Arc é um navegador gratuito cujo apelo principal é não apenas conhecer as necessidades do usuário, mas também antecipá-las. Lançado inicialmente para MacOS, chegou ao Windows este ano com a proposta de substituir o Chrome (será?) e o Edge (fácil). O 33Giga testou o Arc a fundo e destaca, a seguir, os principais tópicos da experiência.

Primeiras impressões

Descobrir que é obrigatório criar conta com e-mail a senha foi uma grande red flag no primeiro contato com o Arc. Porém, vencido o momento de surto, a jornada se mostrou bastante agradável. O processo em si leva segundos e, na sequência, já facilita a importação de dados (senhas, favoritos e até extensões) do navegador padrão atual. Por fim, você configura alguns sites que mais usa, e eles ficam em evidência na parte superior da barra de navegação.

Barra lateral

O principal diferencial do Arc é o design. Além de passar um ar moderno e super clean, o software não segue o padrão clássico com as abas lado a lado no topo. Isso porque a estrela aqui é a barra lateral, que agrupa os favoritos (em quadradinhos muito simpáticos), as guias abertas, os atalhos para os Spaces (saiba mais no próximo tópico) e a biblioteca – que reúne mídias, downloads e outros recursos do browser. E, claro, há também as bobeirinhas tradicionais, como escolher o tema e a cor do navegador.

Recursos caprichados

Tudo o que diz respeito à navegação no Arc se concentra na barra lateral – spoiler: depois de se acostumar, vai ser difícil largar. Na prática, a barra muda e reorganiza toda a relação que você costumava ter com seu (antigo) navegador favorito.

O primeiro ponto de destaque é o Space. O recurso permite criar diferentes espaços dentro da interface. Todos compartilham os favoritos e as extensões, mas permitem explorar guias abertas, pastas e subpastas específicas de acordo com as necessidades do usuário.

Isso significa que você pode criar e personalizar Spaces para cada tipo de atividade que realiza no navegador. Não aguenta mais ver dezenas de abas abertas com diferentes finalidades – e não saber de qual delas vem a música? Resolvido.

A repórter que vos escreve, por exemplo, criou, inicialmente, três espaços. São eles: “Trabalho”, para as atividades do dia a dia (como a redação deste texto), “Leitura”, para concentrar todas as abas de notícias e outros conteúdo que quero ler em algum momento (da vida), e “Escrita”, com Drive, sites como sinônimos.com.br e todas as referências textuais e visuais para estudar o assunto.

Porém, as possibilidades são infinitas, o que torna o Arc uma opção atraente para estudantes, produtores de conteúdo, profissionais online de diversas áreas e qualquer pessoa que use o navegador para ir além do básico – embora ele também atenda ao básico muito bem.

Mouse pra quê?

O Arc tem um apelo fortíssimo para o uso de atalhos de teclado. Praticamente todas as ações possíveis têm uma combinação de teclas pré-definida, mas também é possível personalizá-las para deixar a utilização mais intuitiva para cada pessoa.

Inteligência artificial

O navegador é equipado com uma inteligência artificial própria. Chamada MAX, torna mais fácil fazer pesquisas e tirar dúvidas dentro dos assuntos abordados em guias específicas. Ela ainda organiza abas e pins, além de sumarizar resultados de pesquisa em prévias de leitura rápida. Arc também está ligado ao ChatGPT. Então, quando você buscar qualquer termo na barra de pesquisas, pode escolher clicar no resultado do Google ou da IA.

Outros recursos

Arrastando uma aba para cima da outra, o Arc proporciona a (maravilhosa) experiência de Split View: agrupar até quatro janelas em uma para otimizar a visualização. O recurso é extremamente útil e fluído para quem trabalha, estuda ou mesmo consome entretenimento de maneira geral via navegador desktop.

Já o Easel (ou cavalete, em português) facilita a criação de rascunhos à mão livre, colagens e textos diretamente no Arc. O processo pode ser compartilhado com outras pessoas. A partir daí, quem também usa o Arc pode editar o arquivo livremente, enquanto quem usa outro navegador consegue apenas visualizá-lo.

Entre outras ferramentas mais simples, o navegador também tem botões de captura de tela, bem como picture-in-picture (janela flutuante para vídeos) automático.

Vale a troca?

Mudar de navegador costuma ser traumático para muitas pessoas. Ter que fazer dezenas de logins de novo e ajustar favoritos e preferências de pesquisa é mesmo um saco. O trunfo do Arc nesse sentido é que, com poucos cliques, ele absorve todas essas informações e fica prontinho para usar, tornando essa transição muito mais fluida. E, no final das contas, se você não se adaptar, o browser antigo não vai fugir. Mas que vale muito a pena dar uma chance para o Arc, vale.