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Entenda como as bebidas são gaseificadas

  • Créditos/Foto:DepositPhotos
  • 24/Abril/2024
  • Da Redação, com assessoria

Com as ondas de calor que vêm tomando conta do Brasil, a busca por bebidas geladas e com gás ganha destaque. Por trás dessa experiência sensorial está um processo muito comum na indústria de alimentos e bebidas: a carbonatação, mais conhecida como gaseificação.

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De acordo com Rafael Sarkozi, engenheiro de aplicações e desenvolvimento da Air Products, o processo envolve uma reação química. “O gás CO₂ (dióxido de carbono) é dissolvido na água, essa reação resulta na formação de bolhas de gás na bebida, conferindo-lhe o característico aspecto efervescente.”

Para a indústria de bebidas, a gaseificação vai além do aspecto sensorial. “O processo oferece outros benefícios aos produtos. Um dos principais é a desaceleração da proliferação de bactérias, o que aumenta a vida útil das bebidas gaseificadas”, explica Rafael.

Portanto, a gaseificação é um processo fundamental para produtores de bebidas, que não apenas adiciona efervescência, mas também influencia significativamente as características sensoriais, e também causa o efeito chamado de organoléptico na bebida, proporcionando uma experiência de degustação única para o consumidor final, ao intensificar a percepção de características como cor, odor, sabor e textura.

Além do refrigerante, a gaseificação é empregada no processo de fabricação de outras bebidas, como cerveja, vinho e espumante. “Na produção de bebidas alcoólicas, o gás é utilizado para conferir mais brilho. Por exemplo, a cerveja já contém naturalmente CO₂, responsável pela formação do colarinho. Além disso, os bares utilizam nitrogênio para exercer pressão nos barris e impulsionar o líquido para a torneira, resultando em uma bebida mais cremosa”, complementa Rafael.

O especialista também explica que o uso do nitrogênio de qualidade alimentar também pode contribuir para desacelerar o processo de carbonatação aprimorado das bebidas. “Os baixos níveis de oxigênio dissolvidos permitem uma absorção mais eficiente dos gases, sem formação excessiva de espuma, resultando em melhor qualidade, preservação térmica e aromática e ainda minimiza o efeito de estufamento para o consumidor.”

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