Segurança
Super Apps: maiores desafios dos aplicativos que combinam serviços
- Créditos/Foto:DepositPhotos
- 31/Maio/2024
- Da Redação, com assessoria
Os Super Apps estão na moda no mundo. Empresas como Google, Mercado Livre, Magalu e até Meta, por meio do Instagram, já estão desenvolvendo essa novidade. Esses aplicativos agregadores superdimensionados têm como objetivo fornecer quase tudo em um só lugar. E, junto com isso, cresce também a preocupação com a proteção desses sistemas.
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“Imagine a facilidade de você conseguir se deslocar em um carro, enquanto escolhe o que vai comer quando chegar em casa, e já ler alguma notícia, indicar algo para os seus contatos, escolher o look do dia seguinte, e não esquecer das tarefas da semana? É essa facilidade, e a fim de evitar a fuga do usuário para outros apps, que essa alternativa vem ganhando força. Mas precisamos falar também, na mesma medida, em ampliar a proteção aos usuários e às empresas”, diz Alan Bavosa, vice-presidente de produtos de segurança da Appdome.
O uso de uma grande quantidade de aplicativos por dia no Brasil é grande. De acordo com o relatório de Expectativas do Consumidor Brasileiro da Appdome, quando perguntado “Em uma semana, em média quantos aplicativos móveis você usa?”, a maioria das pessoas (51,4%) responderam usar de 6 a 20 aplicativos por dia, o que revela a necessidade da população brasileira em utilizar diversos recursos por meio de seu dispositivo móvel. E é nesse cenário, para otimizar o abre e fecha de apps, que o mercado digital está expandindo os serviços em um só clique.
Os Super Apps são plataformas digitais que oferecem aos usuários essa ampla gama de recursos essenciais, como compras, pagamentos, transporte, alimentação, entretenimento e muito mais em um único local. Isto é, unificam vários serviços em uma interface comum. Eles foram projetados para criar um ambiente integrado, permitindo que os usuários acessem uma variedade de miniaplicativos a fim de enriquecer suas experiências de forma consistente e personalizada.
“Os fabricantes tentam combinar o máximo possível de serviços relacionados em um único aplicativo. As grandes marcas consideram os Super Apps uma peça extremamente importante do quebra-cabeça para conquistar os corações e as mentes das gerações mais jovens, como a Geração Z, digitalmente nativa, que usa super aplicativos para a maior parte de suas necessidades diárias” explica Bavosa.
Muitos aplicativos de gig economy aderiram ao movimento, incluindo aplicativos de transporte compartilhado como Uber, apps de entrega como o iFood, aplicativos de viagens como Airbnb e até os de entretenimento como Spotify e Netflix. Cada uma dessas marcas aspira a se tornar um super aplicativo dominante, englobando uma combinação de serviços em um único lugar.
Desafios dos Super Apps no quesito segurança
É indiscutível a facilidade e agilidade que os super aplicativos traz aos consumidores, no entanto, discute-se os desafios dos Super Apps para proteger sistemas e usuários. Por um lado, os desenvolvedores acreditam que a chave para gerar maior engajamento, fidelidade do cliente e crescimento vem em apresentar ao usuário serviços relacionados dentro de uma única experiência. Por outro lado, para conseguir isso, é preciso integrar e permitir um nível sem precedentes de componentes de terceiros, como BNPL, negócios, fidelidade ou funções de compra no mercado P2P dentro do próprio aplicativo para operar da maneira que esse componente for projetado.
Isso significa que a superfície de ataque explorável dentro de um super aplicativo é muito maior do que um aplicativo de propósito único, no qual o desenvolvedor e o profissional de segurança têm controle total sobre os fluxos de trabalho, APIs, chamadas de rede e funções de leitura e gravação, por exemplo. O especialista alerta que um dos maiores riscos é o vazamento ou roubo de dados, que pode resultar da exposição excessiva de informações, configurações incorretas de segurança ou armazenamento inseguro de dados dentro do aplicativo.
“Os Super Apps oferecem coesão e fluidez por meio de uma experiência incrivelmente personalizada e frutífera para clientes e marcas e, ao fazer isso, constroem engajamento, o que lhes permite aumentar sua participação no orçamento. No entanto, também há preocupações com a centralização excessiva de serviços em uma única plataforma. Portanto, é importante que os desenvolvedores e reguladores estejam atentos a essas questões à medida que os super aplicativos continuam a crescer em popularidade”, conclui Bavosa.