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Blockchain no mundo corporativo: superar a barreira da qualificação é urgente

*Por Diego Guareschi // O Web Summit, maior feira de tecnologia e inovação do mundo, já é um sucesso em várias cidades da Europa. Agora, o evento marcou presença em solo brasileiro, reflexo da importância que o setor de tecnologia tem no país.

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No Web Summit Rio, esteve presente uma diversidade de segmentos de empresas brasileiras e multinacionais que trouxeram muitas questões em torno de como as tecnologias de ponta tem impulsionado negócios de segmentos e tamanhos diversos e que contribuem para o ecossistema de inovação no país e para o mundo.

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Ainda que o assunto sobre a Inteligência Artificial tenha ganhado destaque, criptomoedas, blockchain e NFTs também foram muito falados em painéis e palestras.

Tratar de compliance e blockchain rende um bom debate entre profissionais e estudiosos de governança corporativa.

Com o radar global voltado para questões que enaltecem o ESG, as tecnologias especializadas em trazer rapidez e mais tranquilidade para empresas que buscam otimizar os seus processos preservando a confidencialidade – mas garantindo transparência – ganharam destaque relevante no Web Summit RJ.

Contudo as barreiras de qualificação e escassez de profissionais especializados no assunto tem sido uma pedra no sapato para muitos que buscam viabilizar o recurso em suas instituições.

Quando entramos no setor de grandes empresas e que estão começando a se aventurar neste universo, uma qualidade técnica que se mostrou frágil, e confesso me surpreendeu, foi a falta de domínio da língua inglesa dos profissionais que são designados para operacionalizar a tecnologia.

Por incrível que pareça, a barreira cultural foi declarada como um dos fatores que tem dificultado o contato entre os times que estão integrados na implementação da blockchain. Profissionais que estão ainda se alfabetizando com o assunto não conseguem ter suporte, principalmente no Brasil, para resolver suas dores.

Por mais que tenhamos a tendência de enxergar os profissionais de TI familiarizados com o idioma, os especializados em blockchain ainda são raros no mercado, e as enterprises querem, mas não conseguem ainda, absorver essa força de trabalho. O que as faz buscar por tecnologias que cortam esse caminho e também os custos.

Outro fator relacionado à escassez está no curso da implementação do blockchain, a barreira financeira sem dúvidas é a mais notável preocupação dos executivos que estavam presentes no evento. Isso porque a ineficiência de algumas plataformas em termos de custo e velocidade de transações tendem a engordar muito a complexidade nas operações.

Com isso, muitas empresas se afastam do tema, por não saber como dar seguimento nos projetos sem gastar milhões e ter a garantia do retorno. Todas essas barreiras fazem com que muitas empresas nem sequer testem as soluções em blockchain, para reverter esse cenário, já existem empresas que oferecem custo zero.

Há uma consciência muito maior do blockchain para além de cripto ativos, o hype de cripto e NFts arrefeceu, agora muito se fala sobre inteligência artificial.

O potencial da tecnologia blockchain vem para solucionar dores reais da indústria, trazendo transparência, segurança e capacidade de escala.

Além disso, a inteligência artificial pode ser potencializada quando associada à tecnologia blockchain, ou seja, integrar as duas tecnologias é a certeza de escalar os processos de uma empresa.

O que se presenciou no evento foi a pluralidade de possibilidades em que a tecnologia pode ser estratégica na otimização de processos como: na gestão de riscos de ordem regulatórias, em auditorias e sobretudo em rastreamentos nas transações financeiras – entre outros crimes de ordem economia – de qualquer segmento.

Contudo, a realidade está em como se preservar – ou se prevenir – da insuficiência técnica de algumas plataformas sabendo que este déficit só poderá ser identificado no meio da implementação?

Uma coisa é clara, com a popularização dos blockchains as oportunidades são infinitas para as empresas do setor de tecnologia, mas a qualidade na prestação deste serviço será um divisor de águas entre as empresas peritas e as amadoras.

*Por Diego Guareschi é CMO da Hathor