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Dicas para se proteger de golpes do Pix na Black Friday
Criado para preencher uma lacuna na vida dos brasileiros – a de transferência bancária instantânea e disponível 24 horas por dia –, o Pix completa um ano de operação neste mês. De acordo com dados do Banco Central, foi registrado um crescimento de 639% em quantidade de usuários, indo de 13,7 milhões de pessoas físicas em novembro de 2020, na sua estreia, para 101,3 milhões em setembro deste ano.
Por não gerar custo algum para pessoas físicas, a facilidade se popularizou em pouco tempo. Agora, o Pix na Black Friday será destaque. O sistema é o terceiro na intenção de uso durante o evento, segundo estudo da Méliuz. Tanto que é já é possível ver empresas oferecendo vantagens ao consumidor que optar por essa forma de pagamento.
A forma de pagamento, porém, requer alguns cuidados. Afinal, um meio de pagamento fácil atrai criminosos cada vez mais experientes. Na Black Friday do ano passado, segundo balanço da Konduto, a taxa de tentativa de fraudes no comércio eletrônico com relação ao total de pedidos ficou em 1,36%, o que correspondeu a 2,72% do faturamento na data.
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Desconfie sempre
Os golpes do Pix têm se tornado cada vez mais sofisticados. Por isso, é importante a conferência de todas as informações. Cuidado com links que chegam de desconhecidos por meio de redes sociais, WhatsApp, e-mail ou SMS pedindo cadastro ou oferecendo brindes e descontos. Desconfie das promoções que parecem boas demais para ser verdade.
“Uma das formas mais utilizadas pelos golpistas, atualmente, é o chamado phishing. Por meio de links que levam a uma página falsa na internet, comumente muito parecida com a de uma loja conhecida ou até mesmo de um banco, criminosos roubam senhas e dados pessoais dos consumidores para realização de compras e transferências eletrônicas”, explica Andrew Martines, CEO da HackerSec.
Outro ponto crucial é checar a reputação das lojas online, em sites como o Reclame Aqui ou Consumidor.gov.br, antes de fechar a compra. Por meio deles, é possível verificar a opinião de outros clientes e o nível de satisfação da empresa.
Não pague fora da plataforma de e-commerce
Caso esteja comprando em uma loja virtual ou marketplace, é primordial que a compra seja finalizada no mesmo lugar. Desta forma, há garantia de ressarcimento caso a encomenda não chegue. Se o vendedor pedir para finalizar a transação em outro ambiente ou para transferir o dinheiro, desconfie.
Coloque um limite para suas transações
Na prática, o valor de transferências por Pix só é controlado das 20h às 6h, quando há maior risco de golpes. No resto do dia, cada banco estipula a quantia máxima para que o usuário realize a transação. No entanto, ter um limite alto pode ser perigoso, mesmo que haja a intenção de fazer uma grande transferência.
“Por mais que o Pix seja uma ferramenta nova, é seguro utilizá-lo. Mas você precisa ficar atento aos dados de quem vai receber a transferência antes de confirmar a transação. Assim, se evita cair em golpes que pedem dinheiro com o nome de uma pessoa, mas usam a conta bancária com dados diferentes. Outra dica é não ter um limite alto de transferências. Se o valor que precisa passar for maior que o limite, negocie para fazer duas transferências. Esses cuidados vão te ajudar a evitar prejuízos financeiros”, comenta Alberto André, CEO do Plusdin.
Não faça transferências logado em redes públicas de Wi-Fi
Economizar o pacote de dados móveis por meio de redes públicas é uma facilidade encontrada em diversos estabelecimentos e locais públicos. No entanto, essa economia pode sair bem cara. Conectar-se a um Wi-Fi de uso coletivo faz com que o usuário se exponha. E fazer transações bancárias aumenta ainda mais a exposição.
“Para que estejamos sempre com nossos dados protegidos, o ideal é usar o aplicativo do banco com o próprio pacote de dados ou uma rede de Wi-Fi de uso privado”, recomenda Eduardo Tardelli, CEO da upLexis.
Cuidado com QR Codes falsos
O QR Code é uma importante ferramenta para reduzir o processo de pagamento. No entanto, é preciso certificar se o valor está correto, bem como o destino do pagamento antes de concluir a operação. “Algumas pessoas aumentam o preço ou usam a tecnologia para direcionar o consumidor para uma conta falsa”, alerta Paulo Castro, CEO e cofundador do Contbank.
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