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Golpe virtual oferece barris grátis da Heineken, em apps de mensagem

  • Créditos/Foto:Stella de Smit on Unsplash
  • 02/Junho/2020
  • Beatriz Ceschim

Uma nova fraude cibernética começou a ser veiculada em aplicativos de mensagem, como WhatsApp e Telegram. O golpe oferece barris grátis de Heineken, para quem cumprir um questionário e compartilhar em sua rede social. A ESET, empresa de detecção proativa de ameaças, alerta sobre a prática maliciosa e traz dicas de como não ser vítima desse tipo de ameaça.

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Ao abrir o link, as vítimas precisam completar etapas antes de poder coletar seu prêmio. A primeira parte é um breve questionário, em que uma das perguntas pede a confirmação da faixa etária do participante, para saber se é maior de idade. Entretanto, independentemente da resposta, o processo continua. Ao finalizar as questões, o site mostra que está analisando os resultados, para dar mais credibilidade à campanha.

Por fim, o usuário precisa compartilhar a oferta com pelo menos 10 contatos, no seu aplicativo de mensagem. Após encaminhar o link, ao tentar clicar no botão de finalizar, o internauta é enviado para diversos sites, como páginas para download e sites de propagandas.

As pessoas começaram a se questionar sobre a campanha e foram verificar com a própria Heineken Brasil sobre sua veracidade. Num tweet, a marca informou que a prática era falsa.

Reprodução
Tweet da Heineken Brasil afirmando que a ação é maliciosa

Além do golpe dos barris grátis da Heineken, confira algumas dicas de segurança, separadas pela ESET, para evitar esse estilo de ameaça.

Busque informações sobre a oferta: antes de clicar em uma promoção, é importante saber exatamente sobre o que se trata e se é verdadeira. Assim, você consegue evitar que roubem seus dados ou danifiquem seu aparelho, por meio de ações maliciosas sejam bem-sucedidas;

Desconfie: quando você ver ofertas de algo muito urgente, com um preço muito baixo ou de graça, desconfie. É preciso lembrar que criminosos criam seus golpes sempre com algo urgente, como uma passagem aérea muito barata se você comprá-la “até amanhã” ou um prêmio que precisa ser resgatado ou irá expirar. Essa prática é usada nas fraudes, porque muitas vezes as páginas com conteúdo malicioso costumam ser derrubadas rapidamente.

Proteja seus dispositivos: algumas fraudes possuem conteúdo malicioso oculto em sua estrutura. Esses materiais podem funcionar sem que o usuário saiba, prejudicando seu aparelho. Para evitar isso, tenha softwares de segurança como antivírus instalados em todos os seus dispositivos. Dessa forma, você estará protegido para navegar pela internet.

Não deixe que saibam sobre você: além de softwares antivírus, você pode usar complementos de segurança que evitam que qualquer script, seja executado enquanto você navega. Um deles é o NoScript, uma extensão de browser que avisa o usuário sobre os conteúdos que estão tentando rodar num site e os bloqueia.

Não propague desinformação: se você receber promoções e link como esses, não os repasse. Mesmo que alguém de sua confiança tenha te enviado, você precisa verificar se a oferta é real. Porque essa pessoa pode ter sido vítima de um golpe.

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Na galeria, conheça alguns hackers famosos por suas façanhas:

