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Os desafios da privacidade de dados no marketing digital

  • Créditos/Foto:DepositPhotos
  • 19/Março/2024
  • Da Redação, com assessoria

Provavelmente você já viu uma mensagem como esta ao acessar um site: “Usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação, servir anúncios ou conteúdos personalizados e analisar nosso tráfego. Ao clicar em ‘Aceitar todos’, você concorda com o uso de cookies”. Isso serve como exemplo de como a questão dos dados – e sua privacidade – é importante tanto para empresas quanto para pessoas.

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Segundo informações da Seed Scientific, 2,5 quintilhões de dados são criados por dia em todo o mundo, com o avanço da tecnologia e a evolução da Internet das Coisas.

Este volume de dados, aliado a uma crescente e mais forte preocupação global com a privacidade dessas informações, traz um desafio para o setor de marketing digital como um todo. A privacidade de dados pessoais tem impulsionado a adoção de legislações específicas para esse fim, como o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) da União Europeia e a Lei de Privacidade do Consumidor da Califórnia (CCPA) dos Estados Unidos.

O Brasil, por sua vez, se inspirou na legislação europeia para desenvolver a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor em 2018. Seu objetivo é garantir a segurança e a privacidade das informações dos cidadãos, estabelecendo diretrizes e regulamentos para o tratamento adequado de dados pessoais por organizações do País. Uma pesquisa realizada pela Capterra sobre segurança cibernética no Brasil revelou que 67% dos entrevistados expressaram preocupação significativa com a segurança cibernética de suas informações.

“De fato, a privacidade de dados não é apenas um requisito legal, mas uma responsabilidade ética e moral”, destaca Jordi Martinez, diretor geral da Thing or Two, consultoria global de tecnologia móvel comprometida em proporcionar um crescimento significativo para marcas e especialistas.

Uma abordagem empresarial holística

Esta questão se torna ainda mais importante após o anúncio do Google de começar a eliminar gradualmente os cookies de terceiros no navegador Chrome. Para se preparar para essa mudança, a big tech criou o Privacy Sandbox, um conjunto de soluções de rastreamento digital de dados sem o uso de cookies de terceiros.

Para enfrentar este contexto e a crescente preocupação com a privacidade dos dados pessoais, Martinez acredita que o marketing digital precisa combinar estratégias novas e inovadoras, juntamente com uma perspectiva empresarial mais ampla. Ele também acredita que profissionais e empresas já possuem ferramentas que vão auxiliar nessa tarefa.

“Os anunciantes devem migrar para a segmentação contextual, abraçar a modelização de dados e adotar uma abordagem empresarial holística. A adaptação criativa, a projeção de dados e a exploração de estratégias como Marketing Mix Modeling (MMM) se tornam imperativas para navegar neste cenário dinâmico”, destaca o diretor geral da Thing or Two.

Entre as novas e já fornecidas ferramentas para gerenciar esses desafios do marketing digital, Martinez também lembra esse relacionamento como algo além de um simples acordo comercial. “As empresas devem manter a transparência na coleta e no tratamento de dados e também melhorar os meios pelos quais interpretam e gerem essas informações. O atual ambiente de marketing estabelece uma necessária relação de confiança entre empresas e consumidores que não pode ser quebrada”, conclui.

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