Segurança
Veja os diversos formatos em que a biometria pode ser usada
- Créditos/Foto:DepositPhotos
- 26/Janeiro/2023
- Da Redação, com assessoria
O uso da biometria está cada vez mais popular. Prova disso é que, em apenas um ano, passou de 29% para 43% o número de brasileiros que usam o serviço de reconhecimento facial e chegou a 47% os usuários que desbloqueiam o smartphone com impressão digital, de acordo com a pesquisa Panorama: Senhas e Biometria no Brasil 2022.
Pulverizada em diversas formas, este tipo de tecnologia é uma forma prática de identificação, seja no celular, seja no caixa eletrônico, na academia ou em aeroportos. Márcio Dávila, consultor técnico e especialista em segurança digital da CertiSign, comenta sobre os diversos formatos em que a biometria pode ser utilizada e como ela garante segurança.
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1. Biometria digital
Presente desde a transação no banco até a autorização da entrada na academia, a opção da biometria digital já está consolidada por ser considerado um meio simples e confortável de autenticação.
“Esta tecnologia é usada em diversos contextos para identificação e autorização de pessoas em estabelecimentos, substituindo a senha em ambientes digitais e a apresentação de documentos em papel em situações de liberação de acesso, como uma catraca. É um método seguro, mas deve-se levar em consideração o modo de captura da digital. Hoje, existem softwares mais simples que apenas leem a digital e outros mais robustos e modernos que, além de lerem as características do dedo, conseguem checar a temperatura e se há pulso, evitando assim o uso de luvas de silicone para burlar a identificação”, afirma Márcio.
2. Biometria facial
Ainda de acordo com a pesquisa Panorama: Senhas e Biometria no Brasil 2022, 54% dos brasileiros com smartphone das classes A e B já acessaram serviços digitais com reconhecimento facial. Este formato está em segundo lugar entre os mais utilizados no País.
“O reconhecimento facial utiliza as medidas de rosto e cabeça para verificar a identidade de uma pessoa. Com um conjunto de dados biométricos exclusivos, transforma imagens faciais em expressões numéricas que podem ser comparadas para determinar a similaridade”, explica o especialista.
Para ampliar a segurança da biometria facial é essencial que ela possua a tecnologia de Liveness Detection (detecção de vivacidade), que impede a ação de cibercriminosos por meio de fotos roubadas, vídeos, máscaras hiperealistas ou outros métodos de falsificações.
3. Biometria de voz
Atualmente, a tecnologia é a menos popular no Brasil, mas já conseguiu espaço em mercados como Europa e Estados Unidos. Neste tipo de biometria, a inteligência artificial consegue transformar a voz em algoritmos próprios para realizar o reconhecimento.
“A nossa voz, assim como nossa impressão digital e nosso rosto, é única. A inteligência artificial consegue analisar a cadência e o tom por meio de um áudio enviado pelo usuário e ajudá-lo em diversas jornadas digitais, como durante a abertura de conta no banco e a autorização de transações financeiras. A partir dela, tem-se mais uma forma de prevenir fraudes digitais”, ressalta Márcio.
4. Biometria de íris
O reconhecimento de íris lê a seção frontal circular do olho utilizando uma câmera UV. Essa leitura é analisada por um algoritmo que realiza o processo de autenticação. “O padrão é único para cada pessoa. A informação capturada pode conter, por exemplo, tamanho e cor do círculo da íris, que conta com uma característica biométrica que não muda ao logo da vida”, explica o profissional da CertiSign.
Esse método de identificação é extremamente confiável, com taxas de 90% a 99% de precisão, segundo Márcio. Para o reconhecimento acontecer, é utilizada uma câmera com uma modesta luz infravermelha – diferentemente do reconhecimento de retina, que exige uma tecnologia mais específica. “Para reconhecer uma identidade por meio da íris, não são necessários dispositivos de alta complexidade, o que torna esse meio de identificação acessível para ser utilizado no controle de acesso e autenticação.”
O reconhecimento de íris pode ser utilizado, por exemplo, para:
- controle de acesso físico;
- controle de fronteiras – inclusive já é utilizado em alguns aeroportos no mundo (e-gates);
- desbloqueio de smartphones;
- identificação do cidadão – em alguns países, além de serem coletadas as biometrias de face e dedos, também é capturada a biometria de íris.
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