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Geração Z imprime mais autonomia e praticidade no mercado de trabalho

  • Créditos/Foto:Freepik
  • 20/Fevereiro/2024
  • Da Redação, com assessoria

A Geração Z tem imprimido uma dose de autonomia e praticidade no mercado de trabalho, especialmente em um cenário de rápidas transformações tecnológicas e sociais. Nascido entre meados da década de 1990 e o início dos anos 2010 e com características específicas, esse grupo influencia as dinâmicas profissionais e a forma como as empresas estruturam seus ambientes organizacionais.

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Empresas têm percebido que, ao criar um fluxograma online de tarefas, ou mesmo presencial, é preciso considerar o modo de trabalho da Geração Z e adequá-lo ao projeto em questão. De acordo com estimativas da Fundação Pew e o Censo dos Estados Unidos, o grupo tem entre 60 e 74 milhões de membros. Espera-se que, até 2024, eles constituam 23% da força de trabalho.

Os dados, apontados no portal FlexJobs, mostram que essa é a geração mais diversificada a ingressar na força de trabalho dos EUA até agora, com quase metade sendo de origens latinas ou não-brancas. Ela é também considerada uma geração nativa digital, com seus jovens sendo aprendizes velozes, devido, em grande parte, à sua relação íntima e natural com a tecnologia – o que envolve processos de aprendizagem multicanal.

Além disso, o material ressalta que, segundo David e Jonah Stillman, autores de “GenZ @ Work”, a Geração Z prefere autonomia. Muitos membros desse grupo consideram-se futuros empreendedores e podem já ter feito parte de atividades paralelas ao trabalho para ganhar dinheiro.

Com isso, os autores acreditam que é mais provável que esses profissionais busquem um mentor que possa compartilhar ensinamentos e aprendizados em vez de um chefe que forneça todas as respostas prontas. Em comparação aos Millennials, os Zs podem ser menos adeptos do trabalho em equipe e tendem a procurar empregos em que possam desempenhar mais de um papel em uma mesma companhia.

Isso significa que os empregadores precisam pensar em maneiras de permitir que essa geração aproprie-se de iniciativas e projetos para satisfazer a sua tendência empreendedora. A praticidade também é característica marcante da Geração Z, que pode ter maior probabilidade de considerar o salário e a segurança no emprego como aspectos-chave na busca e aceitação de uma vaga. Pacotes de remuneração e benefícios, por exemplo, devem ser levados em conta por esses profissionais antes de aceitar uma oferta.

Impulso das atividades paralelas em meio a crises históricas

Segundo dados divulgados pela Forbes, o ímpeto de assumir atividades paralelas tem crescido de forma constante, sendo especialmente popular entre as gerações mais jovens. Entre a Geração Z, por exemplo, 70% têm algo que gere renda além do trabalho principal, enquanto 50% dos Millennials também estão nessa situação.

A tendência é influenciada por fatores como a inflação e o aumento do custo de vida. Essas condições fazem com que as gerações tenham que sobreviver complementando a remuneração normal com rendimentos extras de trabalho freelancer ou pequenos negócios.

Como ressaltado no estudo Geração Z no mercado de trabalho, da Agência Global da Década em Cannes (AlmapBBDO), como essas pessoas nasceram e se desenvolveram diante de eventos históricos transformadores, como crises sociais, políticas e econômicas, tornaram-se menos idealistas e mais pragmáticas.

Por outro lado, elas desejam trabalhar em organizações que tenham um propósito claro e que a possibilidade de se conectarem e devolverem projetos que levem benefícios à sociedade seja uma realidade. Devido aos cenários de insegurança, incerteza, desemprego e desastres ambientais em que cresceram, a Geração Z também espera uma contrapartida das companhias para a deixar mais segura.

Saúde, mentoria e estabilidade profissional também são prioridades

De acordo com pesquisa da Deloitte, quando questionados sobre quais benefícios os profissionais da Geração Z esperam de uma empresa, no primeiro item aparecem os cuidados com a saúde. Nesse sentido, são apontados fatores como poder contar com um plano de saúde, mas também com uma perspectiva de estar num ambiente saudável.

Em segundo lugar, vem a ideia de receber mentoria de alguém que possa os auxiliar a se desenvolverem na carreira. Em terceiro e quarto, aparecem tempo livre e trabalho remoto, respectivamente.

Já no que diz respeito ao porte da organização, a maioria dos Zs almeja atuar em médias e grandes empresas, segundo dados da Pesquisa Enactos, da Robert Half. Com isso, embora o conceito das startups possa ser interessante para esses profissionais, como eles integram uma geração que nasceu em meio à insegurança e está à procura de formação e de mentores, companhias maiores simbolizam mais possibilidade de estabilidade e de satisfazer essas demandas.

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