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Conheça a história de cinco petições vitoriosas no Change.org

  • Créditos/Foto:Pixabay
  • 30/Junho/2016
  • Bianca Bellucci

A Change.org é uma plataforma norte-americana para abaixo-assinados online. Com mais de 154 milhões de usuários no mundo, sendo 7 milhões deles no Brasil, o portal permite que qualquer pessoa lute por uma causa que acredita. Com ajuda da mobilização social, uma reivindicação pode sair vitoriosa. Isso porque, a medida que a petição vai crescendo, o destinatário é notificado por e-mail. O site acredita que uma causa pode ser considerada vencedora quando consegue realizar o que demandou, independentemente de ter 100 ou 10 mil assinaturas. A seguir, você confere cinco histórias de quem usou a plataforma no Brasil e conquistou resultados.

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Cirurgia para a pequena Elisa
Érika Teixeira conseguiu mais de 200 mil assinaturas em um abaixo-assinado para que sua irmã Elisa, com apenas 4 meses de idade e síndrome de Down, fosse operada. A menina nasceu com uma anomalia grave no coração e só uma cirurgia poderia salvar sua vida. A mobilização pressionou o Governo de Brasília que, mesmo com mandado judicial, alegava que não havia vaga disponível em nenhuma UTI. A pressão deu tão certo que a família chegou a receber uma ligação do secretário de saúde do Distrito Federal, Humberto da Fonseca, garantido que a cirurgia seria realizada.

Acompanhantes para idosos em aviões
A mãe de Mônica Mastrantonio há cinco anos convive com o Alzheimer. Entre os muitos desafios do dia a dia, a filha se deparou com mais um: ao comprar uma passagem de avião para a dona Maria Lúcia, descobriu que as companhias aéreas não tinham um serviço de suporte para idosos com demência senil. Então, ela correu para o Change.org. Após mais de 32 mil assinaturas, Mônica saiu vitoriosa de sua causa. A primeira viagem de sua mãe com um acompanhante ocorreu no último dia 30 de março, no trecho Londrina-São Paulo.

Laudo para o Pedro ir à escola
Thiago Sagat criou uma petição pedindo algo simples: que a Unimed liberasse um laudo para que seu filho Pietro, 6 anos, pudesse ir à escola. O menino sofre de uma síndrome que afeta os músculos, mas que não o impede de estudar. Tanto é que o convênio inicialmente liberou as enfermeiras para acompanharem o garoto no colégio. Mas o setor jurídico da empresa mudou de ideia e acabou motivando o pai a pressionar a mudança. Após obter mais de 56 mil assinaturas, Thiago conseguiu uma decisão judicial. Dia 7 de março de 2016, foi o primeiro dia de aula de Pietro.

“Casamento” no dicionário
Eduardo Santarelo está casado com Maurício há quatro anos. Porém, no dicionário Michaelis a união deles não era considerada como um casamento. Isso porque a definição da palavra era: “União estável entre homem e mulher”. Por não se sentir representado pelo significado, Eduardo criou a petição na Change. Um dia e 3.243 assinaturas depois, o protestante recebeu um e-mail do diretor da Editora Melhoramentos pedindo desculpas. De fato ele tinha razão e a norma precisava ser revisada. Hoje, o termo no dicionário diz que casamento é um “ato solene de união entre duas pessoas”.

Uma escola para Pedrinho
Sheila Velloso é mãe do Pedro, 8 anos, um garoto carinhoso e inteligente. O problema é que ele não encontrava uma escola para estudar. Por ser portador de uma doença rara, chamada de síndrome de Cornélia de Lange, as escolas municipais exigiam que a mãe pagasse uma pessoa para acompanhá-lo no dia a dia. Não podendo arcar com os custos e inconformada com a posição da rede pública, Shelia criou um abaixo-assinado. Após 10 dias e 23 mil assinaturas, ela estava sentada com a secretária municipal de educação do Rio de Janeiro. Na segunda-feira seguinte, Pedro já estava na escola.