Compressorhead é uma banda de rock alemã. Mas, diferentemente dos conterrâneos do Rammstein, é composta apenas por robôs. Obra do especialista em robótica Frank Barnes, em colaboração com Markus Kolb e Stock Plum, o grupo alcançou o sucesso com um cover de “Ace of Spades”, do Motörhead, lançado no YouTube em meados de 2013.
O primeiro robô criado foi Stickboy, o baterista de quatro braços e duas pernas. Depois, surgiu Fingers, o guitarrista de 78 dedos. Por fim, veio o baixista Bones. O trio foi responsável por lançar o Compressorhead no mainstream.
A primeira apresentação ao vivo da banda ocorreu em 2013, no festival Big Day Out, na Austrália. Por ali, os robôs apresentaram covers de bandas como AC/DC, Pantera, Ramones e Motörhead – claro.
Com o sucesso, a equipe por trás da banda começou um crowdfunding na plataforma Kickstarter para construir o vocalista. A campanha arrecadou apenas US$ 46 mil dos US$ 325 mil pedidos. Mesmo não alcançando a meta, Mega-Wattson ganhou vida.
A última integrante a se juntar à banda é Hellgå Tarr. Ela chegou em 2017 e tem duas funções: guitarrista e backing vocal.
A tecnologia por trás
Os robôs da Compressorhead foram construídos com metal reciclável e são controlados via MIDI, tecnologia bem comum no meio musical. É uma linguagem que permite que computadores, instrumentos musicais e outros hardwares se comuniquem entre si.
Na prática, uma pessoa é responsável por programar e ensinar as canções aos robôs. Depois, eles irão reproduzi-las sozinhos com instrumentos reais. Aqui, o nome desse cara é John Wright, um compositor e diretor musical, que fez parte de bandas como The Hanson Brothers e Nomeansno.
Covers e músicas originais
Além de ensinar os integrantes, John Wright escreveu as músicas do álbum de estreia da Compressorhead. “Party Machine” saiu em 2017 e possui 15 faixas. Todas foram pensadas exclusivamente no que os robôs poderiam reproduzir. É possível ouvir o CD no Spotify.
Os covers, entretanto, nunca foram deixados de lado. Vira e mexe, a banda posta uma nova apresentação no YouTube. Abaixo, você confere a versão de “Ace of Spades”, do Motörhead, uma das favoritas do público:
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Vale ressaltar que há tempos o cenário da música deixou de ser dominado por humanos. Relembre as principais bandas virtuais:
Bandas virtuais: Gorillaz – Um dos grupos mais lembrados quando o assunto é música virtual. O Gorillaz nasceu em 1998 de uma criação de Damon Albarn, líder do Blur, e Jamie Hewlett, cocriador da história em quadrinhos Tank Girl. Seu primeiro disco vendeu mais de 7 milhões de cópias e colocou o grupo no Guinness World Records como a Banda Virtual de Mais Sucesso. Tem seis álbuns de estúdio, sendo o último lançamento de junho de 2018. | Crédito: Reprodução Instagram
Relembre os principais hits do Gorillaz no Spotify: https://spoti.fi/2Nc7Ebi. | Crédito: Reprodução Instagram
Dogão – Este rapper virtual brasileiro foi criado pelo produtor musical Rick Bonadio em 2004. O personagem fez tanto sucesso que chegou a concorrer ao Prêmio Hutúz, uma das maiores premiações do hip hop nacional, além de ser indicado na categoria “Videoclipe do Ano” do Vídeo Music Brasil (VMB), da MTV. Com apenas um álbum de estúdio, o dono de sua voz ainda é um mistério. Rumores dizem que MC Suave é o rapper virtual, mas nada confirmado. | Crédito: Reprodução YouTube
Confira o álbum completo de Dogão no Spotify: https://spoti.fi/2MOBzqH. | Crédito: Reprodução YouTube
Crazy Frog – É um personagem animado por computador criado em 2003. Curiosamente, os icônicos ruídos de motores foram gravados em 1997 por um sueco. Daniel Malmedahl captou o som sozinho e postou na internet. A pérola foi descoberta por um canal de TV e até foi adotado pela Fórmula 1. Depois, caiu no limbo, até ser resgatada por Erik Wernquist, que desenhou o popular sapo. | Crédito: f_sirbu on VisualHunt.com / CC BY
Escute os maiores hits de Crazy Frog no Spotify: https://spoti.fi/2NOhcGm. | Crédito: moffoys on Visual hunt / CC BY
Hatsune Miku – Uma menina de 16 anos com duas longas marias-chiquinhas e uma roupa no estilo futurístico. Hatsune Miku é uma popstar virtual. Desenvolvida pela Crypton Future Media a partir do sintetizador de voz Vocaloid, foi a terceira artista criada pelo projeto, mas a primeira a fazer grande sucesso. Se tornou representante da cultura japonesa e até realizou shows ao vivo, sendo seu primeiro concerto em agosto de 2009 no Saitama Super Arena. | Crédito: dash_toriyama on Visualhunt.com / CC BY-NC-SA
