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Seguro cibernético arca com prejuízo de ataques como o WannaCry; entenda como funciona

Os recentes ataques cibernéticos ocorridos no mundo, como o WannaCry e o Petya, acenderam a luz amarela das empresas e fizeram com que a busca por proteção contra esse tipo de crime crescesse. Uma das formas de blindar seu negócio é contratar um seguro cibernético. Embora pouco disseminado no Brasil, ele dá todo o suporte para investigar e sanar os danos causados por ameaças cibercriminosas.

Fernando Cirelli, superintendente de linhas financeiras da BR Insurance, conversou com o 33Giga para explicar como funcionam as tais apólices. A seguir, você confere o bate-papo na íntegra.

Crédito: Divulgação
Fernando Cirelli, superintendente de linhas financeiras da BR Insurance

33Giga: Para que serve um seguro cibernético?
Fernando Cirelli: O seguro cibernético é uma proteção contra prejuízos por invasões de hackers, extorsão, lucros cessantes e roubos de dados digitais, que causem prejuízos para a empresa ou para os clientes prejudicados por esses ataques. A apólice é indicada para todas as áreas, sendo primordial para companhias de tecnologia e empresas com banco de dados de terceiros, como os e-commerces.

33Giga: Que tipo de cobertura esses seguros oferecem?
FC: Após a empresa sofrer um ataque, a seguradora entra com todo o suporte para investigar e sanar os danos. Por exemplo, se um e-commerce teve seus dados criptografados e eles só podem ser recuperados mediante pagamento, a seguradora irá assessorar a loja virtual e verificar os riscos. Após a análise, ela cobrirá as despesas para conseguir devolver os arquivos roubados. As seguradoras podem, inclusive, entrar em contato com os clientes explicando o problema e dizendo que a companhia já está correndo atrás da solução.

33Giga: Esses seguros protegem contra ataques como o WannaCry e o Petya?
FC: Sim. Embora sejam dois casos emblemáticos de extorsão, são ataques como quaisquer outros que visam o resgate. Sendo assim, a seguradora irá entrar em ação, analisar a situação e arcar com os custos.

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33Giga: Quem oferece o serviço de seguro cibernético no Brasil?
FC: Hoje, existem três seguradoras que oferecem o serviço. São elas: AIG, XL e Zurich. Porém, apenas 100 empresas nacionais utilizam este tipo de apólice. A tendência é que o número de oferta e procura tenham um crescimento exponencial. Desde a aparição do vírus WannaCry, o mercado de seguro cibernético cresceu cerca de 200%. Para este ano, a expectativa é de que o mercado cresça 100% ante 2016.

33Giga: Qual o horário de atendimento em que as seguradoras atuam?
FC: As seguradoras possuem uma equipe de especialistas disponível sete dias por semana, 24 horas por dia para solucionar os problemas.

33Giga: Quanto custa um seguro cibernético?
FC: Em média, a taxa fica entre 1% e 3% do valor da apólice. Por exemplo, um seguro de R$ 1 milhão sai entre R$ 10 mil e R$ 30 mil. O custo final depende do tamanho da empresa e do tipo de atividade que ela exerce. O valor pago é anual. Por padrão, o preço pode ser dividido em até sete parcelas.

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