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Dicas

Classificados do Facebook: veja como identificar e evitar golpes

  • Créditos/Foto:DepositPhotos
  • 28/Fevereiro/2023
  • Da Redação, com assessoria

O Facebook, criado por Mark Zuckerberg há 19 anos, passou por diversas mudanças desde sua criação e tem investido bastante nos recursos de comunidades e marketplace. Tratam-se de recursos que são muito utilizados para concentrar pessoas de determinadas regiões para compra e venda de produtos novos e usados em diversas categorias.

De modo geral, pessoas honestas anunciam produtos verdadeiros, negociam e cumprem os acordos de negociação. Porém, há uma série de golpes sendo aplicados nesses classificados do Facebook ou comunidades. O número de vítimas nessas fraudes pode ser justificado pelo perfil atual de usuários da plataforma, que em grande parte, podem não ter tanta intimidade com tecnologias e também uma certa ingenuidade.

Muitos desses golpes usam a engenharia social para fazer do possível interessado uma vítima, e diferentemente de sites ou lojas em que o usuário pode consultar a reputação, nesses casos, os criminosos aplicam as fraudes por WhatsApp, telefone ou via chat do próprio Facebook, dificultando a identificação do golpe por meio de buscas, pois não há um padrão e pode ser apresentado de forma diferente.

De olho nesse cenário, Alessandro Fontes, especialista de segurança digital e co-fundador do Site Confiável, listou os principais golpes de classificados do Facebook e também deu dicas para evitar essas fraudes. Confira!

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Vagas de emprego

  • Como funciona?

O texto e as propostas sempre podem mudar, mas, de modo geral, muitas dessas vagas oferecem ganhos extras para trabalhar de casa ou vagas com alto salários, inclusive até usam o nome de grandes empresas.

  • Como evitar?

Evite confiar em vagas de emprego anunciadas em classificados do Facebook. No entanto, se mesmo assim você desejar saber mais detalhes sobre a oportunidade , vá até a empresa verdadeira e pergunte sobre os anúncios. E lembre-se: não faz sentido algum você pagar por taxa de curso, exame ou qualquer outro valor que seja solicitado.

Dinheiro a receber

  • Como funciona?

FGTS, auxílio emergencial, resgates, Bolsa Família, heranças, saldos em conta, direitos adquiridos. São várias as formas de atrair vítimas para esse tipo de golpe. O truque, que já é popular em correntes de WhatsApp, circula também por classificados do Facebook para atrair vítimas. Além do risco de prejuízo financeiro, há também a possibilidade de captura de dados por meio de links ou até mesmo a solicitação dessas informações via texto pelos criminosos. Esses dados pessoais, que supostamente seriam necessários para a consulta ao benefício, podem ser utilizadas para criar contas em bancos digitais e até mesmo para hackear as redes sociais da vítima.

  • Como evitar?

Viu uma oferta como essa? Não interaja. Se mesmo assim você ficar curioso para saber se tem algum tipo de benefício para receber, vá até o órgão oficial que estaria ligado a esse benefício. Se a proposta for por meio de link, você pode consultar o link no www.siteconfiavel.com.br para saber o tempo de vida do site, reputação e possíveis vulnerabilidades de segurança.

Propostas para remoção do nome dos órgãos de proteção ao crédito

  • Como funciona?

Com textos que procuram por pessoas negativadas, com score baixo ou nome no Serasa, as propostas sugerem que você deixe seu número ou entre em contato com um especialista que irá te ajudar a limpar seu nome ou melhorar sua pontuação de crédito. Uma das formas de gerar o prejuízo é criar uma proposta de negociação de dívida ou pedir um valor para esse serviço.

  • Como evitar?

Normalmente não é assim que as empresas fazem negociações de dívidas. Mas se mesmo assim você ficar em dúvida, você pode ligar diretamente ao Serasa ou ao banco com o qual você tem a dívida e perguntar sobre a possível negociação. Jamais envie dinheiro a terceiros ou empresas desconhecidas.

Pedidos de ajuda

  • Como funciona?

O brasileiro tende a ser muito solidário. Para se aproveitar desse comportamento, alguns criminosos criam situações tristes para pedir dinheiro via Pix. Existem, claro, pessoas que realmente precisam de ajuda e que usam essas plataformas para pedir um auxílio, mas você precisa ficar atento. 

  • Como evitar?

Se você ficou comovido com a história, oriente a pessoa a procurar a assistência social da sua cidade. Se quiser fazer uma doação, por sua vez, procure uma família que realmente precise, fale com alguma ONG que possa te orientar ou use o site www.praquemdoar.com.br, que é uma ferramenta que mapeia iniciativas de impacto social sérias por todo País.

Venda de iPhone barato

  • Como funciona?

Por ser um item popular e desejado, criminosos “vendem” smartphones da Apple. São modelos novos ou até usados, por preços muito abaixo do praticado. Junto a isso, usam algumas informações como baixa disponibilidade ou tempo limitado para comprar, que são gatilhos mentais para convencer a vítima a enviar um sinal financeiro, para que supostamente eles “reservem” o produto para o cliente.

  • Como evitar?

Considere sempre a possibilidade de que o golpista possa utilizar dados de uma loja ou pessoa que realmente exista para criar uma prova social. Ou seja, jamais envie dinheiro antecipado ou parte do valor sem antes receber e conferir a mercadoria em mãos – e isso vale para outros itens, o iPhone é apenas um dos exemplos.

Venda de carro

  • Como funciona?

Um dos golpes mais populares no processo de compra e venda de carros e que também pode ser aplicado em imóveis, é o chamado “golpe do intermediário”, que é bem complexo e que faz muitas vítimas. O criminoso conecta um vendedor real com um comprador de verdade para aplicar o golpe. Ou seja, é muito difícil perceber, e qualquer um pode ser vítima se não ficar atento aos mínimos detalhes.

Na prática, o fraudador busca por anúncios no próprio marketplace ou sites de vendas de carros, clona o anúncio e divulga o mesmo veículo com preço abaixo do valor de mercado. A vítima, atraída pelo valor, inicia a conversa com o “intermediário” que se passa pelo vendedor, envia detalhes sobre o carro, vídeos, documentos e faz o cliente acreditar que está em uma negociação verdadeira para pedir algum tipo de adiantamento para “segurar” a venda para ele. Há relatos, inclusive, de encontros entre comprador e vendedor sem que eles percebam que estavam falando com intermediário. Nesses casos, o criminoso orienta ambos a não tratarem de valores na negociação e, após o encontro e análise do veículo, o golpista segue solicitando dinheiro durante o acordo online.

  • Como evitar?

Desconfie de preços baixos disponíveis nos classificados do Facebook. Se tiver um encontro, verifique os documentos, peça o número de celular do vendedor para confirmar se é com ele mesmo que você está conversando e pergunte o valor do veículo para saber se bate com o que você tinha visto no anúncio. Por fim, pague apenas na condição de ter o automóvel transferido para seu nome. Se estiver vendendo, fique atento a falsos comprovantes de transferência via Pix, DOC ou TED.

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