Studio Killers – Criada em 2011, é uma banda de electropop europeia. Apresenta em seus videoclipes um universo no qual humanos e animais vivem juntos. Aliás, o próprio grupo é uma mistura de raças. Cherry é a vocalista humana, Goldie Foxx é uma raposa tecladista, e o DJ Dyna Mink é um vison. Possuem um álbum de estúdio e uma série de singles. Continuam na ativa. | Crédito: Reprodução Instagram
Saiba mais sobre a discografia do Studio Killers no Spotify: https://spoti.fi/2MK54K5. | Crédito: Reprodução Instagram
The Glammers – Um trio virtual de indie rock escocês criado em 2006. Pouco se sabe sobre sua história. Tanto é que os responsáveis pelas vozes e gravações das músicas permanecem no anonimato até hoje. A última faixa lançada pela banda virtual é de 2012. | Crédito: Divulgação
Confira o videoclipe de “Dont Lose It”, um dos primeiros sucessos da banda virtual: https://bit.ly/2NfauvX. | Crédito: Reprodução YouTube
Dethklok – Criada inicialmente para a série de animação Metalocalypse, a banda de metal virtual acabou ganhando fãs, três álbuns de estúdios e várias apresentações na vida real. Já saiu em turnê com nomes de peso do gênero, como Mastodon, High on Fire e Converge. | Crédito: Reprodução YouTube
Descubra a discografia de Dethklok no Spotify: https://spoti.fi/2NcJXzw. | Crédito: Reprodução Internet
Landfill Crew – Projeto paralelo criado pelo guitarrista e vocalista do Rancid, o grupo mistura punk e reggae em suas músicas. Está ambientado na década de 1980 e traz cinco integrantes: Bagga, Jenny, Hux, Pakman e Baby. | Crédito: Reprodução YouTube
Conheça a discografia do grupo no Spotify: https://spoti.fi/2HBMMae. | Crédito: Reprodução YouTube
Maria Clementina – Alter egos de quatro músicos portugueses reconhecidos pelo grande público em carreiras individuais, a banda virtual foi criada pela agência de publicidade Brandia Central para promover um novo sabor da companhia de refrigerantes SUMOL+COMPAL. Explodiu em 2010 com o sucesso “Veio a Maria Clementina”. Teve conta no MySpace, página no Wikipédia, videoclipe e até um IP. | Crédito: Divulgação
Relembre o videoclipe de “Veio a Maria Clementina” no YouTube: https://bit.ly/2Q4fOkp. | Crédito: Reprodução YouTube
Alvin e os Esquilos – Com vozes manipuladas e bem agudas, Alvin e os Esquilos apareceram pela primeira vez em 1958. À época, foi lançado um disco dos personagens. Só três anos depois surgiu o desenho "The Alvin Show". De lá para cá, a banda virtual ganhou sete temporadas da animação e mais quatro filmes. | Crédito: Reprodução YouTube
Confira as músicas em inglês que fizeram sucesso com Alvin e os Esquilos: https://spoti.fi/2Q2lwDB. | Crédito: Reprodução YouTube
The Archies – A popular “Sugar, Sugar” já virou até tema do reality show Cake Boss, mas é fruto de uma banda virtual. Mais precisamente do grupo The Archies, parte central do desenho animado da década de 1960 “A Turma do Archie”. Embora a série tenha apenas 17 episódios, foi tempo suficiente para consagrar a banda. A icônica música, inclusive, chegou a ser regravada por Bob Marley e Tom Jones. | Crédito: Reprodução Internet
Veja os maiores hits do grupo norte-americano no Spotify: https://spoti.fi/2PCHs7i. | Crédito: Reprodução Internet
Josie e as Gatinhas – Uma banda virtual de rock formada por garotas que viajam o mundo tocando e resolvendo mistérios. O grupo nasceu dentro de “A Turma do Archie”, mas fez tanto sucesso que ganhou duas séries próprias: uma tradicional e outra no espaço. Em 2001, elas também foram levadas para as telonas em uma versão live-action com Rachael Leigh Cook, Tara Reid e Rosario Dawson. | Crédito: Divulgação
Relembre o tema de abertura de Josie e as Gatinhas no YouTube: https://bit.ly/2PAw8s6. | Crédito: Reprodução Internet
Jem e as Hologramas – Com a ajuda de um computador holográfico, Jerrica Benton é capaz de projetar um holograma sobre si mesma e se transformar na superestrela Jem. O desenho animado da década de 1980 foi criado pela Hasbro e produzida pelo estúdio japonês Toei Doga (atual Toei Animation). Ganhou uma versão live-action em 2015. | Crédito: Reprodução YouTube
Confira o tema de abertura de Jem e as Hologramas no YouTube: https://bit.ly/2Q3jq6g. | Crédito: Reprodução YouTube