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Em 12 tópicos, entenda de vez como funciona a moeda virtual Bitcoin
- Créditos/Foto:zcopley via VisualHunt / CC BY-SA
- 11/Outubro/2016
- Bianca Bellucci
O Bitcoin é uma moeda virtual criada com o intuito de ser o dinheiro nativo da internet. Há sete anos em circulação, o pagamento até agora não foi compreendido e adotado por todos – embora já movimente US$ 10 bilhões no mundo inteiro, segundo o Mercado Bitcoin. Se você é um dos que ainda não entenderam como funciona e para que serve a moeda, acompanhe a seguir a reportagem preparada pelo 33Giga. No final, você se tornará um expert nesta tecnologia experimental, apátrida e desenvolvida por desconhecidos.
Se você tem alguma dúvida sobre tecnologia, escreva para [email protected] e suas questões podem ser respondidas
O que é: Bitcoin é uma moeda como Real, dólar ou euro. A diferença é que não é emitida por nenhum Banco Central. Ela é virtual e liberada por um software.
Quando surgiu: A primeira aparição do Bitcoin ocorreu em 2009, quando uma pessoa (ou um grupo, não se sabe ao certo) usou o codinome de Satoshi Nakamoto e colocou o dinheiro em circulação. Além do nome verdadeiro do criador ser desconhecido, também não se sabe sua nacionalidade e país de residência.
Qual seu propósito: O Bitcoin foi criado com o intuito de trazer as características de uma venda com cédulas do mundo offline para o online. Sendo assim, suas transações são rápidas, anônimas, sem intermediários e com custo baixo. A moeda virtual pode ser usada de duas formas: como meio de especulação (compra e venda no curto prazo) e investimento (compra para venda em um prazo maior) ou para o pagamento de produtos e serviços.
O que é Blockchain: É a solução encontrada por Satoshi Nakamoto para fazer transações sem precisar de uma instituição para mediá-las. O Blockchain é uma espécie de livro inviolável que registra todas as transações já feitas com Bitcoins. Ele está compartilhado na internet, disponível para qualquer pessoa acessá-lo e é constantemente atualizado pelos mineradores.
O que são os mineradores: Os mineradores são responsáveis por validar as vendas ocorridas e escrever a nova página no Blockchain. Na prática, uma pessoa acessa o livro online e clica no código do último bloco minerado. Ele deve copiar o hash deste bloco, ir até um programa ou site especializado – como o Xorbin – e fazer os cálculos para encontrar o novo hash e validar a página. Cada transação validada é remunerada. O valor é pago de acordo com a complexidade da operação. Por dia, são distribuídos 1.800 Bitcoins.
Como devo guardá-lo: Todo dinheiro online fica salvo em uma carteira digital. Para criar uma, o internauta deve se cadastrar em um site que disponibilize o serviço, como o Coinbase ou o próprio Blockchain. Depois, é possível acessar o dinheiro por meio de um software instalado em seu computador, um aplicativo ou na própria página da internet. Vale lembrar que o proprietário é responsável por proteger suas moedas e fazer backups.
Quanto vale: Hoje, o Bitcoin vale cerca de R$ 2 mil. O preço pode ser consultado diariamente no Mercado Bitcoin, referência em cotação no Brasil.
Como é feita a cotação: O preço do Bitcoin é definido conforme a lei de oferta e demanda. Portanto, sua cotação é volátil e pode sofrer consideráveis variações em um curto período de tempo. Em 2015, a moeda teve valorização de 92% frente ao Real. Os dados são do Mercado Bitcoin.
Onde é aceito: Para conhecer os estabelecimentos que aceitam Bitcoin, basta entrar no site da CoinMap. Com acesso à sua localização, ele mostrará os lugares próximos a você que usam o dinheiro digital como pagamento.
Cartão pré-pago: Outra forma de usar a moeda virtual é usar um cartão pré-pago. Na prática, o usuário carrega o pedaço de plástico com Bitcoin e pode sair fazendo compras no mundo offline. No Brasil, a empresa responsável pela tecnologia é a BitcoinCard. Além de passar em comércios que aceitam a bandeira Visa, o cartão permite saques nos caixas eletrônicos do Banco24Horas.
Concorrentes: Desde que o Bitcoin foi lançado, outras moedas surgiram para abocanhar parte do mercado. Porém, nenhuma possui a força que a patriarca tem. Hoje, sua maior concorrente é a Litecoin, que gira em torno de R$ 12. Vale também citar Ethereum, Dash e Monero – nenhuma com cotação em Real.
Uso no Brasil: Por aqui, o Bitcoin ainda é um mercado em ascensão e com poucos comércios investindo na moeda como forma de pagamento. Mesmo assim, em 2015, o dinheiro virtual movimentou sozinho R$ 35 milhões em solo brasileiro. De acordo com dados do Mercado Bitcoin, a estimativa é que em 2016 chegue a R$ 80 milhões.