Dicas
Como funciona o algoritmo do Facebook?
- Créditos/Foto:Designed by Freepik
- 11/Abril/2018
- Da Redação, com assessoria
Para que você possa compreender melhor do que o algoritmo do Facebook é capaz, é preciso voltar no tempo e se lembrar do momento em que você criou a sua conta. Naquele dia, você clicou em “li e aceito os termos de uso” e, com isso, deu poderes para que a rede social manuseasse os seus dados como bem entendesse. Porém, qual a é a real importância disso no seu dia a dia?
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Muito além da privacidade
Cada ação que você faz no Facebook conta para montar o seu perfil na rede social. E isso não engloba apenas as pessoas das quais você é amigo, mas também as páginas que curte, os lugares que visita e do tempo que passa interagindo em grupos ou assistindo a vídeos. Todas essas informações ajudam a montar um complexo panorama sobre quem você é.
Quando a rede social toma conhecimento dessas informações ela não o faz com o objetivo de espioná-lo. Fique tranquilo quanto a isso. Não há uma pessoa física por trás dessa central de informações interessada em saber o que você pensa do seu vizinho.
Aqui, a ideia é oferecer anúncios que sejam mais interessantes. Assim, você terá maior propensão a clicar neles e fazer compras nas lojas que pagam para anunciar no Facebook. Antes de tudo, trata-se de um negócio, e não de uma ferramenta de espionagem – por mais que existam motivos para pensar assim.
O algoritmo do Facebook
Como funciona exatamente o algoritmo do Facebook é um segredo guardado a sete chaves. Porém, a ideia por trás de todas essas ferramentas de coleta de dados é sempre a de aperfeiçoar a composição de um perfil que, posteriormente, é “vendido” para empresas terceirizadas, que queiram entregar anúncios mais segmentados.
Assim, vamos a um exemplo: suponha que você torça para o Corinthians, acompanhe futebol no dia a dia, goste de lasanha, viaje duas vezes por ano e adore assistir a vídeos de cachorros. Todas essas ações fazem parte do seu perfil, de quem você é para a rede social.
Se um anunciante deseja vender um produto e defina o perfil do comprador como “pessoas que gostam de cachorros e viajem pelo menos duas vezes por ano” é provável, portanto, que você seja incluído na lista de pessoas que vão conseguir visualizar o anúncio em questão.
Isso porque existem mais chances de que você clique nele do que uma pessoa que não costuma viajar muito ou não se importe com vídeos de cachorros. Quanto mais preciso o Facebook for na hora de definir um perfil, mais caro ele pode vender essa informação. É aí que a rede social ganha dinheiro.
O Facebook pode fazer isso?
Sim, o Facebook pode fazer isso com os seus dados. E mais: você autorizou. Esse é um aspecto complicado da rede social, pois não há outro jeito de utilizá-la se não for aceitando os termos de uso. São aqueles textos enormes apresentados logo no momento que a sua página é criada.
Você é obrigado a marcar “sim” no campo que indica que você “leu e concorda” com o texto, mas sabemos que na prática ninguém lê o conteúdo. Assim, é importante que você tenha em mente que todas as ações que você faz dentro do Facebook, sejam elas conscientes ou não, contam para montar um perfil de usuário aos olhos de Mark Zuckerberg.
É preciso se proteger?
Quando o assunto é proteção de dados, é preciso ter uma abordagem diferente daquela que se tem quando se fala, por exemplo, em um seguro para celular. Nessas situações, em caso de roubo do seu aparelho, você recebe de volta o valor que pagou por ele.
No caso dos dados, eles não são “roubados”, uma vez que você concordou com a coleta das informações. O que ocorre é uma exposição maior da sua privacidade, ainda que os dados que os anunciantes recebam não identifiquem você especificamente. Não se trata de saber “quem é”, mas sim “quantos são” de um determinado jeito.
Se você pretende usar as redes sociais, infelizmente, não há muito o que fazer. Essas são as regras do jogo. Você só pode escolher se quer jogar ou não.
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