainda pior, o veículo aciona os freios bruscamente sem o seu comando. Embora possa soar improvável, especialistas da Underwriters Laboratories (UL), organização global de ciência da tecnologia, afirmam que a ameaça de ataques cibernéticos em automóveis já é real.

De olho na indústria, principalmente a automotiva que promove uma corrida tecnológica para lançar o primeiro veículo totalmente autônomo, a UL lançou o Programa de Garantia de Segurança Cibernética (CAP) que ajuda os fabricantes, compradores e usuários finais, públicos e privados, a mitigar os potenciais riscos de segurança de dispositivos interligados por meio de avaliações metódicas de risco e avaliações.

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Os especialistas da UL também alertam que, além da discussão em torno de falhas da operação, a utilização de tecnologias para melhorar a experiência do motorista, incluindo conveniências como a ignição remota a partir de um smartphone, hotspots Wi-Fi e aplicativos de comida e entretenimento do painel, podem servir como porta de entrada para que os cibercriminosos acessem os sistemas dos carros.

As crescentes preocupações sobre o potencial de hacking automotivo levaram a Administração Nacional de Segurança Rodoviária dos EUA (NHTSA) a lançar diretrizes destinadas a proteger veículos contra potenciais ciberataques. O objetivo é garantir que a segurança cibernética seja um fator chave entre os designers e fabricantes de automóveis em um mundo no qual a eletrônica conectada controlará cada vez mais os carros.

Entre as recomendações, a NHTSA destaca que freios, aceleração e direção devem ser prioridade nas montadoras, as “entradas” nos sistemas eletrônicos básicos devem ser trancadas ou seladas quando os carros atingirem uma velocidade compatível às estradas, e as chaves de criptografia e senhas que dão acesso ao computador de um veículo não devem fornecer acesso a vários modelos.

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