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Qual é a idade ideal para incentivar os pequenos no mundo digital?

A discussão sobre a idade apropriada para introduzir garotos e garotas no mundo da tecnologia abrange diversos pontos de vista. Mais da metade das crianças brasileiras entre 10 e 13 anos possui um celular para uso pessoal, segundo dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mas essa questão deve levar em conta o equilíbrio entre os benefícios e os possíveis desafios envolvidos nessa inclusão no âmbito online.

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“Por volta dos 3 ou 4 anos, é aconselhável introduzir dispositivos tecnológicos de maneira supervisionada e com foco educativo”, destaca Henrique Nóbrega, fundador da Ctrl+Play, escola de programação e robótica para crianças e adolescentes.

“Jogos e aplicativos pedagógicos podem ser úteis para estimular o desenvolvimento cognitivo e habilidades motoras. No entanto, é fundamental balancear o uso dessas tecnologias com outras atividades físicas e sociais”, completa.

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À medida que as crianças crescem, em torno dos 6 ou 7 anos, é aconselhável incluir conceitos mais avançados, como a programação básica. Essa abordagem visa estimular a criatividade, a resolução de problemas e o pensamento crítico desde cedo, proporcionando um ambiente propício ao desenvolvimento cognitivo.

“A ideia é incentivar as crianças a terem atitudes mais ativas em relação à tecnologia, entendendo sua utilidade prática para além do entretenimento passivo”, comenta Henrique. Plataformas interativas e jogos que ensinam lógica de programação de forma lúdica podem ser excelentes ferramentas para esse fim.

Após os 10 anos, as crianças demonstram uma compreensão mais sólida do mundo ao seu redor e começam a se envolver com tecnologias mais avançadas. A introdução da robótica educacional nessa fase possibilita o desenvolvimento prático de habilidades em engenharia e eletrônica.

No entanto, é crucial criar um ambiente que estimule a criatividade e a exploração de formas diferentes, online e offline, sem limitar o aprendizado apenas aos dispositivos eletrônicos.

A supervisão constante dos pais e educadores deve garantir o uso adequado das telas e da rede.

Para Henrique, considerar as implicações éticas e de segurança digital desde cedo também é fundamental na formação das crianças no ambiente tecnológico. Isso envolve abordar temas como comportamento responsável na internet e o discernimento em relação aos conteúdos online, educando as crianças sobre a importância da privacidade, dos limites da tecnologia e de proteger suas informações pessoais.

“O desenvolvimento saudável da relação das crianças com a tecnologia requer um processo gradual e adaptativo, iniciando desde os primeiros anos de vida, com supervisão e orientação constante”, diz Henrique. “O objetivo é cultivar um ambiente propício ao aprendizado, capacitando as crianças a enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades do mundo digital de forma responsável.”