Hackers famosos: Kevin Mitnick – O norte-americano que invadiu a Nokia, IBM e Motorola quando tinha 15 anos, se tornou o primeiro hacker a estar entre os 10 criminosos mais procurados pelo FBI. Viveu clandestinamente em Israel e só foi preso depois que outro hacker o delatou, em 1995. Passou cinco anos na cadeia. Ao ser liberado, ficou três anos sem poder usar a internet. Sua história virou livro e depois foi transformada em um filme chamado de “Caçada Virtual”. | Crédito: campuspartymexico on Visualhunt.com / CC BY
Robert Tappan Morris – Criou o primeiro vírus tipo Worm, que faz cópias de si mesmo automaticamente, passando de um computador para o outro. Afetou cerca de 6 mil computadores em 1988. Foi a primeira pessoa a ser condenada pela lei de Abuso e Fraude de Computadores, mas não cumpriu pena. Ele pagou multa de US$ 10 mil e prestou 400 horas de serviços comunitários. Ironicamente, seu pai fazia parte do Centro Nacional de Segurança Computacional dos Estados Unidos. | Crédito: Domínio Público
Gary McKinnon – Hacker escocês que invadiu servidores da NASA para encontrar documentos que provassem a existência de extraterrestres. No entanto, aproveitou a deixa para excluir informações, softwares e arquivos importantes do governo norte-americano, causando prejuízos estimados em US$ 700 mil. Foi detido em 2002, mas respondeu pelos cibercrimes em liberdade condicional. Ele alega ter encontrado imagens de OVNIs nos arquivos da agência. | Crédito: Reprodução Internet
Kevin Poulsen – Famoso por interceptar linhas telefônicas, ganhou notoriedade quando hackeou uma promoção realizada pela rádio Kiss, na Califórnia (EUA). Seu objetivo era garantir que seria o 102º ouvinte a ligar para a empresa e ganhar um Porsche. Kevin ganhou o carro, mas foi preso em 1991 – um ano após o ocorrido – pelo FBI. Cumpriu pena por cinco anos e foi proibido de usar a internet por três anos. | Crédito: Almudena Fndez on Visualhunt.com / CC BY-SA
Raphael Gray – Aos 19 anos, este hacker britânico foi condenado por roubar 23 mil números de cartões de crédito. Entre eles, estava o de Bill Gates. Aliás, o jovem encomendou Viagra e mandou entregar na residência do proprietário da Microsoft. Raphael também divulgou as combinações em sites. Sua ideia era mostrar quão inseguras podiam ser páginas de e-commerce. Foi condenado a três anos de trabalhos sociais e tratamento psiquiátrico. | Crédito: Reprodução Internet
David Smith – Criador do vírus Melissa, que provocou danos de US$ 80 milhões e desativou redes de computadores ao redor do mundo em 1999. Foi uma das primeiras pragas capazes de se espalhar sem ser detectada, por meio de e-mails aparentemente enviados por amigos dos usuários. O hacker foi condenado a 20 meses de prisão, além de uma multa de US$ 5 mil. Curiosidade: o nome do vírus é uma homenagem a uma stripper que David conheceu na Flórida (EUA). | Crédito: Reprodução Internet
Adrian Lamo – Tornou-se famoso após invadir a rede The New York Times apenas para colocar seu nome como um dos colaboradores. O jornal denunciou o hacker para o FBI. Lamo confessou a invasão, além de afirmar que entrou nas redes de computadores do Yahoo, da Microsoft, da MCI WorldCom, da Excite@Home, e das empresas de telefonia SBC, Ameritech e Cingular. Recebeu a sentença de seis meses de prisão domiciliar e mais dois anos de liberdade vigiada. | Crédito: Domínio Público
George Hotz – Este hacker tinha apenas 17 anos quando burlou o sistema do iPhone um mês após seu lançamento, sendo o primeiro a realizar o feito. Depois, também conseguiu quebrar o código do Playstation 3, invadir a rede e roubar informações de 77 milhões de usuários. A Sony levou George ao tribunal e, antes do veredicto do juiz, ambos chegaram a um acordo que não foi divulgado. | Crédito: TechCrunch on VisualHunt / CC BY
François Cousteix – Este francês ganhou fama após invadir diferentes contas do Twitter, incluindo a de Barack Obama, Britney Spears e do próprio CEO do microblog, Evan Williams. A ação do hacker chamou a atenção do FBI, que colaborou com a polícia francesa para prendê-lo em 2010, um ano após realizar o feito. François foi condenado a cinco meses de liberdade vigiada. | Crédito: Frédéric Stucin
Jeanson James Ancheta – Primeiro hacker condenado por comandar uma rede de computadores fantasmas, mais conhecida como botnet. Seu objetivo era danificar sistemas e enviar volumes imensos de spam pela internet. Cerca de 400 mil máquinas foram infectadas. Em 2005, foi preso pelo FBI e condenado a 57 meses. Após o fim do período, passou mais três anos em liberdade vigiada e com acesso a computadores e à internet. | Crédito: Reprodução Internet
Michael Calce – Aos 15 anos, este hacker canadense descobriu como assumir o controle de redes de computadores e utilizou seus conhecimentos para invadir o sistema de grandes empresas como Yahoo, Dell, eBay, CNN e Amazon. À época, o então presidente norte-americano Bill Clinton criou uma equipe de cibersegurança para caçá-lo. Em 2001, a corte juvenil canadense sentenciou Michael a oito meses sob custódia e a um uso restrito da internet. | Crédito: Divulgação
Albert Gonzalez – Líder de um grupo global que roubou mais de 40 milhões de números de cartão de crédito, invadindo sistemas de varejistas. Costumava ostentar o dinheiro ficando em hotéis de luxo e dando festas milionários. Conseguiu driblar as autoridades durante um tempo usando nomes de outros membros de sua gangue. Acabou sendo preso em 2008 e foi condenado a 20 anos de cárcere. | Crédito: Domínio Público
Vladimir Levin – Esse hacker russo foi o cérebro por trás de um ataque aos computadores do Citybank em 1995. Ele conseguiu desviar US$ 10 milhões, mas foi preso na Inglaterra pela Interpol quando tentava fugir do país. Passou três anos na cadeia e teve que pagar uma indenização de US$ 240 mil ao banco. | Crédito: Reprodução Internet
Sven Jaschan – O alemão tinha 18 anos quando criou dois vírus do tipo Worm (Sasser e Netsky) que causaram danos em máquinas que utilizavam Windows 2000 e o Windows XP. As pragas, inclusive, chegaram a infectar computadores de grandes empresas, como a Delta Airlines. A Microsoft ofereceu recompensa de US$ 250 mil para quem entregasse o hacker. Ele foi preso depois que um colega o denunciou para a polícia alemã. A sentença foi de 1 ano e 9 meses de liberdade condicional. | Crédito: Reprodução Internet
Jonathan James – Primeiro adolescente a ser preso nos Estados Unidos por cibercrimes. Com 16 anos, invadiu os sistemas da NASA e do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, roubou um software no valor de US$ 1,7 milhões e interceptou mais de 3 mil mensagens sigilosas. Se fosse maior de idade, pegaria 10 anos de prisão, mas cumpriu apenas seis meses. Jonathan se suicidou em 2008 e deixou uma carta afirmando que não acreditava mais no sistema judiciário. | Crédito: Domínio Público