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Estudo revela hábitos e preocupações da Geração Z com redes sociais

  • Créditos/Foto:DepositPhotos
  • 25/Outubro/2024
  • Bianca Bellucci, com assessoria

Um estudo realizado pela Waffle, grupo de mídia voltado para futuras gerações, revelou que 38% da Geração Z passa entre 4 e 7 horas por dia nas redes sociais, sendo o Instagram o canal preferido de 85%, seguido por WhatsApp (83%) e YouTube (41%). Os dados são parte de um levantamento realizado com mais de 15 mil respondentes, dos quais cerca de 80% possuem entre 19 e 34 anos de idade.

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Embora o uso das redes sociais seja intenso, quando perguntados se preferiam ganhar US$ 1 milhão ou conquistar 1 milhão de seguidores, 93% dos respondentes escolheram o dinheiro, mesmo reconhecendo que, com um grande número de fãs, poderiam potencialmente gerar mais renda.

Isso porque a privacidade nas redes é uma preocupação central: 49% dos respondentes manifestam apreensão quanto à segurança dos dados pessoais. Por isso, quase 1/3 dos jovens raramente postam, o que aponta para a demanda por perfis “grid zero” (aqueles que apenas consomem conteúdo sem postar) e o uso crescente do “finsta” (contas privadas no Instagram).

Nesse cenário, 53% dos participantes se consideram neutros em relação ao uso dessas plataformas, acompanhando-as no dia a dia, mas preocupando-se com o uso excessivo. Para Hernane Ferreira Jr., CEO e fundador do Grupo Waffle, embora a Geração Z passe boa parte do dia conectada, ela se mostra mais consciente do que aparenta em relação à segurança e privacidade online. “Isso demonstra um novo comportamento digital, no qual o consumo de conteúdo ocorre de maneira mais passiva, refletindo uma busca por controle e autonomia sobre suas vidas digitais”, afirma.

Ainda assim, 21% dos jovens relatam experiências negativas ligadas aos apps, como ansiedade, estresse e propensão a comparações. 48% dos respondentes relataram sentir ansiedade, mesmo sem diagnóstico. Já 29% tiveram essa condição confirmada por uma avaliação profissional. Paralelamente, de acordo com o levantamento, a solidão é um dos maiores medos da geração, reforçando a busca por conexões pessoais genuínas em um cenário altamente digitalizado.

Família e amigos em primeiro lugar

Mesmo dedicando muitas horas às redes sociais, 66% dos jovens priorizam os relacionamentos pessoais com familiares, amigos e parceiros como o aspecto mais importante de suas vidas.

Além disso, 53% expressam o desejo de ter de um a dois filhos, enquanto 31% sonham em se casar. No entanto, 27% afirmam que o matrimônio apenas seria considerado se encontrassem a pessoa certa, demonstrando uma abordagem mais reflexiva em relação a compromissos de longo prazo.

“Apesar da forte presença digital, o que o estudo nos mostra é que os Gen Z valorizam, acima de tudo, as conexões reais. Relações familiares e amizades ocupam um lugar central em suas vidas, sinalizando uma busca por equilíbrio entre o online e o offline, e reforçando que o aspecto humano continua sendo um fator crucial no desenvolvimento pessoal dessa geração”, finaliza Ferreira.