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59% dos brasileiros cogitam cancelar serviços de streaming se preços subirem

A preocupação com os custos despendidos em assinaturas digitais é um fator muito expressivo em toda América Latina. Tanto que 57% das pessoas na região consideram cancelar serviços de streaming caso as plataformas aumentem suas taxas mensais. Os dados são do Relatório de Streaming na América Latina em 2021, elaborado pela Toluna a pedido da agência Sherlock Communications.

Patrick O’Neill, sócio-gerente da Sherlock Communications, comenta que a decisão está atrelada ao fato do mercado competitivo. “Às vezes, podem haver até 30 ou 40 opções diferentes para escolher. O custo pode ser um fator importante para as pessoas na região, e nossa pesquisa mostra que aumentar as taxas de assinatura pode ser uma decisão arriscada – a menos que inclua uma boa oferta, como um conteúdo novo e exclusivo.”

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O que motiva as assinaturas e os cancelamentos

Um fato bastante relevante que motivou as assinaturas de streaming foi a necessidade de manter as crianças entretidas, segundo 27% das pessoas na América Latina – no ano passado, 22% dos latino-americanos responderam o mesmo, marcando um crescimento de 23%. Esse também foi um motivo citado por 24% dos brasileiros.

Mas o que mais chama a atenção por toda a região são os lançamentos de produções muito esperadas: 63% citou esse como o principal motivo que o levaria a assinar uma nova plataforma – no Brasil, 57%.

Outros 52% revelaram que a disponibilidade de novos episódios de seus programas favoritos motivaram a escolha da plataforma. Mas os latino-americanos não querem apenas ver conteúdos internacionais. 32% relataram que a disponibilidade de mídia de qualidade em seu idioma seria um fator de decisão sobre quais serviços consumir.

O conteúdo, inclusive, é de extrema importância para as pessoas na região. No Brasil, 33% disseram que considerariam cancelar serviços de streaming se seus programas favoritos não estivessem mais disponíveis e 59% se houvesse um aumento no valor das assinaturas. Outros 33% disseram que o conteúdo desatualizado seria um desestímulo e poderia motivá-los a procurar outra fonte para suprir as necessidades de entretenimento em casa.

Plataformas preferidas na região

Quando questionados se tivessem que cancelar serviços de streaming e manter apenas um, 68% dos latino-americanos optaram pela Netflix. O Amazon Prime Video surgiu como a segunda opção mais popular (12%). O cenário brasileiro é similar: 63% elegeram a Netflix como a plataforma preferida, enquanto 16% escolheram o Amazon Prime Vido. HBO Max, Disney+ e Claro Vídeo seguem como últimas opções com 6%, 5% e 2%, respectivamente.

Multitasking: o que fazem enquanto assistem

O ditado brasileiro “um olho no peixe, outro no gato” faz bastante sentido no cenário da América Latina. Os serviços de streaming servem de pano de fundo para as tarefas de casa de 31% dos latino-americanos. Além disso, uma em cada cinco pessoas (15%) afirmou que gosta de manter a plataforma ligada enquanto trabalha. E mais: 10% relataram que fazem sexo durante a reprodução de filmes e séries.

Olhando para os brasileiros, o cenário não é diferente: 48% costumam direcionar parte da atenção para os celulares, buscando por outras informações enquanto assistem à produção. Aproximadamente um terço das pessoas (27%) ainda disse que conversa com a família e amigos enquanto assistem a algum conteúdo. Outros 22% usam o streaming como pano de fundo para as tarefas domésticas e 46% focam no que está sendo transmitido.

Com o fim da pandemia, o streaming de vídeo tem futuro?

Mesmo com as restrições afrouxando em boa parte dos lugares e as pessoas começando a sair e levar uma vida social mais ativa, 35% dos latino-americanos continuam gastando um bom tempo assistindo a filmes e séries via streaming.

E esse movimento de consumo de streaming parece bastante forte no Brasil. 50% da população pretende manter o mesmo consumo de conteúdo mesmo com o distanciamento social diminuindo e mais opções de entretenimento reabrindo. Por outro lado, 31% afirmam que reduzirão o tempo que passam assistindo a produções nas plataformas, enquanto um grupo menor (11%) disseram que gastariam mais tempo no streaming, mesmo com a reabertura total dos negócios.

Para aqueles que afirmaram que esse consumo iria diminuir, quando perguntados sobre quais atividades desejam incluir no tempo livre com o afrouxamento das medidas restritivas, as principais escolhas dos brasileiros são caminhar em áreas externas (50%), sair para beber e comer com amigos (46%), e ir ao cinema (43%).

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