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Aparelho dentário: saiba qual é o melhor para você

Em meados do século XVIII, o médico francês Pierre Fauchard criou o primeiro aparelho ortodôntico da história. A invenção era feita de metal duro, com uma tira extensora que expandia a arcada dentária para acomodar todos os dentes, dando origem à expressão freio de burro.

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Com o passar do tempo, os aparelhos se transformaram, dando origem a modelos mais modernos e personalizados. No mercado, existem hoje diversos modelos, que variam entre tamanhos e cores diferentes, porém todos com a mesma função: corrigir ou prevenir disfunções na arcada dentária como problemas relacionados a má oclusão dental (quando os dentes não fecham corretamente).

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Segundo Edmilson Pelarigo, diretor clínico da OrthoDontic, o que define o tipo de aparelho a ser adotado é o problema detectado no paciente – outras variáveis são idade, finalidade e custo apropriado para cada perfil.

Conheça os seis tipos de aparelhos dentários mais utilizados.

Aparelho tradicional

Este é o tipo de aparelho mais conhecido e utilizado pelos pacientes. As bandas são fixadas nos molares por um cimento especial, e os tubos são soldados às bandas.

Juntos, as bandas e tubos têm a função de sustentação dos fios e bráquetes para a movimentação dentária, garantindo movimentos precisos dos dentes e exigindo um cuidado maior na higienização para evitar o acúmulo de bactérias. O modelo exige manutenção periódica, pelo menos uma vez ao mês.

Aparelho fixo estético

É uma ótima opção para quem quer algo mais discreto. O modelo tem a mesma função e desempenho do aparelho fixo tradicional, mas não tem a aparência metálica devido aos bráquetes serem de cor próxima à dos dentes.

A única restrição para o uso é de que se evite o consumo de alimentos muito pigmentados, pois os pigmentos podem se depositar sobre os bráquetes e manchá-los.

Aparelho auto ligado

Tem a mesma função que o modelo tradicional e estético, mas os bráquetes são menores, com formas mais arredondadas e eliminam o uso das borrachinhas (ligaduras elásticas) ao redor dos bráquetes.

Entre as vantagens, o paciente tem um tratamento mais rápido e sente menos desconforto, diminuindo os machucados nas bochechas e lábios. Também reduz o risco de cáries, gengivite e mau hálito.

Aparelho móveis

Os aparelhos móveis são muito eficazes para crianças, por elas ainda estarem em fase de crescimento. Por ser removível, o modelo pode ser encaixado e retirado dos dentes de acordo com a vontade do paciente.

Portanto, para que o tratamento dê certo é necessário que ele colabore durante todo processo. O modelo também é indicado após a retirada do aparelho fixo, na fase de contenção, para evitar que os dentes entortem novamente.

Aparelho extrabucal

Conhecido também como “freio de burro”, tem sua indicação para casos bem específicos. Para movimentar os dentes e ossos maxilares, o dentista irá direcioná-los na forma correta, indo das regiões cervicais (pescoço), occipital (região na altura das orelhas, altura média da face) ou parietal (alto da cabeça).

Assim como os outros aparelhos, o sucesso do tratamento depende muito da colaboração do paciente.

Expansor palatino

É utilizado para uma função muito específica: quando há a necessidade de aumentar a largura do palato (céu da boca) para corrigir a mordida dos dentes posteriores. Sua eficiência é maior em pacientes que ainda estão em fase de crescimento. Os adultos não respondem bem a esse aparelho, tendo de recorrer à cirurgia ortognática, onde o alargamento do céu da boca é feito cirurgicamente.

Alinhador invisível

Além de apresentar a mesma função do aparelho fixo, ele pode ser removido, oferecendo assim mais conforto para o paciente retirar ele durante as refeições e para fazer a limpeza. O alinhador transparente tem a vantagem de não aparecer no sorriso, porque é quase invisível.